— Estávamos afastados e sobre a proposta de morar juntos, sempre sonhamos com isso e do nada você disse que iria pensar que não queria… eu não entendi o que voc- — Estou apaixonada por outra pessoa… - Disse de repente, já cansada do discurso que o outro falava. Não era como se não gostasse de ouvir as conversas de Ronny, mas naquele momento, nada do que fosse dito por ela naquela mesa lhe deixaria confortável, tudo que vinha a mente era o momento em que teria que sair dali para estar nos braços da pessoa que realmente queria. — Eu quero terminar. O garoto se acomodou mais na mesa. Com os olhos arregalados e um golpe em no coração, não soube bem como reagir além de abaixar a cabeça e sorrir desacreditado do que acabará de ouvir. Buscou em suas mãos um pouco de força para encarar Clarisse novamente, que não mostrava nada além do olhar vazio e uma sobrancelha erguida para se estivesse esperando ele dizer que tudo bem, e que podiam ser amigos, mas isso
Antes de ir para o lugar mais desejado de seu coração, Clarisse tocou a campainha daquela casa esperando rapidamente que fosse atendida e, como um pedido para os céus, lhe foi concedido. Vivian apareceu do outro da porta com um ar de alegria, porém, depois de alguns segundos encarando sua melhor amiga, sabia que nada viria de bom ali. — O que você fez, amiga? — Amiga? - Perguntou rapidamente, um sorriso debochado surgiu em seus lábios, como uma pessoa daquelas poderia lhe chamar de amiga, uma vez que fingia está do seu lado, para logo depois lhe detonar para o namorado a qual havia pedido segredo? — Eu confiei em você quando pedi para me ajudar. Eu só queria poder confiar na minha melhor amiga de infância para que meu relacionamento não acabasse, mas eu acho que vim pedir socorro ou ajuda a pessoa errada. — Clarisse, eu não sei do que está falando. — Sabe sim. Estou falando que quando vim pedir ajuda sobre eu ter ou não dormi
Quando a manhã chegou para Ronny naquele sábado, as coisas não pareciam bem. Abriu os olhos aos poucos procurando reconhecer onde adormeceu e acabou rindo dos muitos flashes de lembranças malucas que veio a sua mente. Nunca tivera a oportunidade de esquecer por uma noite, que era filho de um homem rico e não podia fazer nada para derrubar sua imagem, no entanto, quando aceitou sair com aquela garota, não esperava que ela fosse lhe apresentar lugares que nunca sonhou que existia, e adorou cada um. As pessoas aplaudindo sua presença, gritando seu nome e que ele era o melhor de todos, e sim, ele era o melhor de todos, Clarisse que havia perdido muito. — Bom dia - ele escutou a voz doce ao lado e por um momento, esperou que fosse Clarisse, mas sabia que não era. Abriu os olhos devagar e encarou a menina sorridente e olhando agora com toda aquela claridade do sol adentrando o quarto, reparou que seus olhos eram escuros como a noite, os lábios grandes como da atr
O acordar daquele dia seria de todo, especial. Ao abrir os olhos, Clarisse se deparou com o teto do quarto a qual passou a noite, sorriu de canto ao notar que mais uma vez, adormeceu nos braços longos e fortes de um homem a qual não deveria ser seu, entretanto, agora era inteiramente seu. Sentou sobre o colchão procurando pelo dito cujo e quando não o encontrou desceu da cama caminhando até a janela do quarto abrindo uma pequena fresta da cortina para admirar a paisagem ali de cima. Desde que passou a ir ali, nunca houvera acordado uma manhã sem a preocupação de está fazendo algo errado e correr para casa ou trabalho. Era a primeira vez que ela respirava o ar puro que vinha de fora olhando com atenção todos os lugares com fascinação. Vicent tinha bom gosto. Suspirou ao lembrar que Ronny também lhe prometera muita coisa… Mas não iria mais pensar nele ou sobre o que poderia conquistar. Ronny era uma pessoa boa, e já tinha acabado com qualq
— Está experimentando a cadeira que é sua por direito? - Vicent caminhou pela sala indo até a mesa do seu café preferido. Dylan recebia um bom salario para lhe dar aquelas mordomias. Será que ela merecia um aumento? — Estou aqui desde que cheguei. - Vicent o olhou por cima dos ombros não dando muita importância — Eu queria saber se era aqui que você sentava e ficava pensando de que maneiras iria mentir para seu filho - Vicent estreitou os olhos abaixando a mão que segurava a xicara antes de se dirigir ao garoto que levantou — Se era aqui que você sentava e imaginava como era dormir com a Clarisse até conseguir tomá-la de mim. Vicent deixou a xícara de lado virando de uma vez para o outro que parou em sua frente. A cabeça erguida, o olhar em chamas. Vicent desviou o olhar. — O que foi que você disse a ela que fez tudo mudar? Ofereceu dinheiro? Disse que a mandaria para longe de mim porque não queria me vê casado com ela, e por quê? Porque
Como prometido, Vicent deixou mesmo um carro a disposição para que Clarisse fosse aonde queria e quando quisesse e assim que desceu do mesmo, encontrou-se na livraria para seu trabalho. Não tinha nada mais gostoso que sentir o cheiro de livros novos e aquilo era tudo muito perfeito. Era a última semana antes das aulas então logo não teria tanto tempo para ficar ali, e iria aproveitar cada segundo. Começou a trabalhar como de costume e a reler algumas partes de livros que mais gostava apenas para relembrar o quanto era perfeito cada linha escrita. No entanto, pouco antes do meio dia uma mensagem chegou ao seu celular. Sorriu ao saber que sua amiga passaria ali mais tarde para irem embora juntas, tinha muita coisa para contar a Vivian, principalmente sobre o termino com Ronny, e o que falou com Vicent… Ah, Vicent, será que aquilo era mesmo de verdade? As coisas que aconteceria a partir dali seria para sempre? Nem sabia como contar aos seus pais, mas i
A reunião tão importante daquele dia havia se tornado um saco. Quanto mais as pessoas falavam sobre suas empresas ou sobre o novo sócio que estava para se juntar ao grande Vicent Tornneght. Quando tudo terminou Vicent encarou o celular esperando uma mensagem de Clarisse, mas não havia nenhuma. Poderia mandar naquele momento apenas para saber se estava bem. Se já tinha saído do apartamento, ou ao menos levantado da cama. — Sr… - Vicent ergueu os olhos em direção a Dylan que sorriu sem jeito se aproximando mais — O que quer fazer? — Não entendi - murmurou se ajeitando na cadeira. A sala de reuniões completamente vazia. Ele só precisava ir embora, mas alguma coisa ainda o prendia ali. — O que quero fazer a respeito do que? — A respeito à senhorita Clarisse - Desviou o olhar por alguns segundos antes de voltar ao grande CEO que estreitou os olhos — Eu sinto muito, mas logo que seu filho chegou, as fotos foram mostradas e jogadas ao vento des
— Eu estou o que? - Riu sem graça se aproximando mais da médica, com o olhar atento e um medo sem igual — Eu acho que não escutei direito. — Eu disse que está grávida e que a partir de hoje não podes continuar andando sozinha, uma vez que pode desmaiar novamente. - Clarisse assentiu sem saber ao certo — Está grávida de quase três meses, não sentiu nada estranho? Seu corpo mudar estava sangrando normalmente? Vou marcar outros exames tudo bem por você? — Não precisa se preocupar com isso. Ela vai fazer todos os exames. - Vicent falou logo atrás enquanto Clarisse continuava petrificada com a notícia de que seria mãe. — Mas não nesse hospital, minha secretária irá entrar em contato para pagar qualquer coisa aqui, a levaremos para uma clínica materna, melhor. — Claro. Acredito que sim. A médica saiu deixando os dois a sós junto do silêncio entre eles que parecia que jamais iria acabar. Primeiro que Clarisse tinha plena certeza de