Uma pitada de esperteza passou pelos olhos de Anne. Ela calmamente disse: — Não. — — Usar as crianças para seduzir o meu noivo, você acha que eu vou aceitar? Você até teve coragem de dizer ao papai que gosta dele também? Você está tentando me deixar doente? — A voz cruel de Bianca podia ser ouvida vinda do outro lado da chamada. — Você pode ser presunçosa agora, mas não será por muito tempo! — — Não preciso usar as crianças, então está se preocupando à toa. — — O que você quer dizer é que, mesmo sem as crianças, Anthony ainda correria para você? — Bianca zombou. — Quem diabos você acha que é? — Anne poderia simplesmente desligar a ligação, mas não o fez. Ela ouviu pacientemente as palavras arrogantes de Bianca.— Eu sei o que você está pensando. Você quer me substituir para me tornar a senhora Marwood, que todos vão invejar. Enquanto eu ainda estiver aqui, você pode sonhar! Assim como sua mãe, você só pode ser amante nesta vida! — — Você está errada. Eu gosto puramente do
Tinha mais estilos do que uma loja infantil. Anne apenas casualmente navegou e notou que eram todas as marcas de luxo com as quais ela nunca sonharia. Aquela era a diferença entre deixar os filhos morarem com o pai deles e com a mãe, que não tinha recursos. Havia um mundo de diferença entre os dois. Enquanto pensava nisso, a moça se virou e notou Charlie fechando um armário e parando ali com uma expressão cautelosa. Nem é preciso dizer que Chloe certamente estava escondida no armário.— Deixa eu dar uma olhada. É aqui... — Anne não podia deixar Chloe se esconder por muito tempo, para não ser injusta. Assim, ela abriu as portas do armário.— Ah! Mamãe me encontrou! — O rosto de Chloe corava animadamente.Anne se ajoelhou na frente dela e a cutucou em suas bochechas gordinhas. — Te encontrei, porquinha! — — Mamãe, não, não me pegue! — Disse Chloe enquanto corria para fora.— Hahaha! Não! — Anne seguiu Chloe, fazendo cócegas sob seus bracinhos.— Papai! — — Não adianta, o papai
— Falaremos sobre isso mais tarde. Agora durma. — Anthony acariciou o rosto de Chloe, que era muito pequeno sob a palma da mão dele. Recusar-se a responder positivamente era a coisa certa a fazer. A relutância do magnata era razoável, pois ele também se sentia estranho. Se os cinco dormissem juntos, todas as noites, seria como se fossem realmente uma família amorosa. Entretanto, se fosse apenas uma ou duas vezes, seria possível fazer concessões pelo bem dos filhos.— Não, eu não quero dormir! Papai, você pode nos contar algumas histórias? — Chloe fez beicinho.Anne viu graça em como como Anthony se enrolava todo, enquanto tentava contar uma história. No fim, existiam limitações, até mesmo para as capacidades do magnata. Mas, vendo que ele tentava fazer um bom trabalho, a moça decidiu ajudá-lo. — Já está bom por hoje, crianças. Hora de apagar as luzes. — Anthony estendeu a mão para desligar a iluminação e o quarto ficou repentinamente escuro.— Ah! Papai, mamãe, não posso mais ve
Assim que ele entrou na cozinha, viu que o chocolate quente já estava pronto. Hayden sorriu e disse: — Está quase na hora das crianças acordarem, então deixei tudo pronto. —Charlie pegou o copinho e o ergueu, enquanto Anthony pegou os dois copos restantes e voltou para cima. Quando entrou no quarto, Chris também estava acordado e a mamadeira foi entregue a ele. Chloe, que havia encontrado a posição mais confortável nos braços de sua mãe, dormia profundamente.— Deixa eu! — Charlie, que havia terminado a bebida, pegou o copo e lutou para sair de cima do pai e voltar para a grande cama. Anthony estava curioso para saber o que o filho faria, então observou Charlie colocar suavemente o copo perto do narizinho de Chloe, que reagiu só de sentir o cheiro, ergueu o corpo sem nem abrir os olhos e se recostou na cabeceira, tomando o chocolate quente como se ainda estivesse dormindo. Depois disso, Charlie fez o mesmo com Chris, e quando os três terminaram, o garotinho virou-se para o papai.
Anne sentiu dor no braço devido ao aperto de Bianca. — Me solta... — A moça disse, tentando se desvencilhar.— Anne! — Bianca berrou, então caiu para trás, prestes a rolar escada abaixo. Por um segundo, a jovem olhou horrorizada para a irmã e tentou impedir que caísse, mas não conseguiu. De repente, Anthony surgiu do nada e correu em direção à moça que rolou até a base da escada antes de parar. O magnata a abraçou e berrou:— Bianca?! — A moça estava sangrando pela cabeça, sem fôlego. Com todas as suas forças, ela apontou o dedo para Anne. — Ela... me empurrou... — Depois de dizer isso, a pianista desmaiou.Anthony olhou para Anne, que estava lá em cima. Seus olhos negros de falcão eram penetrantes e frios. Anne se assustou, balançando a cabeça e recuando com o corpo fraco, enquanto murmurava: — Não... eu não fiz isso... — Anthony carregou Bianca, que havia perdido completamente a consciência, para o hospital, ignorando a explicação de Anne. A acusada se encostou no bala
— O senhor Marwood não está disponível no momento. — Disse o guarda-costas.— Bianca já acordou? — Anne perguntou.— Não sei. — O homem foi direto.Anne queria implorar ao guarda-costas que a deixasse entrar, mas o homem apenas seguiria as ordens de Anthony. Se o magnata não deixasse ninguém entrar, isso incluía ela. Se ela invadisse e perturbasse Bianca, que estava ferida, isso apenas intensificaria o castigo que receberia depois. Assim, a moça teve que se conter e ir ao consultório da doutora, para perguntar sobre o estado da irmã.— A situação é séria? — — A concussão é bastante grave, mas não se preocupe, não representa risco de vida. — Disse a médica.Anne não sabia se isso era o suficiente para ser considerado um conforto, mas de qualquer forma, ela teve bastante azar. Ela não conseguiria ver Anthony, então explicou impotente à doutora Brown. — Foi ela quem agarrou meu braço, e eu estava apenas tentando me libertar de seu aperto. Eu realmente não a empurrei. Ela caiu soz
Anne tremia de medo. Seu rosto ficou pálido e lágrimas teimosamente brotaram de seus olhos. Pavor, resignação e decepção eram o que ela sentia.— Eu dei espaço demais para seus planos, não foi? — Os olhos de Anthony estavam frios e seu tom era maquiavélico.— Não fiz plano nenhum! Só quero estar com meus filhos. O que há de errado nisso? Ontem à noite Bianca me ligou com todos os tipos de ameaças e hoje ela veio e deliberadamente ficou na escada para me guiar até ela. Foi uma armadilha! — Anne disse friamente.— Você achou que eu não notaria que você está com um telefone novo, hein? — Anthony se agachou e segurou o queixo delicado.O corpo de Anne não parava de tremer. ‘Anthony sabe sobre meu outro celular?’— Você sabe que o telefone está grampeado, certo? — Os olhos de Anthony eram implacáveis. — Ela realmente quis dizer essas palavras ou você a provocou e a fez dizer tudo aquilo? — Anne parecia aterrorizada. — Não, não foi isso! Você tem que acreditar em mim... — — É diss
Porém, isso não afetou seu bom humor no momento. — Depois de ouvir a gravação, dava para ver como o rosto dele estava frio! — Disse Bianca. — Sarah e sua filha estão sempre no nosso caminho! O maior desejo da minha vida é fazer Sarah desaparecer. — — Felizmente, você me ajudou. Caso contrário, Anthony não acreditaria necessariamente que Anne me empurrou da escada. — Disse Bianca. — Eu tive que fazer algo quando soube que ela impediu que vocês se casassem. Felizmente, Sarah não tem cérebro, então só precisei provocá-la. — Dorothy estava orgulhosa de si mesma. Bianca não lhe contou que a queda da escada foi um ato para frustrar os planos de Anne. Ela não podia confiar em ninguém para manter isso em segredo. Além disso, aquilo era um hospital e havia muitas pessoas ao seu redor que poderiam escutar algo. De qualquer forma, seu objetivo fora alcançado e, por mais que ela ainda não soubesse como Anthony lidaria com Anne, poderia torcer para que o homem desse um jeito em sua irmã