Ele me olha e ri. Eu perdi a paciência e acidentalmente meu joelho dá um chute entre suas pernas fazendo-o se curvar de dor e praguejar tudo que é nome que vinha enquanto eu andava para longe dele... Só que antes de sair eu disse:
– Eu avisei docinho!
A festa já havia perdido o encantamento que não tinha antes. Aquilo estava um porre e eu queria para a casa dos velhinhos, pelo menos lá eu tinha uma chance de sair viva e não intoxicada pela fumaça de cigarro, pelas bebidas alcoólicas vencidas e minha dignidade não se perderia tão facilmente.
Andei pela casa procurando um canto que não estivesse cheio ou sendo ocupado até que encontrei um na frente da casa, embaixo de uma arvore que era mais dos vizinhos do que do próprio terreno. Andei até lá empurrando idiotas que vinham atrás de mim ou cruzavam meu caminho e sentei-me na grama, emba
– Quero a bebida mais forte que você tiver. – Respondo encontrando uma resposta para meus dilemas pessoais.A música estava alta e não dava para entender a letra. Escutava-se apenas barulho. As pessoas iam e vinham se agarrando uma nas outras para não cair, outras para se pegar mesmo. Naquele local não tinha nenhum santo mais. E os mais sóbrios se aproveitavam dos mais bêbados fazendo brincadeiras de mau gosto. O local fechado fedia a fumaça de cigarro e se houvesse um acidente ali, provavelmente todos morreriam.O barman me serviu um copo pequeno com uma bebida vermelha que eu não sabia o nome, afinal sempre fui péssima para nomes de bebidas e quem sempre pedia as minhas eram meus amigos ou meu namorado. Assim que tomei um gole pequeno da bebida quase vomitei de tão ardido que era, além do cheiro ruim claro. O cara do meu lado riu.
Que ótimo! O desgraçado foge e me deixa aqui.– Tiffany, não é? – O cara pergunta.– Devam?– Na verdade é Sr. Carmicall. – Ele falou arrumando sua jaqueta.– Angelica! – Digo.– Bem, Angelica... Acho que você é única em condições em me responder o que eu quero.– Eu discordo.– Como?– Eu não faço a mínima ideia de quem seja quem você esteja procurando. Não quero saber e tenho raiva de quem sabe. Agora se me der licença, tenho pessoas para procurar. – Disse me virando e tentando procurar alguns dos amigos da onça que me deixaram naquela casa com o policial e pessoas dormindo no chão.
Eu gostava mais da segunda opção.Quando acordei o sol estava entrando pelas janelas de uma forma irritante. Eu estava com uma dor de cabeça que há anos que não tinha. Eu me sentia suja. Imunda era a palavra certa naquele momento. Eu estava com uma enorme vontade de vomitar e me libertar da bebida do meu corpo.Realmente beber é um saco.Ou melhor, a ressaca é um saco.Assim que me sentei na cama, desejei que passasse tudo logo. Mas eu tinha algumas experiências com bebidas, ressacas e até mesmo com carros da policia te levando para casa. E sabia que iria durar um pouco mais do que uma manhã.Então, quando acordei corri para o banheiro e despejei tudo que tinha no meu organismo dentro da privada.Aquilo estava uma bagunça. Andei para dentro do boxer e liguei a agua. Fiquei ali uma boa hora só sentada embaixo da agua aturando uma dor de cabeça e m
Estávamos fazendo nossas atividades no acampamento chato. Havia se passado uns dois dias (hoje é terça) desde aquele incidente com Jane na mini fazenda. Eu e ela não estamos nos falando muito, mas eu não lamento nada.Quem é ela para falar de mim? Ela não me conhece, ela não sabe sobre mim e acusar as pessoas do que ela me acusou sem ao menos conversar decentemente comigo foi à gota d’agua para eu explodir com a irmã Rubens.Charlie conversava comigo tranquilamente como se aquele episódio na festa não tivesse acontecido, como se ele não tivesse me abandonado às moscas, fugindo que nem uma aranha de umbasilisco. Mas eu o perdoei e virei sua amiga (apenas) novamente.Patrício... Patrício... Patrício. Percebi que ele é fofo quando quer. Pode se atencioso quando quer tamb&eacut
– Eu ando dormindo demais! – Eu digo balançando a cabeça para tirar aquela voz. – Estou imaginando coisas.– Tem certeza docinho? – Escuto novamente e me viro.Ali. Parado com seu sorriso galanteador com a mistura de deboche, ironia, safadeza e divertimento. Meu pior pesadelo voltou a me assombrar. Só que agora em forma física.– Achou que iria se livrar de mim docinho? Não aprendeu nada o que eu ensinei? – Ele falou dando um passo para frente.– Mantenha-se longe de mim, benzinho. – Digo com nojo.– Que isso? Não vou ganhar um beijo de reencontro? Assim eu fico magoado! – Ele falou e começou a rir.– Como me encontrou?– Sua mãe fala demais, sabia? – Ele falou olhando para a unh
Acho que devo algumas explicações, não estou certa?A primeira delas é: Que diacho de segredo é esse que eu tenho?Certo. Isso será respondido logo, logo. Aguardem.A segunda delas é: Quem é Chuck Walter?Bem, essa é fácil: Ele é meu ex-namorado. Isso, aquele que meus pais não gostavam. O único namorado que eu tive por um bom tempo. Aquele inútil que não fazia nada da vida. Esse mesmo.A terceira delas é: Por que diabos ele estava fazendo no fim do mundo?Eu me pergunto isso todo dia.O.K. Se tiver mais alguma pergunta... Depois eu respondo.O caso é que Chuck me achou neste acampamento, o lugar mais improvável da face da Terra onde Angelica Verona estaria bem ele me acho
Enquanto ia em direção de algum lugar onde eu pudesse ficar sozinha, as palavras de Luiz não saiam da minha cabeça. Nunca pensei que algumas palavras poderiam machucar mais do que qualquer faca afiada, e eu tinha alguma experiência com isso.Sentei-me em uma rocha afastado do acampamento perto da lagoa. Enquanto eu lutava para não chorar olhava para as fracas ondas que o vento fazia no lago. Iria chorar daqui a algumas horas ou menos e eu não estava me preocupando com isso.“Ninguém nunca vai te querer assim Verona!” ecoou em minha mente pela centésima vez.Será que eu era tão ruim assim? Será que eu era tudo o que haviam me acusado nesses últimos dias? Será que eu era egoísta, chata, orgulhosa e outros defeitos que eram jogados na minha cara constantemente.Ser&aacut
– Bom dia docinho. – Chuck fala falsamente alegre quando eu entro no refeitório. – Sem pesadelos?– Morre! – Eu desejo com uma simpatia espantosa.– Eu achava que você era mais educada. Pelo visto eu devo te ensinar como se deve falar com o papai aqui. – Chuck falou.Eu o olhei sério. Bufei. Passei por ele e de propósito esbarrei no seu ombro. Chuck riu atrás de mim. Fui até a mesa de comida e me servi. Escolhi uma mesa que não tivesse idiotas e me sentei para comer minha refeição.Hoje era quarta feira.Menos de 4 dias para eu sair deste inferno e voltar a minha vida normal.– Ótimo lugar docinho. Perto da janela. Como sabia que eu amo sentar perto da janela? – Chuck diz jogando sua bandeja na mesa e se senta na minh