Senhor, obrigado por não fazer o avião cair.
Nunca vi um avião com tanta turbulência. Acho que nem uma roupa na máquina de lavar roupas se sacode tanto quanto sacudiu esse avião.
Mas o importante é que eu estou de volta à cidade pacata (nem tanto assim), de volta ao meu lar. E sem irmãos Rubens, sem dividir o quarto com mostarda e muito menos sem arvore de natal ou pilhas e pilhas de pratos cheios de comidas que ninguém sabe da onde veio.
Não.
Agora era só eu e a pequena cidade.
– Angelica! – Minha mãe gritou vinda em minha direção com um sorriso no rosto e braços abertos.
Meu pai vinha logo atrás.
– Mãe! – Digo sem a animação dela.
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– Chuck. – Patrício cumprimentou com a cabeça.– Ótimo. Todos apresentados, podemos ir agora? Preciso dormir. – Eu digo tentando acabar com a presença do idiota.– Claro filha. – Minha mãe responde dando as costas para Chuck que faz uma careta. – Fiz bolo de chocolate!– Hmmm. Eu amo bolo de chocolate. – Chuck responde. – Mais tarde eu passo na sua casa para comer, que tal?Pelos velhos tempos.– Nem pense em chega perto da minha casa ou da minha família seu maníaco destruidor de lares.– Assim você me ofende Sofia.– Minha intenção foi alcançada.– Pelo visto não sou bem vindo na sua casa.– Você
Eu juro que tentei não entrar em confusão.Juro.Mas é óbvio que não daria certo, afinal até onde eu sei sou Angelica Verona. A confusão me persegue. Eu tenho sangue doce para atrair confusões. Problema é o meu nome do meio. Não se esqueça.Acabei de “abolir” o Jean da minha vida para sempre. E colocarei problema no lugar.Mas está não é a questão que eu estou tentando falar. Aliás, meu nome é tão lindo que merece ter apenas um capítulo para explicar, ou melhor, filosofar sobre ele. Porque convenhamos, quem não gostaria de ter um nome tão lindoe imponente como esse?Mas a questão é que eu sofri um acidente.Eu sempre imaginei que meu primeiro aci
– Em primeiro lugar, não há nada entre a gente. Em segundo, você é o maior idiota que eu conheço, melhor, vocês dois porque isso foi extremamente ridículo apostar dinheiro por um beijo e terceiro o que está fazendo aqui? – Pergunto irritada com tudo aquilo.– Eu estava sem fazer nada e moro aqui no lado e soube sobre o cavalo do Senhor Mansell sofreu alguns danos psicológicos por encontrar alguém como você. – Felipe disse. – Mas o que você faz aqui mesmo?– Ele me chamou e eu nem sei por que vim! – Digo sincera. Era verdade eu nem sabia por que eu tinha vindo para cá mesmo. – Porque me chamou mesmo?– Hã... Hm... Er... – Patrício começou a gaguejar.Felipe começou a rir desesperadamente e eu só revirei
Hoje era dia 12 de agosto, um dia muito lindo na minha vida.Há 18 anos uma menina de cabelos de fogo estava nascendo para iluminar a vida de todos no mundo com sua graça e bondade. Sim, sou eu e não a Branca de Neve, apesar de sermos muitos parecidos no requisito humildade, generosidade e ser amável com os animais.Não ria. Eu sou tudo isso... Quando estou disposta, claro.Então, hoje era dia 12 e eu estava fazendo meus lindos e sonhados 18 anos. A minha liberdade conquistada, o poder de ser punida legalmente pelo FBI, CIA e NSA ou sei lá mais qual sigla que exista no mundo e estou mais perto da morte.Apesar dos meus 18 não estarem me inspirando segurança, eu estava muito feliz de chegar até aqui sem passar por cima de ninguém, de ter uma personalidade totalmente passível, ser amável com to
Não sei quanto tempo durou. Só sei que quando paramos de nos beijar eu estava sem fôlego, ele estava sem.Não tinha como explicar. As janelas do carro estavam embaçadas e eu nem sei que horas eram, ou o estado de minha roupa, ou do meu cabelo... Não sei de nada, só sei que Patrício beija muito, muito e muito bem.– O q... - Eu tentei dizer.Patrício deu um sorriso.– Vai dizer que não queria isso? - Ele perguntou com seu sorriso presunçoso e se acomodando novamente no banco do motorista.– Eu... - Fiquei sem silêncio.Eu não sabia se queria um beijo de Patrício, ou algo mais. Nem sabia que eu iria gostar tanto, ou que desejava antes de acontecer. Não imaginaria e nem sabia de nada naquele momento, por isso fiquei quieta
A menos que ele queira me testar... Provocar-me...Aquele safado, idiota.Não acredito que eu fui tonta o suficiente para não notar isso.Ele queria ver se eu tinha ciúmes dele.Idiota! Safado! Filho da puta!Mas devo admitir que aquilo fosse um truque de mestre.Mas terá volta, a se terá.Levantei de onde eu havia sentado e comecei a caminhar de volta a barulheira da festa para me vingar do idiota, mas fui pega de surpresa por ninguém menos que...– Boa Noite docinho! – Chuck me desejou com aquele seu sorriso irônico. – Ou melhor, feliz aniversário.– Achei que estava preso! – Comentei.Eu havia ouvido dizer que ele fora preso esses dias e que seria julgado em breve.
– Eu ia te perguntar a mesma coisa! – Falo dando de ombros. – Esse aqui é o seu quarto? – Pergunto arregalando os olhos.Recém agora eu havia notado que estava no quarto de Patrício. Como eu não havia notado antes? Como isso? E porque eu estava no quarto de Patrício, com ele? Isso está muito ruim, acho que não pode piorar.– Óbvio que é meu quarto. Achou que estávamos onde? Na sua casa? – Ele resmunga.– Eu não tinha reconhecido seu quarto. Tenho problemas maiores do que descobrir se esse é seu quarto ou não.– Digo revirando os olhos.Uma onde de mal estar e atingiu com esse movimento. Joguei-me para trás e cai em um travesseiro ao lado de Patrício. Tenho que se lembrar de nunca mais revirar os olhos estando
– Nossa! Falando desse jeito parece que eu sou o culpado de tudo!– Pois você é! – Eu afirmo.– Não mesmo. Você quase matou a guria atirando ela pela janela, ainda bem que eu estava lá perto e a ajudei.Depois vem para o meu quarto e... Você sabe! – Patrício fala gesticulando com braços – A culpa não é só minha não!– Bem feito para aquela vagabunda de quinta categoria. Deveria era ter se quebrado toda para aprender a não dar valor para um bêbado que ainda por cima está namorando! – Eu digo.– Está... Com ciúmes? – Patrício pergunta rindo.– Ciúmes? Eu? Você está de palhaçada com a minha cara, só pode! – Eu digo ri