— Ah! Stella! – Liam cumprimentou a mulher quando a mesma sentou ao seu lado, sorrindo para os dois que a encaravam — Achei que fosse mesmo ficar com seu namorado.— Daniel é grandinho, ele sabe o caminho da faculdade e... – Desviou o olhar para sua bolsa, estava querendo mesmo ir com Daniel e saber sua sala, coisas assim, somente para as mulheres já saberem que ele tem dona, e ir não precisam chegar perto do seu homem, mas quando o viu mostrar tanto ciúme por Jonas, por Liam, se perguntou se estava certo ir marcar território — E ele sabe de quem é.— Ótimo! A aula da faculdade termina mais tarde, vamos beber um pouco.— Não estou afim, quero apenas jantar e ir pra casa depois. – Ela comentou, mas não demorou muito para aceitar um copo de cerveja bem gelado, parecia até a menina sonhadora da faculdade, riu bastante, se divertiu com eles, afinal, eram seus amigos há mais tempo.Stella voltou pra casa depois de algumas horas e sabia que estaria sozinha. Ficou entre ir pra sua casa ou ir
Os olhos claros da mulher madura se abriram com uma pitada de preguiça, e insatisfação. Ela respirou fundo, tendo a certeza de que acordara mais um dia longe da realidade que construía para si dentro da sua mente obscura, cheia de problemas, dores e culpas. Virou seu rosto para olhar diretamente para a janela ao lado, estava sozinha novamente, como sempre foi antes de conhecer Daniel Flint, e acordar ao seu lado depois de uma noite maluca de bebidas fortes e brincadeiras sem sentido.Se lembrava vagamente de tê-lo visto entrar na festa com os amigos, estava sorrindo, alegre, já bebendo alguma coisa, vinha com os mesmos olhares de sempre, conversando com todo mundo, até que se encontraram na pista de dança. Eles sempre se olharam na faculdade, mas nunca haviam se dado uma oportunidade de se aproximar para conversar com o garoto. E naquela noite, ela usou e abusou de seu corpo, foi mágico, admitia, Daniel foi de longe o melhor homem que esteve consigo, e adorou aquilo.Gostou tanto, que
Stella sentou na cama sentindo falta do corpo quente de Daniel ao lado, olhou ao redor do quarto notando que até mesmo o lado da cama estava bem arrumado. Ele não havia dormido ali. Stella suspirou, entediada. Eles tinham brigado na noite passada e isso deixou o coração da rosada abalado. Estava colocando muita pressão em cima do Flint, o relacionamento deles não estava instável.Claro que não.Passaram seis meses juntos, se conhecendo, ela não querendo enxergar mais que um amigo, um amigo lindo que tinha a criança mais fofa do mundo. Tentou ignorar qualquer coisa, mas a partir do momento em que descobriu que aqueles sentimentos eram recíprocos, ela se perdeu, estava louca, apaixonada, amando aquele homem e não queria ficar longe dele, e tudo seria perfeito, se na manhã seguinte após se declararem completamente, Kesia não tivesse aparecido.Querendo ou não, aquela mulher sempre ocuparia um lugar no coração de Daniel, e até mesmo no filho que crescia. Ela não podia se meter naquilo, nã
Kesia chegou à empresa do seu pai um pouco atrasada, já que engolir a verdade parecia impossível. Adentrou a sala do mesmo colocando sua bolsa na mesa e fitou o homem de cabeça baixa, escrevendo algo, sem dar muita atenção. Kesia estava a par da situação da empresa, e seu pai um pouco velho demais para seguir. Por esse motivo, ele pediu para ela concluir a faculdade cedo, mas como demoraria, a arrastou para outro país em busca de ensiná-la tudo que sabia.E agora, a loira estava de volta, mesmo que não tenha passado muito tempo. Teria que treinar mais sua filha, mas para que ela pudesse seguir com todo o império que construiu ao lado da esposa verdadeira. Porém, Kesia era nova demais, inexperiente, e ele sabia que não duraria por muito tempo. Respirou fundo antes de erguer a cabeça e sorri para a filha que mantinha um sorriso baixo, triste, e ele sabia por que, e também, não se importava.— Você me chamou com urgência, aconteceu alguma coisa? - Ele sorriu, deitando sua costa no encost
O Flint ainda continuou com aquela curiosidade no ar, e não era para menos. Daniel sabia muito bem onde deveria tocar nesse assunto, ele precisava conhecer o passado da mulher que vivia consigo, da mulher que amava, da mulher que queria um dia, que se tornasse sua esposa.Terminou seus trabalhos com Liam e foi procurá-la no horário de almoço. Stella gostava de ficar na lanchonete do hospital, tinha macarrão e chá, duas coisas que a rosada jamais dispensaria. Um sorriso nasceu em seus lábios quando avistou a pessoa que queria, Stella estava tomando seu chá, hora olhava para alguns exames que precisavam da sua atenção, outra comia seu macarrão que pouco a pouco, ia ficando morno.Daniel sentou em sua frente, chamando atenção da Arden, que além de um sorriso alegre, ela o puxou para um beijo discreto. Mesmo dentro da lanchonete, ainda estavam no hospital. O moreno não fez nada além de corresponder. Adorava beijar aquela boca e senti o gosto doce...— Bom almoço para você também – murmuro
- Calminha meu amor, será que você não pode simplesmente parar de chorar um pouco? – Kesia perguntava um pouco mais exasperada com o que acontecia. Adrian tinha passado quase a manhã toda chorando, e continuava até o momento. Já havia dado comida, até trocado a fralda, mas ele não parava de chorar.O ninava pela casa toda, falando, conversando, e quando o menino dava um sorriso, Kesia o enchia de beijos molhados, ela o amava, parecendo ou não. Adrian tinha sete meses, um bom menino, lindo como o pai, cabelos negros e olhos claros como os seus. Se arrependia amargamente de ter deixado Daniel e seu filho para trás, mas seu pai tinha parte em culpa disso. Era um homem ambicioso e além de tudo, seu progenitor.- Kesia – A loira olhou para a porta do quarto do filho ao ver Karin entrar com um sorriso no rosto – a empregada disse que você está louca com o bebê, você poderia ter dado para a babá, você contratou uma não é? – Perguntou à ruiva se aproximando da irmã e do sobrinho.- Eu não con
Daniel desligou o celular e o jogou em cima da mesa, estava frustrado pela falta de informação sobre a vida de Stella, não tinha visto Adrian o dia todo, os trabalhos pareciam piorar cada vez mais, e assim que viu o nome da Kesia no celular, se irritou ainda mais. Odiava se sentir impotente longe de seu filho, Adrian era tudo na sua vida, e esse tudo estava nas mãos de outra pessoa, não na sua, ou da mulher que amava.Guardou suas coisas sem pressa nenhuma quando a aula finalizou, esperou todo mundo sair para poder pensar um pouco no que faria. Tudo estava quase em seu lugar; ligaria para o pai para saber como ia a conversa com os advogados, com Kesia sendo mãe, ou não, ele não pretendia dividir a guarda do filho, tão pouco ter que se afastar do filho todas as vezes que a mãe desnaturada do menino quisesse sua companhia, e claro, tentaria manter as coisas com Stella o mais fácil possível para não ter brigas e haver outro problema.Stella foi à solução de muitos problemas seus desde qu
- Daniel você-- Eu não fiz nada, ela me ligou dizendo que o Adrian não parava de chorar, que estava com saudades de mim, e acabou indo na faculdade. – Stella abaixou a cabeça, brincando com o anel em seu dedo – Ela levou Adrian, e embora ele tenha ficado feliz por mim ver, chorou porque ele também precisa de você – Stella não se mexeu – Stella não aconteceu nada entre mim e Kesia.- Não estou com raiva, ou ciúme, qualquer coisa – cruzou os braços novamente e voltou a olhar para ela – como ele está?- Bem, animado, o cabelo mais bagunçado.- Eu estou com saudade dele, muito mais do que eu poderia sentir – respirou fundo puxando uma cadeira para sentar – eu sinto falta dele aqui em casa.- Não é a única, entendeu?- E quanto a Kesia, eu realmente não quero saber o que ela falou pra você de mim.- E como você sabe que ela falou de você?- Ela não disse nada? - Stella o olhou.- Hm, disse. – confirmou e Stella levantou o fitando desconfiada – eu te defendi, até porque, eu não faria outra