Stella sentou na cama sentindo falta do corpo quente de Daniel ao lado, olhou ao redor do quarto notando que até mesmo o lado da cama estava bem arrumado. Ele não havia dormido ali. Stella suspirou, entediada. Eles tinham brigado na noite passada e isso deixou o coração da rosada abalado. Estava colocando muita pressão em cima do Flint, o relacionamento deles não estava instável.Claro que não.Passaram seis meses juntos, se conhecendo, ela não querendo enxergar mais que um amigo, um amigo lindo que tinha a criança mais fofa do mundo. Tentou ignorar qualquer coisa, mas a partir do momento em que descobriu que aqueles sentimentos eram recíprocos, ela se perdeu, estava louca, apaixonada, amando aquele homem e não queria ficar longe dele, e tudo seria perfeito, se na manhã seguinte após se declararem completamente, Kesia não tivesse aparecido.Querendo ou não, aquela mulher sempre ocuparia um lugar no coração de Daniel, e até mesmo no filho que crescia. Ela não podia se meter naquilo, nã
Kesia chegou à empresa do seu pai um pouco atrasada, já que engolir a verdade parecia impossível. Adentrou a sala do mesmo colocando sua bolsa na mesa e fitou o homem de cabeça baixa, escrevendo algo, sem dar muita atenção. Kesia estava a par da situação da empresa, e seu pai um pouco velho demais para seguir. Por esse motivo, ele pediu para ela concluir a faculdade cedo, mas como demoraria, a arrastou para outro país em busca de ensiná-la tudo que sabia.E agora, a loira estava de volta, mesmo que não tenha passado muito tempo. Teria que treinar mais sua filha, mas para que ela pudesse seguir com todo o império que construiu ao lado da esposa verdadeira. Porém, Kesia era nova demais, inexperiente, e ele sabia que não duraria por muito tempo. Respirou fundo antes de erguer a cabeça e sorri para a filha que mantinha um sorriso baixo, triste, e ele sabia por que, e também, não se importava.— Você me chamou com urgência, aconteceu alguma coisa? - Ele sorriu, deitando sua costa no encost
O Flint ainda continuou com aquela curiosidade no ar, e não era para menos. Daniel sabia muito bem onde deveria tocar nesse assunto, ele precisava conhecer o passado da mulher que vivia consigo, da mulher que amava, da mulher que queria um dia, que se tornasse sua esposa.Terminou seus trabalhos com Liam e foi procurá-la no horário de almoço. Stella gostava de ficar na lanchonete do hospital, tinha macarrão e chá, duas coisas que a rosada jamais dispensaria. Um sorriso nasceu em seus lábios quando avistou a pessoa que queria, Stella estava tomando seu chá, hora olhava para alguns exames que precisavam da sua atenção, outra comia seu macarrão que pouco a pouco, ia ficando morno.Daniel sentou em sua frente, chamando atenção da Arden, que além de um sorriso alegre, ela o puxou para um beijo discreto. Mesmo dentro da lanchonete, ainda estavam no hospital. O moreno não fez nada além de corresponder. Adorava beijar aquela boca e senti o gosto doce...— Bom almoço para você também – murmuro
- Calminha meu amor, será que você não pode simplesmente parar de chorar um pouco? – Kesia perguntava um pouco mais exasperada com o que acontecia. Adrian tinha passado quase a manhã toda chorando, e continuava até o momento. Já havia dado comida, até trocado a fralda, mas ele não parava de chorar.O ninava pela casa toda, falando, conversando, e quando o menino dava um sorriso, Kesia o enchia de beijos molhados, ela o amava, parecendo ou não. Adrian tinha sete meses, um bom menino, lindo como o pai, cabelos negros e olhos claros como os seus. Se arrependia amargamente de ter deixado Daniel e seu filho para trás, mas seu pai tinha parte em culpa disso. Era um homem ambicioso e além de tudo, seu progenitor.- Kesia – A loira olhou para a porta do quarto do filho ao ver Karin entrar com um sorriso no rosto – a empregada disse que você está louca com o bebê, você poderia ter dado para a babá, você contratou uma não é? – Perguntou à ruiva se aproximando da irmã e do sobrinho.- Eu não con
Daniel desligou o celular e o jogou em cima da mesa, estava frustrado pela falta de informação sobre a vida de Stella, não tinha visto Adrian o dia todo, os trabalhos pareciam piorar cada vez mais, e assim que viu o nome da Kesia no celular, se irritou ainda mais. Odiava se sentir impotente longe de seu filho, Adrian era tudo na sua vida, e esse tudo estava nas mãos de outra pessoa, não na sua, ou da mulher que amava.Guardou suas coisas sem pressa nenhuma quando a aula finalizou, esperou todo mundo sair para poder pensar um pouco no que faria. Tudo estava quase em seu lugar; ligaria para o pai para saber como ia a conversa com os advogados, com Kesia sendo mãe, ou não, ele não pretendia dividir a guarda do filho, tão pouco ter que se afastar do filho todas as vezes que a mãe desnaturada do menino quisesse sua companhia, e claro, tentaria manter as coisas com Stella o mais fácil possível para não ter brigas e haver outro problema.Stella foi à solução de muitos problemas seus desde qu
- Daniel você-- Eu não fiz nada, ela me ligou dizendo que o Adrian não parava de chorar, que estava com saudades de mim, e acabou indo na faculdade. – Stella abaixou a cabeça, brincando com o anel em seu dedo – Ela levou Adrian, e embora ele tenha ficado feliz por mim ver, chorou porque ele também precisa de você – Stella não se mexeu – Stella não aconteceu nada entre mim e Kesia.- Não estou com raiva, ou ciúme, qualquer coisa – cruzou os braços novamente e voltou a olhar para ela – como ele está?- Bem, animado, o cabelo mais bagunçado.- Eu estou com saudade dele, muito mais do que eu poderia sentir – respirou fundo puxando uma cadeira para sentar – eu sinto falta dele aqui em casa.- Não é a única, entendeu?- E quanto a Kesia, eu realmente não quero saber o que ela falou pra você de mim.- E como você sabe que ela falou de você?- Ela não disse nada? - Stella o olhou.- Hm, disse. – confirmou e Stella levantou o fitando desconfiada – eu te defendi, até porque, eu não faria outra
Depois de tantos amassos e uma tarde muito boa um ao lado do outro, Daniel recebeu uma ligação de sua mãe para jantar em sua casa, e claro que não quis ir. Jackson ainda não estava do seu lado completamente e depois de tanto trabalhar, voltar a fazer faculdade, cuidar do seu filho, pagar suas contas, ele queria mais, e esse “mais” Daniel não sabia o que era.- Você está falando sério? – Stella perguntou, andava de um lado para o outro na frente do sofá que Daniel estava sentado. – Você não quer jantar na casa da sua mãe apenas porque seu pai não vai gostar?- Stella ele me deu as costas quando eu precisei – cruzou os braços, fazendo birra – depois disse que ia me ajudar com o assunto da guarda do Adrian, ok, eu acredito, mas... Eu e ele não temos uma relação.- Tudo bem, mas a gente podia ir pelo menos para falar sobre isso, a dona Cassia me chamou com tanto carinho, e você do nada, diz não na cara dela.- Minha mãe gosta mesmo de você – Daniel a viu sentar em seu colo, passando o bra
Quando a segunda chegou, Daniel estava mais do que apressado na manhã, Stella não tinha dormido com ele, e estava atrasado, tomou café de qualquer jeito e vestiu a camisa, voltou no quarto para pegar sua bolsa quando ouviu a porta do apartamento bater, finalmente Stella tinha aparecido, depois de várias mensagens não respondidas e ligações ignoradas. Colocou os livros dentro da bolsa e viu Stella aparecer na porta, ela sorriu alegre e jogou o cabelo para trás, podia está com raiva, mas não podia ficar com raiva da garota que amava.- Está bravo por causa das ligações?- Pior que não. – Daniel fechou a mochila e colocou nas costas – fiquei bolado, mas pelo menos eu estudei, não vi meu pai, a mamãe ligou e falou poucas e boas para mim, depois da faculdade, vou passar na casa dela.- Eu sabia que isso ia dar encrenca pra você. E sim, o domingo foi divertido, eu não vi meu celular, mas pelo menos estudei o que precisava – Daniel riu sínico e depois de um beijo nos lábios saíram do quarto.