Anne se afastou de seu abraço com os olhos vermelhos e balançou a cabeça. Suas lágrimas caíram mais uma vez e ela as enxugou, forçando-se a se acalmar. — Está tudo bem. Posso encontrar um caminho sozinha... — Ela sabia que seu pai havia concordado em renunciar à felicidade e permanecer casado com Dorothy para que Sarah voltasse para Luton. Se Nigel fosse negociar com Anthony, ninguém sabia com o que o homem teria que se comprometer novamente para agradar o magnata dominador.— O que você pode fazer? Deixe-me... — — Não! — Anne gritou. — Eu fiz isso, então vou lidar com isso. Nenhum de vocês pode ajudar! — Concluindo, a moça se virou para sair.— Anne! — Nigel queria ir atrás dela, mas parou quando viu Sarah saindo do hotel com o cabelo desgrenhado e sangue por todo o rosto. — O que aconteceu?! — — Sua esposa fez isso! — Ela desabou em seus braços. — Cadê Anne? — O coração de Nigel estava dividido entre a preocupação com sua filha e com a mulher agredida por sua esposa, mas
Anne voltou ao prédio e subiu direto para o sexto andar. O apartamento estava vazio e, embora os brinquedos ainda estivessem espalhados pelo chão, ninguém mais ocupava o lugar. A mulher soluçou enquanto arrumava os brinquedos, as palavras de Bianca cortando seu coração enquanto ela relembrava. Como pai dos trigêmeos, até que ponto Anthony estava disposto a tolerar Bianca? Quão profundo era seu amor pela mulher? O que Anne poderia fazer para pedir misericórdia a Anthony, mesmo que fosse só um pouco?— Você ainda está alugando este lugar? — Ao ouvir uma voz atrás dela, ela enxugou as lágrimas e se virou para encontrar o dono do apartamento parado atrás dela.— Liguei para você várias vezes, mas você não atendeu. Você também não estava no seu apartamento. Você ainda vai continuar com este lugar? — Anne lembrou que seu telefone havia caído no oceano junto com o avião e explicou se desculpando: — Lamento não ter explicado isso a você a tempo... Não vou mais alugar este lugar. Já pas
Anne percebeu imediatamente que estava no viva-voz e disse: — Pai, estou bem. Kathryn disse que sou capaz de voltar à vida normal. Só preciso evitar exercícios extremos. — Sarah suspirou: — Finalmente entendi por que você continuava se recusando a vir morar comigo. Então foi por causa dos filhos o tempo todo. Eles não estão mais lá. Por que você tem que ser tão teimosa? — — Mãe, vou me mudar assim que resolver tudo. — — Como? — Sarah perguntou.— Ainda não pensei em nada, ainda estou em choque... — Tanto Sarah quanto Nigel ficaram preocupados quando ouviram a exaustão na voz de Anne, que falava de forma arrastada e triste.— Anne, não fique nesse lugar. Vá para o apartamento que comprei para você — disse Nigel. — Eu já te disse no hospital que o apartamento está pronto, você pode se mudar quando quiser. — — Vou me mudar, mas não agora. No momento, vou ficar aqui. Ah, e nem pensem em contratar uma pessoa para cozinhar para mim. Posso cuidar de mim mesma, não se preocupem
Ela congelou, antes de perguntar: — Você viu as crianças? — Tommy simplesmente ergueu o copo. Desesperada para saber o que havia acontecido, ela pegou o copo e tomou um gole.— Como é perturbador para você beber o vinho que lhe é oferecido na casa de um estranho... — Ela fez uma careta. — Você vai falar ou não? — — Eu os vi. Eles estavam comendo com Anthony. Uma cena comovente, de verdade. — Tommy tomou um gole de vinho antes de pousar o copo. — Não se preocupe. Eles são filhos dele, ele vai tratá-los bem. Para ser honesto, eles estão melhores do que estavam quando viviam com você, que mal consegue sobreviver. — — Eu sei... — Anne não precisava que ele a lembrasse disso.— Vocês se encontraram ao meio-dia, não foi? — — Como você sabe? — — Qualquer um poderia descobrir — ele disse calmamente. — A julgar pela expressão em seu rosto, não foi uma boa conversa, certo? — Anne espetou a carne do prato com o garfo, lembrando-se de como o almoço tinha sido um desastre.— Vo
Ela logo percebeu que estava em um quarto e, a julgar pelo design interior, pertencia a Tommy. Embora relutasse em permanecer no quarto do homem, não tinha como sair. Assim, ela silenciosamente abriu uma pequena fresta na porta e viu Damian entrando na sala.— Por que você não atendeu minha ligação? — Questionou o recém-chegado.— Eu não vi na hora. — Damian decidiu ignorar a verdade daquela explicação, já que tinha algo mais importante para discutir. — Você sabia que o Grupo Arquiduque está falando sobre os filhos de Anthony? Como ele acabou tendo filhos? Quando? Bianca ficou grávida? Por que não sei nada sobre isso? — 'Então é por isso que ele está aqui', pensou Anne.— Eu acabei de descobrir. Ele tem trigêmeos, dois filhos e uma filha. São crianças pequenas. Bianca não é a mãe deles, e sim Anne Vallois. — Tommy sentou-se no sofá.— O quê?! Anne Vallois? — Chocado, Damian disse: — Quando ela dormiu com Anthony? Ela morou no exterior por uns anos, certo? Anthony a estava esc
— Tudo bem, não vou discutir com você. Vou embora. — Damian caminhou até a porta e saiu.Anne saiu da sala quando ouviu a porta principal fechando.— Você ouviu meu pai? Ele disse que você é um monstro. — Brincou Tommy.— Sim, então mantenha distância de mim. Não me dê nenhuma chance de te seduzir também. — Ela disse impacientemente.— Quão distante eu deveria ficar? — Tommy se aproximou dela.Anne o observou cautelosamente e recuou com a proximidade até que suas costas estivessem contra a parede. Ela ficou tensa e estendeu os braços para detê-lo, mas o homem segurou seus pulsos e se inclinou para a frente, o que fez Anne se assustar e começar a gritar: — Tommy, não se atreva! — Ele parou com o rosto a poucos centímetros do dela e perguntou: — Que tal essa distância? — Ele poderia simplesmente beijá-la se chegasse mais perto, mas a moça inclinou o rosto para o lado com uma carranca. — Eu vou para casa. Me solte! — Ela escapou dele e afastou os braços em frustração. — Qua
Depois de sair do carro, Anne quase tropeçou em outras pessoas ao correr em direção ao restaurante. Ela ignorou a pessoa com quem esbarrou e a dor em seu corpo enquanto seus olhos corriam ao redor.— Senhora, estamos fechados. — Disse o gerente do restaurante com quem ela deu de cara.— Onde ele está? Isso não é possível! Ele disse que seria aqui! — Ela murmurou em descrença. — Onde ficam as salas privadas? Há clientes nas salas privadas? Você conhece Anthony Marwood? Ele definitivamente está aqui! — — Com três filhos? — O gerente perguntou.Ela congelou, antes de assentir freneticamente. — Sim. Três filhos! Onde eles estão? — — O senhor Marwood reservou todo o lugar e os trouxe aqui para fazer um churrasco, mas depois de comer foram embora — disse o gerente com um sorriso. — É uma surpresa que o senhor Marwood seja visto comendo churrasco. Talvez ele esteja aqui porque seus filhos gostam, o que é uma prova de como nossa grelha é boa! — Anne não se importou com a qualidade d
Anthony estava pedindo que ela trocasse seu orgulho pelo direito de ver seus filhos? 'Tudo bem!', ela pensou, 'Farei qualquer coisa para ver meus filhos'. Assim, ela estendeu uma mão trêmula para ele, mas o homem a agarrou, forçando-a a olhar para cima e encarar fixamente seus olhos escuros e taciturnos.— Seus lábios estão se contorcendo? — Ele cantarolou com voz rouca. — O que há de errado? — — Sinto muito. Eu entendi mal... — Ela corou.Anthony não pretendia ter nenhuma intimidade com ela, mas seu sangue ferveu ao ver suas bochechas coradas. No entanto, ele não queria deixar Anne escapar facilmente. Assim, o magnata soltou o braço dela e disse: — Lá em cima. —Anne percebeu o que ele queria dizer e sorriu para ele. — Obrigada! — Ela se levantou e saiu correndo da sala de estudo.Anthony olhou para a porta aberta com uma expressão sombria.No andar de cima, quando a porta do quarto se abriu, Anne encontrou os trigêmeos recém-saídos do banho e brincando na cama com as babás