O acordar daquele dia seria de todo, especial. Ao abrir os olhos, Clarisse se deparou com o teto do quarto a qual passou a noite, sorriu de canto ao notar que mais uma vez, adormeceu nos braços longos e fortes de um homem a qual não deveria ser seu, entretanto, agora era inteiramente seu. Sentou sobre o colchão procurando pelo dito cujo e quando não o encontrou desceu da cama caminhando até a janela do quarto abrindo uma pequena fresta da cortina para admirar a paisagem ali de cima. Desde que passou a ir ali, nunca houvera acordado uma manhã sem a preocupação de está fazendo algo errado e correr para casa ou trabalho. Era a primeira vez que ela respirava o ar puro que vinha de fora olhando com atenção todos os lugares com fascinação. Vicent tinha bom gosto. Suspirou ao lembrar que Ronny também lhe prometera muita coisa… Mas não iria mais pensar nele ou sobre o que poderia conquistar. Ronny era uma pessoa boa, e já tinha acabado com qualq
— Está experimentando a cadeira que é sua por direito? - Vicent caminhou pela sala indo até a mesa do seu café preferido. Dylan recebia um bom salario para lhe dar aquelas mordomias. Será que ela merecia um aumento? — Estou aqui desde que cheguei. - Vicent o olhou por cima dos ombros não dando muita importância — Eu queria saber se era aqui que você sentava e ficava pensando de que maneiras iria mentir para seu filho - Vicent estreitou os olhos abaixando a mão que segurava a xicara antes de se dirigir ao garoto que levantou — Se era aqui que você sentava e imaginava como era dormir com a Clarisse até conseguir tomá-la de mim. Vicent deixou a xícara de lado virando de uma vez para o outro que parou em sua frente. A cabeça erguida, o olhar em chamas. Vicent desviou o olhar. — O que foi que você disse a ela que fez tudo mudar? Ofereceu dinheiro? Disse que a mandaria para longe de mim porque não queria me vê casado com ela, e por quê? Porque
Como prometido, Vicent deixou mesmo um carro a disposição para que Clarisse fosse aonde queria e quando quisesse e assim que desceu do mesmo, encontrou-se na livraria para seu trabalho. Não tinha nada mais gostoso que sentir o cheiro de livros novos e aquilo era tudo muito perfeito. Era a última semana antes das aulas então logo não teria tanto tempo para ficar ali, e iria aproveitar cada segundo. Começou a trabalhar como de costume e a reler algumas partes de livros que mais gostava apenas para relembrar o quanto era perfeito cada linha escrita. No entanto, pouco antes do meio dia uma mensagem chegou ao seu celular. Sorriu ao saber que sua amiga passaria ali mais tarde para irem embora juntas, tinha muita coisa para contar a Vivian, principalmente sobre o termino com Ronny, e o que falou com Vicent… Ah, Vicent, será que aquilo era mesmo de verdade? As coisas que aconteceria a partir dali seria para sempre? Nem sabia como contar aos seus pais, mas i
A reunião tão importante daquele dia havia se tornado um saco. Quanto mais as pessoas falavam sobre suas empresas ou sobre o novo sócio que estava para se juntar ao grande Vicent Tornneght. Quando tudo terminou Vicent encarou o celular esperando uma mensagem de Clarisse, mas não havia nenhuma. Poderia mandar naquele momento apenas para saber se estava bem. Se já tinha saído do apartamento, ou ao menos levantado da cama. — Sr… - Vicent ergueu os olhos em direção a Dylan que sorriu sem jeito se aproximando mais — O que quer fazer? — Não entendi - murmurou se ajeitando na cadeira. A sala de reuniões completamente vazia. Ele só precisava ir embora, mas alguma coisa ainda o prendia ali. — O que quero fazer a respeito do que? — A respeito à senhorita Clarisse - Desviou o olhar por alguns segundos antes de voltar ao grande CEO que estreitou os olhos — Eu sinto muito, mas logo que seu filho chegou, as fotos foram mostradas e jogadas ao vento des
— Eu estou o que? - Riu sem graça se aproximando mais da médica, com o olhar atento e um medo sem igual — Eu acho que não escutei direito. — Eu disse que está grávida e que a partir de hoje não podes continuar andando sozinha, uma vez que pode desmaiar novamente. - Clarisse assentiu sem saber ao certo — Está grávida de quase três meses, não sentiu nada estranho? Seu corpo mudar estava sangrando normalmente? Vou marcar outros exames tudo bem por você? — Não precisa se preocupar com isso. Ela vai fazer todos os exames. - Vicent falou logo atrás enquanto Clarisse continuava petrificada com a notícia de que seria mãe. — Mas não nesse hospital, minha secretária irá entrar em contato para pagar qualquer coisa aqui, a levaremos para uma clínica materna, melhor. — Claro. Acredito que sim. A médica saiu deixando os dois a sós junto do silêncio entre eles que parecia que jamais iria acabar. Primeiro que Clarisse tinha plena certeza de
Os óculos escuros escondiam os olhos verdes que seguiam com atenção até o elevador. O cabelo longo jogando para trás cobrindo as costas nuas da camisa de seda junto a calça lhe passava a aparência de uma mulher mais velha, elegante e destemida.Respirou profundamente quando as portas do elevador se abriram e agradeceu aos céus ao notar que não havia ninguém, assim, poderia seguir direto para o último andar, onde a cobertura lhe esperava com tudo que tinha direito e um homem lhe que amava.Sorriu ao retirar os óculos, nem podia acreditar que estava mesmo ali, os últimos meses haviam sido difíceis, e todos a partir dali seriam também, mas ela poderia agora manter sua cabeça no lugar, né?Quando voltou a caminhar estava no corredor dando acesso a porta da cobertura, o apartamento mais lindo que já entrou e possivelmente iria viver em toda sua vida. Deixou suas coisas pelo caminho enquanto buscava por aquele homem, aquele que fazia suas noites quentes e os dias tão sem graça que não conse
6 meses antes…A torcida naquelas arquibancadas gritava como se fosse a final de um jogo mundial. Bandeiras, líderes de torcida, jogadores a flor da pele. Os campeonatos de futebol entre faculdades eram disputados até o último suor cair. O fim de ano era marcado pela rivalidade e disputa acirrada, e naquele ano o time de Ronny Tornneght ganhou com maestria, seu time havia treinado, se fortalecido e levado a melhor. Dentro do campo, Ronny não se via como o herdeiro de um grupo de empresas famoso e milionário, mas como um garoto normal tentando ganhar sua própria fama, e não havia coisa melhor que ser aclamado por seus esforços. Seu time, sua faculdade… e finalmente sua namorada.— Você foi incrível – Ela o abraçou fortemente, o suor não lhe incomodava quantas vezes já o tocou assim. As pessoas ao redor também não iriam lhe impedir de beijá-lo.— Todos os gols foram para você. Eu te amo. – De todas as formas, ela quem o incentivou para sua glória. Gritos de vitória cercaram o casal.
O silêncio no carro estava incomodando, mas tudo que ele tinha para falar não poderia dizer. Olhava de relance para o homem do outro lado do banco inerte a suas encaradas, concentrado em seu Tablet e no trabalho.Olhou o celular recebendo outra mensagem de sua namorada e nem precisava abrir para saber que era outro xingamento em direção ao seu pai para incrementar os textos anteriores também xingando o homem.— Para com isso – Pediu o mais novo, mas não ganhou a atenção — Para de tratar ela assim. Eu a amo.— Na adolescência ninguém ama ninguém.— Você amou a minha mãe.— E ela está com outro homem agora em algum lugar da Suíça com uma pensão gorda com meu nome no final de todo cheque.— Ah, então você acha que é isso que a Clarisse quer de mim? Me dar um filho e depois abandonar ele com o pai pedir o divórcio e se casar com outro? Vicent o olhou dessa vez. — Ela não me trocaria por outro. Ela me ama. Me ama. Não compare ela com a minha mãe.— Ah… Ela te ama? Ama mesmo? Então para s