Por Donovan

Não sei em que momento Milena pegou no sono.

Ela parece um anjo dormindo.

Fico com dó de acordá-la. Acho justo levá-la para seu quarto e assim o faço.

Ela se ajeita ao meu colo, como se pertencesse a ele.

Aquilo dispara meu coração.

Nunca vi alguém ocupar esse espaço assim, nem Débora com toda sua fogosidade me faz sentir isso.

Caminho pelo corredor, carregando Milena em meus braços.

Sua respiração é tranquila, e seus braços se entrelaçam ao redor do meu pescoço, como se ela soubesse que está segura ali.

Uma onda de emoções conflitantes me invade.

A raiva e a frustração que sinto por todas as brigas recentes se misturam com uma ternura inesperada.

Por que eu não consigo simplesmente afastar esses sentimentos?

Quando chego ao quarto dela, abro a porta com cuidado e a deito gentilmente na cama.

Ela murmura algo inaudível e se aconchega nos travesseiros, um sorriso suave nos lábios.

Fico ali, obse