Kesia chegou à empresa do seu pai um pouco atrasada, já que engolir a verdade parecia impossível. Adentrou a sala do mesmo colocando sua bolsa na mesa e fitou o homem de cabeça baixa, escrevendo algo, sem dar muita atenção. Kesia estava a par da situação da empresa, e seu pai um pouco velho demais para seguir. Por esse motivo, ele pediu para ela concluir a faculdade cedo, mas como demoraria, a arrastou para outro país em busca de ensiná-la tudo que sabia.E agora, a loira estava de volta, mesmo que não tenha passado muito tempo. Teria que treinar mais sua filha, mas para que ela pudesse seguir com todo o império que construiu ao lado da esposa verdadeira. Porém, Kesia era nova demais, inexperiente, e ele sabia que não duraria por muito tempo. Respirou fundo antes de erguer a cabeça e sorri para a filha que mantinha um sorriso baixo, triste, e ele sabia por que, e também, não se importava.— Você me chamou com urgência, aconteceu alguma coisa? - Ele sorriu, deitando sua costa no encost
O Flint ainda continuou com aquela curiosidade no ar, e não era para menos. Daniel sabia muito bem onde deveria tocar nesse assunto, ele precisava conhecer o passado da mulher que vivia consigo, da mulher que amava, da mulher que queria um dia, que se tornasse sua esposa.Terminou seus trabalhos com Liam e foi procurá-la no horário de almoço. Stella gostava de ficar na lanchonete do hospital, tinha macarrão e chá, duas coisas que a rosada jamais dispensaria. Um sorriso nasceu em seus lábios quando avistou a pessoa que queria, Stella estava tomando seu chá, hora olhava para alguns exames que precisavam da sua atenção, outra comia seu macarrão que pouco a pouco, ia ficando morno.Daniel sentou em sua frente, chamando atenção da Arden, que além de um sorriso alegre, ela o puxou para um beijo discreto. Mesmo dentro da lanchonete, ainda estavam no hospital. O moreno não fez nada além de corresponder. Adorava beijar aquela boca e senti o gosto doce...— Bom almoço para você também – murmuro
- Calminha meu amor, será que você não pode simplesmente parar de chorar um pouco? – Kesia perguntava um pouco mais exasperada com o que acontecia. Adrian tinha passado quase a manhã toda chorando, e continuava até o momento. Já havia dado comida, até trocado a fralda, mas ele não parava de chorar.O ninava pela casa toda, falando, conversando, e quando o menino dava um sorriso, Kesia o enchia de beijos molhados, ela o amava, parecendo ou não. Adrian tinha sete meses, um bom menino, lindo como o pai, cabelos negros e olhos claros como os seus. Se arrependia amargamente de ter deixado Daniel e seu filho para trás, mas seu pai tinha parte em culpa disso. Era um homem ambicioso e além de tudo, seu progenitor.- Kesia – A loira olhou para a porta do quarto do filho ao ver Karin entrar com um sorriso no rosto – a empregada disse que você está louca com o bebê, você poderia ter dado para a babá, você contratou uma não é? – Perguntou à ruiva se aproximando da irmã e do sobrinho.- Eu não con
Daniel desligou o celular e o jogou em cima da mesa, estava frustrado pela falta de informação sobre a vida de Stella, não tinha visto Adrian o dia todo, os trabalhos pareciam piorar cada vez mais, e assim que viu o nome da Kesia no celular, se irritou ainda mais. Odiava se sentir impotente longe de seu filho, Adrian era tudo na sua vida, e esse tudo estava nas mãos de outra pessoa, não na sua, ou da mulher que amava.Guardou suas coisas sem pressa nenhuma quando a aula finalizou, esperou todo mundo sair para poder pensar um pouco no que faria. Tudo estava quase em seu lugar; ligaria para o pai para saber como ia a conversa com os advogados, com Kesia sendo mãe, ou não, ele não pretendia dividir a guarda do filho, tão pouco ter que se afastar do filho todas as vezes que a mãe desnaturada do menino quisesse sua companhia, e claro, tentaria manter as coisas com Stella o mais fácil possível para não ter brigas e haver outro problema.Stella foi à solução de muitos problemas seus desde qu
- Daniel você-- Eu não fiz nada, ela me ligou dizendo que o Adrian não parava de chorar, que estava com saudades de mim, e acabou indo na faculdade. – Stella abaixou a cabeça, brincando com o anel em seu dedo – Ela levou Adrian, e embora ele tenha ficado feliz por mim ver, chorou porque ele também precisa de você – Stella não se mexeu – Stella não aconteceu nada entre mim e Kesia.- Não estou com raiva, ou ciúme, qualquer coisa – cruzou os braços novamente e voltou a olhar para ela – como ele está?- Bem, animado, o cabelo mais bagunçado.- Eu estou com saudade dele, muito mais do que eu poderia sentir – respirou fundo puxando uma cadeira para sentar – eu sinto falta dele aqui em casa.- Não é a única, entendeu?- E quanto a Kesia, eu realmente não quero saber o que ela falou pra você de mim.- E como você sabe que ela falou de você?- Ela não disse nada? - Stella o olhou.- Hm, disse. – confirmou e Stella levantou o fitando desconfiada – eu te defendi, até porque, eu não faria outra
Depois de tantos amassos e uma tarde muito boa um ao lado do outro, Daniel recebeu uma ligação de sua mãe para jantar em sua casa, e claro que não quis ir. Jackson ainda não estava do seu lado completamente e depois de tanto trabalhar, voltar a fazer faculdade, cuidar do seu filho, pagar suas contas, ele queria mais, e esse “mais” Daniel não sabia o que era.- Você está falando sério? – Stella perguntou, andava de um lado para o outro na frente do sofá que Daniel estava sentado. – Você não quer jantar na casa da sua mãe apenas porque seu pai não vai gostar?- Stella ele me deu as costas quando eu precisei – cruzou os braços, fazendo birra – depois disse que ia me ajudar com o assunto da guarda do Adrian, ok, eu acredito, mas... Eu e ele não temos uma relação.- Tudo bem, mas a gente podia ir pelo menos para falar sobre isso, a dona Cassia me chamou com tanto carinho, e você do nada, diz não na cara dela.- Minha mãe gosta mesmo de você – Daniel a viu sentar em seu colo, passando o bra
Quando a segunda chegou, Daniel estava mais do que apressado na manhã, Stella não tinha dormido com ele, e estava atrasado, tomou café de qualquer jeito e vestiu a camisa, voltou no quarto para pegar sua bolsa quando ouviu a porta do apartamento bater, finalmente Stella tinha aparecido, depois de várias mensagens não respondidas e ligações ignoradas. Colocou os livros dentro da bolsa e viu Stella aparecer na porta, ela sorriu alegre e jogou o cabelo para trás, podia está com raiva, mas não podia ficar com raiva da garota que amava.- Está bravo por causa das ligações?- Pior que não. – Daniel fechou a mochila e colocou nas costas – fiquei bolado, mas pelo menos eu estudei, não vi meu pai, a mamãe ligou e falou poucas e boas para mim, depois da faculdade, vou passar na casa dela.- Eu sabia que isso ia dar encrenca pra você. E sim, o domingo foi divertido, eu não vi meu celular, mas pelo menos estudei o que precisava – Daniel riu sínico e depois de um beijo nos lábios saíram do quarto.
Depois das dez horas, Stella teve finalmente seu encontro com Milla, mesmo que houvesse fugido um pouco do hospital, precisava falar com sua melhor amiga antes que sua cabeça explodisse. Sentou em uma das mesas oferecidas pelo restaurante colocando seu celular em cima e olhou para Milla que terminava de tirar os óculos do rosto.- Pela sua ligação ontem de tarde, as coisas estavam complicadas, não é? – Stella assentiu, colocou metade do cabelo para trás e fitou sua amiga – pode começar a falar.- Você lembra-se do Jonas, meu ex-namorado da faculdade? – Milla assentiu – Ele está aqui.- Jonas não é nem perigoso, pelo menos não fora da cama, - Stella revirou os olhos, mas sorriu – o que aconteceu com ele? Não me diga que ele deu em cima de você?- O que? Não! Claro que não. Jonas entende que quando terminamos, foi pra valer, e ele veio pra cá porque queria o emprego, nossa, residir em Seant é tudo que qualquer outro médico quer.- Tá Stella, o que foi que esse homem fez pra te deixar de