Stella colocou os olhos em Adrian quando viu o Flint sair do quarto sem olhar para trás, respirou aliviada por saber que ficaria com Daniel, mas que com isso, estaria ela comprando briga com a senhorita rica que podia comprar todo mundo, inclusive, a guarda de Adrian para o resto da vida. Stella sabia que embora no momento Daniel ainda quisesse ficar com ela, em breve, aquele romance acabaria, pois Daniel iria escolher o filho sem pensar duas vezes, e não a ela, a namorada que nem mãe de seu filho era.Tomou um banho gelado como Daniel sugeriu, e ao final, pegou uma das camisas dele, uma grande cheia de botões que estava no banheiro mesmo, vestiu rapidamente e se olhou no espelho, estava com olheiras terríveis, não gostou nem um pouco da Stella que via no momento. Aproveitaria aquele dia que não tinha nada marcado e não estava de plantão para fazer alguma coisa para seu bem, já que desde ontem, tudo que fazia era pensar e chorar ao mesmo tempo.Saiu do banheiro arrumando seu cabelo no
Daniel saiu da cozinha sabendo que se abrisse aquela porta, um grande terremoto aconteceria ao seu redor. Mas ele não iria evitar, ou melhor, deixar que Kesia destruísse uma das coisas mais maravilhosas que já lhe aconteceu. Ele não gostava das ações de Stella e no que aconteceu com esse assunto sobre a faculdade, mas ficar sem ela agora? Logo agora depois de declarar seu amor e tudo que tinha dentro de si? Stella era como uma luz na sua vida, e na vida de Adrian, não podia perdê-la e se para isso ele teria que enfrentar Kesia enfrentaria numa boa, deixaria as coisas clara de uma vez por todas para que ela entendesse que não haveria mais lugar naquela casa ou naquela família.Quando abriu a porta, viu o sorriso de ela crescer e entrar sem ser chamada, Daniel apenas empurrou a porta para que ela se fechasse sozinha, sem animo algum. Queria mesmo era ter fechado a porta na cara dela e que nunca mais visse por perto.— Daniel! Eu e você precisamos conversar, - Contou ela com um sorriso n
Stella concordou com tudo que foi lhe dito aquela manhã por Cássia, e guardou tudo dentro do peito. Depois de dar uma passada na sua casa, estudar um pouco e atender alguns telefonemas de Tsunade, Stella só despertou dos seus pensamentos solitários quando escutou alguém bater na porta. Ela sabia que era Daniel, não conhecia ninguém naquela cidade direito para que viesse a visitar, nem mesmo Milla lhe daria esse luxo.Desceu da cadeira respirando fundo, deixou seus livros de lado e abriu a porta com um meio sorriso. Daniel não pediu licença, apenas entrou olhando ao redor e virou para Stella que fechava a porta sem entender nada. Cruzou os braços esperando ele começar a falar, e quando viu o sorriso dele aparecer no rosto, desarmou também.— O que foi? Achou que eu fosse embora? Só atravessei o corredor – Daniel riu desviando o olhar, por que essa ideia maluca o assombrava? Por quê? — Você está bem?— Passei uma temporada grande com o Adrian, ele me ajuda a pensar, embora meus pensamen
Os olhos dela percorriam todo o terno bonito do namorado que se arrumava com uma esperança graciosa dentro do peito para o grande dia. Brigar pela guarda de uma criança não é difícil, ainda mais quando do outro lado está à mãe da criança, rica, com recursos para dar do bom e do melhor a um bebê tão pequeno quanto Adrian, só que mais importante que o dinheiro que uma criança precisa é do amor, o amor de pai, mãe, o aconchego, o abraço apertado, sua total atenção.Kesia não tinha metade dessas coisas, era por isso que o Flint sorria em frente ao espelho terminando de ajustar sua gravata e virou para a namorada sentada na cama com um riso pequeno carregando em suas mãos uma xícara de café forte. Desde que a data exigida pelo juiz para o tribunal foi avisada, Stella não conseguia se aquietar, queria de todas as formas colocar em sua mente que tudo ia dar certo, mas a cada dia que se aproximava, suas pernas tremiam de medo de perder a criança, enquanto Daniel estava tranquilo, nada o poder
Os olhos atentos, emocionados, e nublados de Daniel Flint voltaram a encarar o rosto sorridente de Stella que estava a um passo de explodir de emoção. Os lábios grossos do Flint não conseguiam formar uma palavra direta para dizer algo, mas dentro de si, o peito sacudia, pois o coração não conseguia mais conter a felicidade e logo mais, não aguentaria nem mesmo olhar para aquela mulher sentada do outro lado da mesa com um sorriso gritante, o cabelo emoldurando o rosto tão meigo com as bochechas coradas. Ela era linda demais, perfeita demais para si também, mas a segunda coisa mais importante de sua vida.— Está querendo brincar com o meu coração? Querendo testar de alguma forma que ele funciona? – Stella gargalhou jogando aquele cabelo longo para trás, mostrando os ombros nus e toda sua beleza acabando de vez com o coração de Daniel. — Eu vou ser pai de novo?— O Adrian já tem dois anos. – Daniel escutou a música infantil começar de novo e ele começar a cantar junto e dançar pela
NOVE MESES ATRÁS:— Filho - Sua voz saiu calma, na esperança de ser escutada e finalmente compreendida por aquele garoto à sua frente — Você não precisa sair hoje. Porque não fica comigo e seu pai? Vamos ver um filme, depois comemoramos num restaurante chique, é mais aceitável que sair para beber com os amigos. — Outra vez ela pediu, olhando atentamente para cada movimento que o filho à frente dava.— Mãe. Qual é o seu problema? - Virou em direção à mulher — Eu tenho vinte e dois anos, preciso curtir um pouco mais a minha vida. Quero sair pelo menos uma noite antes de começar o novo semestre. Quero esquecer que tenho trabalhos a fazer ao menos uma noite.— Devia obedecer a sua mãe – Jackson, seu pai, parou logo atrás de sua esposa. Daniel olhou para os dois e escutou a buzina do carro do seu melhor amigo. Ele poderia até recuar, mas não quando os gritos dos amigos o fizeram sorrir.— Sinto muito! Mas agora não posso mais ficar. Meu amigo chegou. - Pegou o último casaco já colocando —
— Você fez o quê? – Cassia gritou assustada. Seu marido já havia cuspido todo o café na mesa. — Querido...?— Eu não tive culpa – avisou Daniel desesperado, Jackson engasgou-se um pouco, mas recuperou o fôlego.— Daniel, que irresponsabilidade foi essa? – Balbuciou — O que foi que aconteceu? Você é tão novo com uma responsabilidade dessas nas mãos. – Gritou, apesar da surpresa, se sentia feliz. Acalmou-se ao sentir o toque de sua esposa em sua mão.— Estamos do seu lado, meu filho, e eu vou precisar muito que você crie juízo a partir de hoje. Quero conhecer a menina e lógico que você vai assumir, por favor.Daniel não respondeu, apenas respirou profundamente, dali para frente seria tudo diferente. Ou ao menos ele esperava por isso.No dia do nascimento Daniel estava agoniado, andando de um lado para o outro, o desespero tomava conta do seu corpo, seu filho estava nascendo naquele momento, seu coração faltava pular para fora. Seu sogro estava distante, falando com alguém, seus pais est
— Filho, vai ficar tudo bem – Cassia sussurrou mais uma vez ao passar a mão pelo cabelo do filho.Havia chegado trinta minutos depois que Daniel ligou, e o encontrou em uma situação deplorável. O choro do bebê a incomodou pelo simples motivo de saber a razão dos berros. O pai estava nervoso, não sabia se banhava o garoto ou se terminava de fazer a comida. Quando viu sua mãe ali, ele não conseguiu segurar o resto das lágrimas e chorou com seu filho no colo.Cássia o ajudou a ajeitar a criança. Depois do bebê está alimentado e limpo, o colocou para dormir enquanto Daniel tomava um banho. Depois do Adrian, Cassia tomou de conta do filho. Ele estava sentado no chão com a cabeça deitada no colo da mãe. Desde que começou a cuidar de Kesia, nunca achou que ela fugisse da sua obrigação. Os sorrisos e abraços que compartilhavam a cada mês que passava, eram falsos, mas Daniel não sabia naquela época.Hoje podia entender o motivo dela nunca ter sorrido sem a maldita ironia nos lábios. Kesia era