O hospital estava mergulhado em um silêncio opressor, interrompido apenas pelo som constante dos monitores e o movimento frenético dos profissionais de saúde. As paredes brancas, normalmente tranquilizadoras, pareciam agora uma prisão de frieza e incerteza. O ar estava pesado com a tensão, e a luz fluorescente criou um ambiente impessoal, implacável.Lucian estava deitado na cama de hospital, seus traços faciais agora pálidos e suas feridas visivelmente graves. Os médicos, com expressões sombrias, trabalhavam com precisão, mas a situação era crítica. O quadro era sombrio e o futuro incerto. O caso de Lucian estava em um estado desesperador, sua vida pendendo na balança.Milena, exausta e com os olhos inchados de tanto chorar, ela aguardava o atendimento na sala de espera sozinha. Seu coração estava em frangalhos, e cada suspiro que ela dava parecia carregado de um medo profundo e uma esperança quase esgotada. Ela observava a movimentação no andar com uma ansiedade insuportável,
A noite estava fria e implacável, e o hospital parecia um labirinto de desolação e esperança quebrada. O zumbido das máquinas e o murmúrio distante das conversas médicas criavam uma sinfonia perturbadora, refletindo a tensão no ar.Milena estava ao lado de Lucian, segurando sua mão e observando o monitor com uma ansiedade quase insuportável. Cada bip e variação no gráfico eram um lembrete cruel da gravidade da situação.Seu coração estava pesado com o medo e a incerteza que ameaçavam consumi-la.O som das portas de vidro se abriu com um estrondo, e os pais de Lucian, Alexander e Beatrice, chegaram ao hospital.A visão deles foi um golpe doloroso para Milena, que já estava à beira do desespero. Alexander, o pai de Lucian, tinha o rosto marcado por uma expressão de choque e angústia, enquanto Beatrice, sua mãe, estava desfeita, seus olhos cheios de lágrimas e um grito abafado de dor.— Lucian! - Beatrice gritou, a voz quebrada e cheia de desespero. Ela correu em direção à sala de eme
por DonovanA escuridão envolvia Lucian como um manto impenetrável, um vazio profundo onde cada pensamento e emoção pareciam se perder em uma vastidão sem fim. Era um lugar onde o tempo se dissolvia, e a dor física dava lugar a uma calma aterrorizante. Ele flutuava entre memórias distantes e uma sensação de paz desconcertante, observando sua própria vida como um espectador distante.Lucian via flashes de sua existência — cenas rápidas e vívidas de risos e lágrimas, amor e perda. As imagens mais marcantes eram de Milena e Lohan, um lembrete cruel do que estava prestes a deixar para trás. A visão de Milena, desfeita em lágrimas e angustiada ao seu lado no hospital, cortava como uma faca afiada. Ele podia sentir seu desespero, o peso de sua dor e a esperança que ela depositava em sua recuperação. E Lohan, pequeno e frágil, chorando no colo de Letícia, era um eco constante da vida que ele estava prestes a abandonar.Em meio ao vazio, uma presença começou a se manifestar, uma voz sua
O hospital estava imerso em um silêncio pesado, pontuado apenas pelos ecos de passos apressados e murmúrios de médicos e enfermeiros. A atmosfera estava carregada de uma tensão palpável, como se o próprio edifício estivesse segurando a respiração à espera de notícias. Milena, exausta e emocionalmente destruída, estava sentada na sala de espera, seus olhos fixos em um ponto vazio enquanto o medo e a incerteza consumiam cada pensamento.Foi quando Beatrice e Alexander chegaram, depois de terem saído por um momento para respirarem um pouco fora daquelas quatro paredes da sala de espera, a angústia estampada em seus rostos era nítida a preocupação que os estava consumindo. Beatrice parecia um fantasma de si mesma, seus olhos vermelhos e inchados, enquanto Alexander caminhava com a postura rígida de um homem que lutava contra um luto avassalador. Eles caminharam até onde Milena estava, e a visão dos pais de Lucian trouxe um novo nível de desespero à situação.— Milena, precisamos fala
pela autora Letícia caminhou até Milena com passos cuidadosos. A sala de espera do hospital parecia maior do que realmente era, com paredes silenciosas que refletiam a angústia daqueles que ali aguardavam. O estado de Lucian continuava grave, sem qualquer alteração. Era como se o tempo tivesse parado, como se cada segundo pesasse mais que o anterior. Milena estava sentada em uma cadeira desconfortável, com os olhos inchados e as mãos trêmulas repousando sobre o ventre. Ela não conseguia conter a mistura de ansiedade e medo que pulsava em seu peito. Letícia se aproximou, sentando ao lado da amiga. Pegou a mão de Milena entre as suas, oferecendo um toque de conforto em meio ao caos. Por um momento, ambas ficaram em silêncio, sentindo o peso da situação. Milena lutava contra as lágrimas, mas sabia que a qualquer momento elas iriam escapar.— Milena… - Letícia começou, sua voz baixa e carinhosa, buscando o tom certo para não soar invasiva. — Eu sei que é difícil encontrar pala
por DonovanA batalha dentro de mim era feroz, uma guerra silenciosa travada nas profundezas da minha alma. Havia momentos em que a escuridão parecia inevitável, quando meu corpo, exausto, quase se entregava à tentação de desistir. Era como se uma força invisível me arrastasse para o abismo, sussurrando promessas de paz eterna. Mas, sempre que a sombra parecia prevalecer, algo dentro de mim se levantava. Uma força, intensa e poderosa, surgia das profundezas do meu ser. Essa força tinha nome, tinha forma. Era Milena. Era o amor que eu sentia por ela que me empurrava de volta à superfície. Não era apenas uma lembrança, era um impulso vital. O rosto de Milena, tão cheio de vida, sua voz sussurrando meu nome, suas mãos quentes tocando as minhas... cada fragmento dessas memórias eram âncoras que me impediam de afundar. Eu sabia que a vida que me esperava não seria fácil. Haveria dor, haveria sofrimento, mas também haveria muito mais muito amor. Então, como se fosse puxado de um
por Donovan A dor me atingia com uma intensidade cruel enquanto eu lutava para sair do hospital. O corpo imobilizado pelo colete cervical e o braço fraturado eram apenas um reflexo das cicatrizes mais profundas que eu carregava no coração. Mas nada, absolutamente nada, poderia me impedir de ir atrás de Milena. Eu precisava vê-la, precisava que ela soubesse o que sentia. Cada passo era uma tortura, mas era uma tortura que eu estava disposto a enfrentar.Pedi para Steve passar a dirigir para mim por algum tempo, como eu não tinha ideia do que estava lidando, nada melhor do que meu chefe de segurança para cuidar da minha segurança e locomoção.— Chegamos senhor Donovan - me avisou Steve. Finalmente, cheguei ao prédio onde Milena estava morando. Meus pensamentos estavam uma confusão total, mas uma coisa estava clara: eu precisava dela, precisava dela ao meu lado, precisava dela para viver. Steve me ajudou a chegar até o apartamento dela. Milena não sabe, mas assim que se mudou par
pela autora Milena se encontrava em um espaço sombrio e nebuloso, onde o ambiente parecia distorcido, como um espelho quebrado refletindo seus medos mais profundos. O lugar era uma mistura de sombras e névoa, onde as formas não tinham contornos definidos, mas o sentimento de opressão era palpável. O som de seus próprios passos ecoava de maneira inquietante, e ela estava sozinha, ou assim parecia.De repente, uma figura familiar emergiu da névoa. Era Débora. Seu semblante carregava um sorriso de triunfo, um sorriso que parecia irradiar um brilho maligno e cruel. Ela estava lá, imponente e confiante, e a visão dela fez o coração de Milena disparar. Ela estava atônita, mas não havia como fugir do confronto.— Olá, Milena - Débora disse, com um tom de voz que transbordava satisfação perversa. — Vejo que você ainda não conseguiu escapar da minha influência, mesmo depois da minha partida.Milena sentiu um gelo na espinha. A visão de Débora era como um soco no estômago, e cada palav