Anne tremia de medo. Seu rosto ficou pálido e lágrimas teimosamente brotaram de seus olhos. Pavor, resignação e decepção eram o que ela sentia.— Eu dei espaço demais para seus planos, não foi? — Os olhos de Anthony estavam frios e seu tom era maquiavélico.— Não fiz plano nenhum! Só quero estar com meus filhos. O que há de errado nisso? Ontem à noite Bianca me ligou com todos os tipos de ameaças e hoje ela veio e deliberadamente ficou na escada para me guiar até ela. Foi uma armadilha! — Anne disse friamente.— Você achou que eu não notaria que você está com um telefone novo, hein? — Anthony se agachou e segurou o queixo delicado.O corpo de Anne não parava de tremer. ‘Anthony sabe sobre meu outro celular?’— Você sabe que o telefone está grampeado, certo? — Os olhos de Anthony eram implacáveis. — Ela realmente quis dizer essas palavras ou você a provocou e a fez dizer tudo aquilo? — Anne parecia aterrorizada. — Não, não foi isso! Você tem que acreditar em mim... — — É diss
Porém, isso não afetou seu bom humor no momento. — Depois de ouvir a gravação, dava para ver como o rosto dele estava frio! — Disse Bianca. — Sarah e sua filha estão sempre no nosso caminho! O maior desejo da minha vida é fazer Sarah desaparecer. — — Felizmente, você me ajudou. Caso contrário, Anthony não acreditaria necessariamente que Anne me empurrou da escada. — Disse Bianca. — Eu tive que fazer algo quando soube que ela impediu que vocês se casassem. Felizmente, Sarah não tem cérebro, então só precisei provocá-la. — Dorothy estava orgulhosa de si mesma. Bianca não lhe contou que a queda da escada foi um ato para frustrar os planos de Anne. Ela não podia confiar em ninguém para manter isso em segredo. Além disso, aquilo era um hospital e havia muitas pessoas ao seu redor que poderiam escutar algo. De qualquer forma, seu objetivo fora alcançado e, por mais que ela ainda não soubesse como Anthony lidaria com Anne, poderia torcer para que o homem desse um jeito em sua irmã
— Sente-se. Vou pegar algo para você comer. — Sarah se virou e foi até a geladeira, então viu que havia todo tipo de comida lá. A mulher não sabia que Nigel havia comprado, então separou uma carne, alguns legumes e começou a cozinhar. A mãe de Anne se sentiu culpada, porque não esperava que Dorothy registrasse suas palavras, fazendo sua filha pagar o preço. Sua rival e Bianca deveriam estar orgulhosas de si mesmas. Quando a refeição ficou pronta, Anne sentou-se à mesa e comeu. Sarah sentou-se à sua frente e observou-a, então disse: — Sinto muito, Anne, não esperava ser pega por elas... — — Mesmo sem você, a queda de Bianca da escada teria arruinado tudo. Anthony ama demais aquela desgraçada... — Anne não tinha expressão no rosto. — Tanto a mãe quanto a filha são duas desgraçadas! — Sarah berrou. Anne baixou os olhos e disse: — Não se preocupe mais com isso. Não podemos lutar contra elas, afinal. — — Pense, Sarah, pense... — Sarah lembrou de Nigel. Depois de pensar um pou
Se funcionasse, o trabalho de Anne e Sarah seria desperdiçado e elas ficariam completamente destruídas. Assim, Dorothy foi embora do hospital mas, ao chegar em casa, viu Nigel, que estava saindo, por isso perguntou: — Você voltou? — Nigel entrou no carro e disse friamente: — Voltei para pegar alguns documentos. — Dorothy sentiu uma onda de raiva no coração e disse imediatamente: — Bianca está hospitalizada. Você não sabe disso, não é? — Nigel fez uma pausa quando abriu a porta e olhou para ela.— Olha como você é ignorante. Você nem sabe o que aconteceu com sua filha. — Dorothy tentou deixá-lo com remorso. — O que aconteceu com ela? Isso é sério? — Nigel viu Bianca em casa no dia anterior e ela parecia bem naquele momento. — Ela encontrou Anne quando foi para a Mansão Real, e as duas conversaram, mas Bianca foi empurrada escada abaixo e teve uma concussão. Sua filha a empurrou! Ela estava tentando matar Bianca? — Dorothy pareceu indignada. — Impossível! Anne não fa
— O que há de errado? Você não quer ir? — Nigel ficou atordoado. — Pai, me deixe em paz. É inútil. — — Não diga isso! Pelo menos você poderá ver as crianças! — — Não estou com pressa. Se eu realmente quiser vê-los um dia, te ligo. — Anne balançou a cabeça. Nigel não entendeu o comportamento da jovem, então suspirou profundamente. As suas duas filhas prejudicavam uma com a outra por causa de um homem, e ele, como pai, não encontrava solução, por isso se sentia totalmente impotente. — Pai, volte para casa. Estou bem. — — Você vai aceitar isso, assim? — — Eu mereço. Dei à luz os filhos, então devo enfrentar as consequências... — Anne estava deprimida. — Isso é algo que vocês dois deveriam trabalhar para resolver. Vocês não deveriam se culpar. No final, o maior problema é Anthony. Ele deveria apenas escolher uma de vocês como esposa! — Anne pensou que seu pai estava sendo otimista, porque Anthony não a queria. A única emoção que ele sentia por ela era o ódio. — Pai
— Não preciso do seu perdão, porque não fiz nada. — Anne não poderia fazer o que Bianca lhe pedia. — Ah, é mesmo? — Bianca perguntou. Ela não ouviu a resposta de Anne e continuou: — Anthony e eu vamos nos casar em dois dias. Tem certeza de que não vai fazer o que eu pedi? — Anne se sentiu ameaçada. Anthony realmente iria formalizar a documentação com Bianca? — Seja submissa comigo e talvez eu trate melhor você e seus filhos. — — Você é um monstro, Bianca. Nós somos irmãs! Por que você é tão cruel? Se você tratar bem meus filhos, eles também tratarão você bem! — Disse Anne. — O que você quer dizer? Quer dizer que não poderei ter meus próprios filhos para cuidar de mim? — Bianca interpretou como quis. — Não foi isso que eu quis dizer! Seja se casando ou tendo um filho, eu vou te desejar tudo de melhor! No futuro, você cuidará da sua vida e eu da minha. Não pode ser assim? É tão simples! — — Você acha que eu acredito na sua conversa, Anne? — Bianca disse, levando Anne ao
— Nem sempre queremos nos divertir. Faz muito tempo que não vemos mamãe! — Charlie disse. — Vá dormir. — A expressão de Anthony era fria. — Por que você está sendo malvado com a gente? — Charlie não conseguia acreditar, seus grandes olhos teimosos encararam Anthony, e então ele puxou Chris e Chloe. — Vamos! Vamos encontrar a mamãe ou o papai! — Os olhos severos de Anthony ficaram frios e todo o seu corpo ficou envolto em uma escuridão terrível. Assim que as três crianças saíram em direção ao saguão, foram paradas por Hayden e pelos outros empregados, que as levaram de volta para o quarto. Charlie ficou de pé na cama, com as duas mãos na cintura, e gritou ferozmente: — Por que você não nos deixa sair de casa?! Estão mentindo sobre mamãe indo em uma viagem de negócios! — — Mentiroso! — Chloe concordou. — Sua mãe está realmente em viagem de negócios. Seu papai ama vocês, não se preocupem. Depois de alguns dias, mamãe virá. — 'Como eles são fofos e espertos!', Hayden pensou
Houve uma batida na porta e Anne, que estava deitada na cama, moveu-se lentamente, perguntando-se se era uma alucinação. Ela não virou a cabeça até que a porta da sala se abriu. A moça olhou fixamente para Tommy, que apareceu em seu quarto carregando um molho de chaves na mão. Aquelas eram as chaves reserva, que ficavam escondidas fora do apartamento. Mas, sem dar atenção, a jovem voltou a se deitar na cama, sentindo-se deprimida. — Anne, você não pode simplesmente faltar ao trabalho quando não está com vontade de ir. — Tommy se encostou no batente da porta e disse friamente. Anne disse fracamente: — Eu me demito, então. Ligarei para o senhor Clayton mais tarde. — Depois de dizer isso, ela ficou em silêncio, até que ouviu Tommy dizer: — Senhor Clayton, Anne quer se demitir. — Anne se virou e olhou para Tommy, que estava ao telefone. — O que você quer dizer com ela precisa te contar pessoalmente? Não tenho autoridade para te contar em nome dela? — Anne acenou para Tomm