A governanta percebeu sua preocupação e a confortou. — Vai ficar tudo bem. Ela provavelmente foi a algum lugar para jogar e relaxar. Definitivamente voltará para almoçar mais tarde. — — Ela vai? — Anne olhou fixamente para ela.— Com certeza! — No entanto, Anne não ousaria relaxar, precisava ver a mãe imediatamente para se sentir aliviada. Assim, a moça se virou e saiu da sala. Quando estava descendo as escadas, errou o passo e quase caiu.— Tome cuidado! — Felizmente, a governanta, que a seguia, a deteve.Caso contrário, Anne teria se machucado feio.— Obrigada... — A jovem tentou se acalmar antes de descer as escadas, então se afastou, entrou no carro e foi até o cassino que Sarah costumava frequentar, mas ainda não a viu. As pessoas de lá até perguntaram por que a mulher não aparecia há muito tempo, mas sua filha não conseguiu respondê-las porque estava completamente perdida, pensando onde Sarah poderia estar.Era improvável que a mulher fosse apostar, pois não fazia mu
Assim que pôde, Anne carregou a bateria do celular de Sarah e verificou as mensagens. Havia apenas Anne em seus contatos recentes. Na verdade, ninguém sequer estava procurando pela mulher, evidenciando sua solidão e falta de amizades. Também indicava que Sarah tinha desaparecido de repente, sem nada planejado. Anne, então, voltou ao cemitério e começou a procurar outra vez, mas acompanhada da polícia.O tempo passou e ainda não havia sinal de Sarah. Anne já não sabia como aguentava, então sentiu-se tonta e um policial ajudou-a a sentar-se numa pedra ao seu lado. Os outros continuaram em busca de pistas, enquanto a jovem se esforçava para evitar pensamentos negativos. 'Vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem. Mamãe deve estar atrasada por causa de algum outro assunto.' Queria pensar que sua mãe ficaria bem. 'Pai, você deve protegê-la...'De repente, o som de um telefone a surpreendeu, e a moça então percebeu que era o seu. Por um instante, ficou chocada com quem ligou. A moça não salvo
Anne não sabia o que acontecia. Pensou que quem a abraçava era Lucas, mas quando levantou a cabeça viu Anthony. A moça congelou por um momento, depois deixou seu abraço friamente, afastando-se de sua mão. O magnata não parecia estar de bom humor, porque percebeu que a jovem parecia decepcionada com algo. Considerando que a preocupação com a mãe seria um motivo para o comportamento dela, ele se conteve. — Mão de obra adicional foi arranjada e ela será encontrada em breve. — O magnata disse. Não havia nenhuma expressão no rosto de Anne, exceto pela dor e pelo silêncio. O rosto de Anthony parecia tenso, mas ele tentou manter a voz suave tanto quanto possível. — Vá comer alguma coisa. — — Não preciso. — Anne simplesmente lhe deu as costas.Anthony pôs a mão sobre seu ombro e percebeu que foi o suficiente para a jovem se desequilibrar. — Anne, você precisa comer! — — Me solta... — A voz de Anne saiu fraca, e a moça já era incapaz de resistir a Anthony quando estava bem, seria muito
O coração de Anne parecia que iria desabar. Anthony era muito poderoso e não havia ninguém além dele que pudesse ter tanta gente para ajudar na busca. Assim, a moça foi levada à força para uma van luxuosa que havia acabado de chegar. A ideia do magnata era que tivessem um lugar confortável para se abrigar ao longo das buscar. O homem sabia que Anne não deixaria aquele lugar, a menos que sua mãe fosse encontrada. Havia comida na mesa e o magnata insistiu:— Anne, coma algo. — A moça, sentada no sofá, olhou para fora do carro com indiferença. — Você quer que eu mesmo alimente você? — Anthony conteve seu temperamento. — Não estou com fome. — Disse Anne fracamente. Anthony definitivamente a teria insistido mais para que a moça comesse, mas agora reprimiu sua inquietação e disse em voz baixa: — Se você a encontrar, como planeja chegar lá? Saco vazio não para em pé. Vai querer que eu a carregue? — Anne não respondeu, seus olhos pareciam vazios. O telefone em sua mão tocou de
A polícia procurou até o anoitecer. Eram seis horas e o céu nas montanhas já havia escurecido, então seria mais difícil procurar Sarah. Anne ficou na frente da van, ansiosa. Se a mulher ainda não pudesse ser encontrada depois de mais uma noite, estaria desaparecida por três dias e duas noites. As ligações para Anthony continuaram chegando. Logo depois de desligar uma chamada de negócios, outra ligação foi recebida. Desta vez, foi de Ivan. — Senhor Marwood, ela foi encontrada, mas não acho que esteja em bom estado. Você deveria vir sozinho! — — Certo. — Anne se virou para olhar para Anthony, que estava se aproximando, e perguntou: — Alguma novidade? — — Eles estão procurando muito devagar. Vou dar uma olhada. — — Eu também irei! Não quero ficar aqui sozinha! — Disse Anne, impotente. Anthony pegou a mão dela e a trouxe de volta para o trailer, colocando-a no sofá. — Está escuro e perigoso. Você pode causar problemas para o trabalho de busca se for lá, então apenas e
— Morrer não é tão ruim, pelo menos posso ver Nigel agora... — Sarah usou todas as suas últimas forças e agarrou a mão de Anthony. — Deixe-me pagar pelos erros que cometi, não... não machuque Anne... — — Mãe! — Anne saiu do carro e correu. No entanto, depois que Sarah disse a última palavra, engoliu em seco, soltou a mão de Anthony e seu braço despencou. — Mãe! — Anne berrou e olhou para Sarah, que estava deitada no chão com os olhos fechados. Suas pernas amoleceram e a jovem se ajoelhou na frente da mulher. — Mãe, estou aqui. Mãe, fale comigo. Vamos levá-la para o hospital. Mãe, fale, Anthony. Por que ela não está falando? Por quê? — Um policial parado não muito atrás explicou, hesitante: — Ela perdeu muito sangue e faleceu… — Antes de terminar de falar, ele ficou tão assustado com a expressão sombria de Anthony que se engasgou, abaixou a cabeça e deu alguns passos para trás. Anne perdeu o controle de suas emoções. — Quem disse isso? Não! É impossível! Minha mãe não vai mo
Anne não conseguia acreditar que a pessoa à sua frente era sua mãe. Sarah estava bem há dois dias, como poderia ser? — MÃE! MÃE! ACORDA! — A moça gritou incontrolavelmente, segurando a cabeça da mulher. Anthony cobriu o rosto de Sarah com o pano branco outra vez, abraçou Anne para impedi-la de ver e levou-a para fora. Assim que saíram, uma policial se aproximou e disse: — Senhor Marwood, o segurança ligou para dizer que viu alguém se aproximando da falecida. Já identificamos o sujeito. — — Por que ele não disse isso antes? — Anthony olhou friamente. — É muito comum que testemunhas lembrem de fatos depois. — — Tragam a pessoa aqui! — Ninguém esperava que a pessoa trazida aqui fosse Ron. Quando Anthony o viu, seus olhos escuros se estreitaram de repente. Anne, que estava sentada na cadeira ao lado, levantou-se, atordoada, enquanto olhava para o homem se aproximando. Como poderia ser justo Ron?Quando Ron viu o magnata, sua expressão não pareceu natural. — Qual é o seu
— Não queria ter nada a ver com ela, só isso! Eu estava andando pelo cemitério pela manhã quando não tinha nada para fazer e a vi. Eu a vi chafurdando na tristeza por causa de outro, então eu fiquei mexido e a provoquei algumas vezes. Discutimos porque eu chutei a taça de vinho que ela ofereceu ao defunto, então ela veio para cima e me arranhou... — A expressão de Ron era sombria quando levantou as mangas, revelando as marcas em seu braço. — Então? — — Ela continuou me importunando e me batendo. Eu a empurrei no chão e fugi. — Alegou Ron. — Você viu mais alguém, então? — Perguntou o policial. — Não! Eu estava com muita raiva na hora, então fui embora... — Ron parou de falar de repente, algo que o investigador percebeu. — Você se lembrou de algo? — Perguntou o policial. A voz de Anthony ficou mais agressiva. — É melhor você contar tudo o que sabe, ou não vou poupá-lo! — — Quando saí, vi alguém visitando o túmulo…— Lembrou Ron. — Algum conhecido? — — Só me virei pa