Sarah nunca foi assim no passado. Desde que Nigel se foi, a mulher foi acometida por uma melancolia infinita. Pensava em tudo... em quando estava namorando com homem, quando terminaram, quando ela se casou com Ron e quando reencontrou o amor de sua vida tempos depois. Não negaria que seu coração acelerou quando viu Nigel outra vez. Sua honestidade, a maneira como trabalhava tanto e seu comportamento cavalheiresco e gentil a encantaram outra vez. Depois que o homem faleceu, algumas das emoções reprimidas dentro da mulher simplesmente explodiram.Sarah decidiu visitar o túmulo de Nigel. No caminho, comprou uma garrafa de uísque, velas e flores frescas. Quando chegou ao cemitério na área montanhosa, viu que alguém vigiava a entrada. Depois que o vigia a deixou passar, a mulher avançou com o carro até a base do monte, no qual ficava a lápide de seu amado. Em seguida, desligou o veículo e desembarcou. Ainda havia uma longa distância a percorrer andando, então subiu os degraus, carregando a
Depois que Anne se despediu da polícia, sua manhã praticamente acabou. As autoridades disseram que o senhor Walker continuava se recusando a dizer quem era o cérebro por trás do esquema e dizia que era apenas mais um ganancioso. Os outros tinham menos ainda a falar, já que o senhor Walker era o líder. Só depois do almoço que a moça conseguiu descansar um pouco.Anne pensava em como o policial parecia muito hesitante. O homem disse que, como o senhor Walker admitiu que foi obra própria, ela deveria parar por aí. Mas por que um policial aconselharia aquilo? Aliás, por que o senhor Walker permanecia tão teimoso depois de ser levado para a delegacia?Anne teve vontade de rir e acabou soltando uma gargalhada estranhamente fria. Qual mais poderia ser o motivo? Certamente por causa de Anthony, afinal Bianca era sua noiva. O senhor Walker poderia ir para a prisão, mas absolutamente não ousaria envolver a noiva do Rei de Luton, mesmo que ela fosse culpada.Na verdade, Anne já sabia disso des
— Você quer algo para comer? — Perguntou Anthony.— O que podemos comer? — Perguntou Charlie, e houve uma batida na porta do escritório assim que disse isso.— Entre. — Anthony disse com uma voz profunda.'Este é meu escritório. Quem é você para dar as ordens?', foi o primeiro pensamento de Anne.A pessoa que entrou foi Ivan, levando a comida que comprou para o escritório, servida na mesinha de centro. Eram bolinhos recém-preparados, de certo de uma padaria próxima, com chá para acompanhar, indicando que o homem teve acesso à cozinha da empresa. Aquele seria um chá da tarde completo. Depois que terminou de preparar o lanche, Ivan saiu. Mesmo que as competências do homem fossem dignas de um militar, as ordens de Anthony eram indiscutíveis.— Vocês três deveriam comer um pouco. Ainda tenho coisas para fazer. Depois que terminarem, vamos para casa juntos. — Anne acariciou as cabecinhas dos trigêmeos.— Coma alguma coisa antes de sair. — Sugeriu Anthony.— Está tudo bem. Sobra mais
Anne esperou até que o som de chamada terminasse, mas ninguém atendeu, o que foi estranho. Onde Sarah estava? Ela poderia estar fazendo o jantar? A jovem pensou em ligar novamente mais tarde ou esperar até que sua mãe retornasse quando percebesse a chamada perdida.Depois disso, a moça foi passar um tempo com as crianças. Depois que já haviam jantado, Sarah ainda não havia ligado de volta. Anne ficou na sala de estar para fazer outra ligação, mas, mesmo assim, ninguém atendeu. O que Sarah poderia estar fazendo? Logicamente falando, se ela não voltasse para jantar, sua mãe deveria ligar para ver como estava. No passado, sempre foi Sarah quem quis que Anne se reunisse com Anthony e deu ideias para aproximá-los. Será que a mãe simplesmente não queria ligar?— Mãe, venha jogar bola com a gente! — Os trigêmeos cercaram a mãe, abraçaram suas pernas e se recusaram a soltá-la.— Tudo bem. — Anne deixou o telefone de lado. Quando saiu, não viu Anthony e imaginou que ele estaria no escritór
O corpo de Anthony ficou rígido com a voz da moça, então diminuiu um pouco a velocidade. Anne encontrou o momento certo e chutou a bola. — Charlie, Chris! — Os dois imediatamente correram em direção à bola, cooperando entre si e, com cada um dando um chute com suas pernas curtas, acertaram a bola na rede.— Marcamos! Isso! — Charlie e Chris gritaram para a mamãe.Anne sentiu-se orgulhosa. Mesmo não tendo vencido de forma justa, as crianças ainda estavam felizes. Anthony passou o braço em volta da cintura esbelta da mulher e pressionou-o contra a parte inferior do abdômen. Em seguida, o homem semicerrou um pouco os olhos pretos e encarou o rosto ardente e avermelhado da moça em seus braços.— Você está satisfeita? — — Eles não são seus filhos também? — Anne refutou e tentou afastar os braços para longe de sua cintura.— Quando você estava jogando, por que não pensou em deixá-los marcar um? — Perguntou Anthony. — Não pense que eles não viram. — Anne disse com segurança: — C
Tudo o que Anne viu em sua visão embaçada foi o rosto dominador de Anthony. Depois que seu cabelo se encharcou, as gotas escorriam pela sua testa. Até mesmo a ferocidade de seus traços faciais havia desaparecido em meio à água fria. No entanto, Anne ainda estava muito zangada porque não era sua vontade ficar com o magnata, por ora. Ainda havia Bianca, afinal.— Terminei de tomar banho. Não tenha pressa. — Anne agarrou a toalha ao lado, mas suas pernas ficaram bambas quando tentou sair do banheiro, porque o homem envolveu seu braço e a puxou de volta. A jovem ficou tão incomodada que foi direto ao ponto. — O que exatamente você quer fazer? —O aborrecimento de Anne despertou desgosto no peito de Anthony, que a apoiou contra a parede e disse, palavra por palavra: — Apenas que tome um banho comigo. — Anne mordeu os lábios porque se via muito furiosa. Anthony fingiu não ver que a moça não estava feliz com seu avanço. O homem se virou, entrou no chuveiro e limpou o corpo como se ningu
— Eles já estão dormindo. — Insistiu Anthony.Anne estava muito infeliz, então andava de um lado para outro ao lado da cama. Era frustrante o fato de que Anthony queria estar no controle de tudo. O magnata desligou o celular e saiu da cama, então caminhou até Anne, carregou-a nos braços e pressionou-a contra o colchão. — Vamos para a cama agora. Caso contrário, vou deixá-la cansada demais para sair da cama no dia seguinte. — Anne cerrou os dentes e o encarou com raiva, ao passo que Anthony se virou, deitou-se de lado e apagou a luz. O quarto ficou escuro como breu, e a jovem queria chutá-lo até que caísse da cama. Felizmente, o magnata não fez nada depois de apagar as luzes, então a moça apenas deu-lhe as costas e fechou os olhos. Ela tentava se convencer a esquecer daquilo e dormir como se fosse seu próprio quarto, até que, depois de algum tempo insistindo nisso, finalmente adormeceu.Durante o sono, sentiu alguém a abraçando, mas não tinha mais consciência para resistir, então
Anne descansou as mãos nas costas do assento. Mesmo que Anthony não tivesse feito nada, seu rosto, que era tão bonito quanto uma escultura, e seus olhos, que pareciam poder perfurar o corpo de qualquer pessoa com apenas um vislumbre, a deixavam nervosa.— Feche os olhos. — Ordenou Anne.— Essa é a sua primeira vez? — — É a primeira vez que te beijo assim. — Respondeu Anne com eloquência.Anthony fechou os olhos e Anne se aproximou lentamente, mas seus olhos focaram no botão ao lado da porta. Sem aviso, seu dedo então pressionou o acionamento, de modo que, quando sua boca estava a um centímetro de distância dos lábios finos do magnata, a jovem se esquivou para o lado e pulou do carro. Anthony abriu os olhos escuros e viu a moça, que fez uma careta depois de sair do carro com sucesso, correndo em direção ao prédio. O homem sorriu. Se não pegasse leve, não havia como ela conseguir sair do carro.— Bom dia, senhorita Vallois! — Enquanto Anne esperava o elevador, Cindy se aproximou.