Tudo o que Anne viu em sua visão embaçada foi o rosto dominador de Anthony. Depois que seu cabelo se encharcou, as gotas escorriam pela sua testa. Até mesmo a ferocidade de seus traços faciais havia desaparecido em meio à água fria. No entanto, Anne ainda estava muito zangada porque não era sua vontade ficar com o magnata, por ora. Ainda havia Bianca, afinal.— Terminei de tomar banho. Não tenha pressa. — Anne agarrou a toalha ao lado, mas suas pernas ficaram bambas quando tentou sair do banheiro, porque o homem envolveu seu braço e a puxou de volta. A jovem ficou tão incomodada que foi direto ao ponto. — O que exatamente você quer fazer? —O aborrecimento de Anne despertou desgosto no peito de Anthony, que a apoiou contra a parede e disse, palavra por palavra: — Apenas que tome um banho comigo. — Anne mordeu os lábios porque se via muito furiosa. Anthony fingiu não ver que a moça não estava feliz com seu avanço. O homem se virou, entrou no chuveiro e limpou o corpo como se ningu
— Eles já estão dormindo. — Insistiu Anthony.Anne estava muito infeliz, então andava de um lado para outro ao lado da cama. Era frustrante o fato de que Anthony queria estar no controle de tudo. O magnata desligou o celular e saiu da cama, então caminhou até Anne, carregou-a nos braços e pressionou-a contra o colchão. — Vamos para a cama agora. Caso contrário, vou deixá-la cansada demais para sair da cama no dia seguinte. — Anne cerrou os dentes e o encarou com raiva, ao passo que Anthony se virou, deitou-se de lado e apagou a luz. O quarto ficou escuro como breu, e a jovem queria chutá-lo até que caísse da cama. Felizmente, o magnata não fez nada depois de apagar as luzes, então a moça apenas deu-lhe as costas e fechou os olhos. Ela tentava se convencer a esquecer daquilo e dormir como se fosse seu próprio quarto, até que, depois de algum tempo insistindo nisso, finalmente adormeceu.Durante o sono, sentiu alguém a abraçando, mas não tinha mais consciência para resistir, então
Anne descansou as mãos nas costas do assento. Mesmo que Anthony não tivesse feito nada, seu rosto, que era tão bonito quanto uma escultura, e seus olhos, que pareciam poder perfurar o corpo de qualquer pessoa com apenas um vislumbre, a deixavam nervosa.— Feche os olhos. — Ordenou Anne.— Essa é a sua primeira vez? — — É a primeira vez que te beijo assim. — Respondeu Anne com eloquência.Anthony fechou os olhos e Anne se aproximou lentamente, mas seus olhos focaram no botão ao lado da porta. Sem aviso, seu dedo então pressionou o acionamento, de modo que, quando sua boca estava a um centímetro de distância dos lábios finos do magnata, a jovem se esquivou para o lado e pulou do carro. Anthony abriu os olhos escuros e viu a moça, que fez uma careta depois de sair do carro com sucesso, correndo em direção ao prédio. O homem sorriu. Se não pegasse leve, não havia como ela conseguir sair do carro.— Bom dia, senhorita Vallois! — Enquanto Anne esperava o elevador, Cindy se aproximou.
A governanta percebeu sua preocupação e a confortou. — Vai ficar tudo bem. Ela provavelmente foi a algum lugar para jogar e relaxar. Definitivamente voltará para almoçar mais tarde. — — Ela vai? — Anne olhou fixamente para ela.— Com certeza! — No entanto, Anne não ousaria relaxar, precisava ver a mãe imediatamente para se sentir aliviada. Assim, a moça se virou e saiu da sala. Quando estava descendo as escadas, errou o passo e quase caiu.— Tome cuidado! — Felizmente, a governanta, que a seguia, a deteve.Caso contrário, Anne teria se machucado feio.— Obrigada... — A jovem tentou se acalmar antes de descer as escadas, então se afastou, entrou no carro e foi até o cassino que Sarah costumava frequentar, mas ainda não a viu. As pessoas de lá até perguntaram por que a mulher não aparecia há muito tempo, mas sua filha não conseguiu respondê-las porque estava completamente perdida, pensando onde Sarah poderia estar.Era improvável que a mulher fosse apostar, pois não fazia mu
Assim que pôde, Anne carregou a bateria do celular de Sarah e verificou as mensagens. Havia apenas Anne em seus contatos recentes. Na verdade, ninguém sequer estava procurando pela mulher, evidenciando sua solidão e falta de amizades. Também indicava que Sarah tinha desaparecido de repente, sem nada planejado. Anne, então, voltou ao cemitério e começou a procurar outra vez, mas acompanhada da polícia.O tempo passou e ainda não havia sinal de Sarah. Anne já não sabia como aguentava, então sentiu-se tonta e um policial ajudou-a a sentar-se numa pedra ao seu lado. Os outros continuaram em busca de pistas, enquanto a jovem se esforçava para evitar pensamentos negativos. 'Vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem. Mamãe deve estar atrasada por causa de algum outro assunto.' Queria pensar que sua mãe ficaria bem. 'Pai, você deve protegê-la...'De repente, o som de um telefone a surpreendeu, e a moça então percebeu que era o seu. Por um instante, ficou chocada com quem ligou. A moça não salvo
Anne não sabia o que acontecia. Pensou que quem a abraçava era Lucas, mas quando levantou a cabeça viu Anthony. A moça congelou por um momento, depois deixou seu abraço friamente, afastando-se de sua mão. O magnata não parecia estar de bom humor, porque percebeu que a jovem parecia decepcionada com algo. Considerando que a preocupação com a mãe seria um motivo para o comportamento dela, ele se conteve. — Mão de obra adicional foi arranjada e ela será encontrada em breve. — O magnata disse. Não havia nenhuma expressão no rosto de Anne, exceto pela dor e pelo silêncio. O rosto de Anthony parecia tenso, mas ele tentou manter a voz suave tanto quanto possível. — Vá comer alguma coisa. — — Não preciso. — Anne simplesmente lhe deu as costas.Anthony pôs a mão sobre seu ombro e percebeu que foi o suficiente para a jovem se desequilibrar. — Anne, você precisa comer! — — Me solta... — A voz de Anne saiu fraca, e a moça já era incapaz de resistir a Anthony quando estava bem, seria muito
O coração de Anne parecia que iria desabar. Anthony era muito poderoso e não havia ninguém além dele que pudesse ter tanta gente para ajudar na busca. Assim, a moça foi levada à força para uma van luxuosa que havia acabado de chegar. A ideia do magnata era que tivessem um lugar confortável para se abrigar ao longo das buscar. O homem sabia que Anne não deixaria aquele lugar, a menos que sua mãe fosse encontrada. Havia comida na mesa e o magnata insistiu:— Anne, coma algo. — A moça, sentada no sofá, olhou para fora do carro com indiferença. — Você quer que eu mesmo alimente você? — Anthony conteve seu temperamento. — Não estou com fome. — Disse Anne fracamente. Anthony definitivamente a teria insistido mais para que a moça comesse, mas agora reprimiu sua inquietação e disse em voz baixa: — Se você a encontrar, como planeja chegar lá? Saco vazio não para em pé. Vai querer que eu a carregue? — Anne não respondeu, seus olhos pareciam vazios. O telefone em sua mão tocou de
A polícia procurou até o anoitecer. Eram seis horas e o céu nas montanhas já havia escurecido, então seria mais difícil procurar Sarah. Anne ficou na frente da van, ansiosa. Se a mulher ainda não pudesse ser encontrada depois de mais uma noite, estaria desaparecida por três dias e duas noites. As ligações para Anthony continuaram chegando. Logo depois de desligar uma chamada de negócios, outra ligação foi recebida. Desta vez, foi de Ivan. — Senhor Marwood, ela foi encontrada, mas não acho que esteja em bom estado. Você deveria vir sozinho! — — Certo. — Anne se virou para olhar para Anthony, que estava se aproximando, e perguntou: — Alguma novidade? — — Eles estão procurando muito devagar. Vou dar uma olhada. — — Eu também irei! Não quero ficar aqui sozinha! — Disse Anne, impotente. Anthony pegou a mão dela e a trouxe de volta para o trailer, colocando-a no sofá. — Está escuro e perigoso. Você pode causar problemas para o trabalho de busca se for lá, então apenas e