— Vem cá, Jojo, hoje a boate inteira vai olhar só pra você! — A loira deu uma sacola nas mãos de Joanne, onde havia a muda de roupa que ela mesma havia escolhido para aquela noite. Uma escolha minuciosa para que a estrela da noite fosse a primeira, e única, a brilhar.
Não demorou muito para que a jovem de olhos perolados saísse do banheiro parecendo uma verdadeira fada. Poderia cair se não estivesse acostumada com saltos tão altos. Embora concordasse que sim, sua roupa era de fato linda, ela se sentia estranha. Fazia muito tempo que não se vestia de tal forma. As roupas formais de trabalho acabaram virando praticamente sua segunda pele, de tanto tempo que passava com elas coladas ao corpo.— Dá pena de vestir isso. — Ela murmurou ajeitando-se na própria roupa. — Do jeito que eu sou desastrada, vou me sujar antes de chegarmos lá.— Jojo, se EJamais imaginou que Joanne poderia ficar ainda mais linda do que era, e os olhares dos outros homens que a cada passo a acompanhavam de forma graciosa diziam a mesma coisa. Ela veio em sua direção e quanto mais perto ela chegava, mais linda ela conseguia ficar. — Uau — exclamou. Ela sorriu, no fundo já sabia a resposta, mas gostaria de ouvir de sua boca. Não precisava ser nenhuma especialista para perceber que ele havia ficado desconcertado. — O que foi? Ele engoliu a própria saliva com uma tremenda dificuldade. — Vou no outro bar pegar um suco, aqui só tem batida. Ele saiu dali e olhou bem em seus olhos, sabia que ela de certa forma estava o desafiando, justamente para saber até onde seu controle iria. Beatrice e Alexis cumprimentaram todos, seguindo para próximo de uma mesa ao lado do bar e da pista de dança. A jovem de cabelos rosados nunca perdia tempo, seu
Ela passou o olhar para o amontoado de pessoas à sua volta.— Mas é claro que entendeu. — Digo, em que contexto está sua pergunta? — No contexto geral — completou. — Bobo é uma coisa que com certeza não é.— Bem... — Ethan começou. A música começou a ficar um pouco mais lenta e melancólica. Ele apertou as costas de Joanne contra si, e um hálito quente chegou em seu ouvido. — Quero o que estiver disposta a me dar. A saliva em sua garganta nunca descera com tanta dificuldade antes. O hálito mentolado invadiu seu olfato, misturado com o perfume amadeirado que emanava dele de forma forte. — V-você não pode fazer isso! — Ela se desconcertou. — Eu te paguei para estar aqui. — Eu acho você uma mulher muito inteligente, mas acha mesmo que eu vim pelo dinheiro, Joanne? — Ele
— Como assim bebeu além da conta, ela não bebe nem energético — falou ríspida. — O que você fez com ela? E por que ela não me ligou para perguntar que roupa usar? — Perguntas demais. Olha, eu estou no volante, pergunte tudo isso para ela quando ela acordar amanhã, sim? — Desligou e jogou o aparelho no banco de trás. O loiro sabia muito bem porque ela havia bebido daquele jeito, mas o melhor mesmo era ficar em silêncio, fingindo que nada havia acontecido e tudo seguiria como antes. Ele a tinha magoado quando a insultou daquela maneira machista, mas fizera aquilo por ver o brilho em seus olhos ao vê-lo. Pensou que aquilo significasse que ela estava sentindo algo por ele, começando a alimentar algo que não estava em seus planos. Isso, de certa forma, o deixava ansioso, porque gostava de mexer com ela, de estar por perto, sentir seu cheiro, abraçá-la.
— Coloque tudo para fora — advertiu seu noivo fictício ao entrar no banheiro com um copo e um pedaço de pão caseiro nas mãos. — Novatos até bebem, mas não aguentam nada no estômago.— Você nem sempre é um grande idiota, sab- — Foi interrompida por mais uma ânsia de vômito. — Que nojo, como você tem estômago para comer enquanto me vê vomitar? A advogada levantara àquela manhã correndo direto para o banheiro, obviamente por ainda sentir os efeitos da noitada anterior. No entanto, para ela o mais constrangedor não foi ter acordado com ânsia de vômito ou ele a olhando enquanto passava mal, e sim estar aninhada nos braços de Ethan, com a camiseta acima da cintura mostrando sua calcinha, que tratou de esconder assim que percebeu. — Se você tivesse visto e tocado em tudo o que passo na minha profi
Beatrice Jones era muito decifrável, parecida com Cassie. Tudo sempre queria dizer alguma coisa, cada cara que fazia, cada olhar pidão e o jeito de coçar a nuca, sempre significavam que ela certamente queria alguma coisa. — Em primeiro lugar: tenho que por algo na revista. Eu publiquei uma foto nossa no meu Instagram e todos ficaram loucos por você, Jojo. Podemos agendar um ensaio para a revista. Eu sei que você não quer parecer vulgar, não se preocupe, eu mesma te ajudo a escolher seu figurino. — Bateu palmas eufórica. — E eu ganhei um aumento! — Revelou. — Se topar, eu serei promovida! — Nossa! Assim, quer dizer, eu não sabia que tinha tanta gente assim querendo saber de mim. — Ela riu envergonhada. — Não tenho jeito para isso. — Como não? É claro que tem, você é maravilhosa! — Ela a vislumbrava. — &ldquo
— O que vocês dois estão falando? — Riu a grávida. — Nada — respondeu o médico rapidamente. — Nada de interessante. — Ele usou minha escova de dentes. — Inventou sabendo que as duas loiras não iriam parar até que falasse algo.— E qual é o problema? — Entrou na brincadeira. — Era só uma escova. Se acha o que eu fiz nojento imagina o-— É, mas você em vez de escovar, parece que você moeu a escova. — O cortou. — Seus dentes devem ser feitos de diamante, eu comprei a mais dura e você acabou com ela em um minuto! — Isso! Deixa os orgasmos pra lá, vou falar sobre o dia a dia, e a higiene de um casal. — Decidiu-se por fim. — Escovas de dente, cabelos na pia, preguiçosos que nem levam o lixo pra fora...— Bando de loucos — falou Ethan ao levantar-se. —
Às vezes, em seus pensamentos mais idiotas, Joanne achava que o destino era igual ao voo de uma barata. Já viu uma barata voar? Ela dá voltas e mais voltas para depois chegar no lugar escolhido. Parece ser a coisa mais esquisita do mundo, mas quem sabe não é apenas uma questão de estratégia? No entanto, o destino da advogada estava tanto tantas voltas que ela já estava chegando a se sentir tonta.Do lado de fora da fazenda o céu praticamente ruía, e de início achou que chovia granizo de tão forte que o barulho estava. Preocupada com o pai, que havia saído pela manhã para ir à cidade comprar algumas ferramentas, ela esperava sua chegada sentada no sofá virado para a porta.— Joanne! — Chamou pela milésima vez. — Estou falando com você! — Desculpa, Juliett, estou um pouco preocupada com o papai, é perigoso andar nes
— Não me lembrava dele assim, ele sempre foi bastante brincalhão — comentou.— Ele não gosta de loiros. Não esquenta, Joanne, com você ele é o mesmo.— Eu ainda tenho o anel que você me deu, Sander viu uma foto nossa e quase me esganou por eu ainda tê-la guardado. — Riu animada. — Vocês foram mesmo noivos? — Mexeu-se o loiro a acomodando melhor junto ao seu corpo.— Então quer dizer que é ciumento? — Ironizou. — Éramos amigos de infância, jovens, um tio meu iria casar, ela e eu estávamos na cerimônia de noivado e do nada surgiu a ideia de virarmos noivos. Chegamos a namorar, e no auge da paixão na adolescência eu comprei um par de alianças de prata, que custou uma fortuna na época e noivamos. Devido a forças maiores, nos separamos. Depois que começou a apertar o ded