— Ela só não quer falar porque não está se sentindo bem. Ela deu à luz três filhos, afinal. Não é qualquer mãe que seria capaz de suportar isso. — Disse Dorothy sarcasticamente.Nigel olhou para ela com ar de advertência.— Eu disse algo errado? — Dorothy recusou-se a parar.Relutante em tolerar Bianca e Dorothy, Sarah retrucou enquanto imitava o tom de Dorothy: — Sim, algo que minha Anne teve que suportar. Afinal, Bianca não conseguiu até hoje nem dar à luz um. — — O que você acabou de dizer?! — A expressão de Dorothy mudou.— Menina, o que foi que eu disse? Já esqueci! — Sarah se virou para encarar Bianca. — Você ouviu bem o que eu acabei de dizer? — Bianca cerrou os punhos sob a mesa, mas se recusou a admitir a derrota. — Não é que eu não possa, mas não quero no momento. Anthony cuida de mim e respeita meus desejos. É a coisa responsável a fazer comigo mesma e com meus futuros filhos, não apenas dar à luz sem pensar. — — Se alguém negligenciar a qualidade de vida em pr
O clima pesou na sala.— Ninguém pediu para ela fazer isso, certo? — Dorothy retrucou. — Ela deu à luz os filhos pelas costas de Anthony. Se ela não tivesse sido tão egoísta e tola, não estaríamos com tantos problemas agora. Já é ruim o suficiente que tenha decidido manter a gravidez, ela até escondeu os três quando o pai estava bem diante de seus olhos. Anne apenas agiu como se nada tivesse acontecido. Estou impressionada! — — Ela engravidou sozinha? — Sarah argumentou. — Isso é culpa dela? — Sarah pretendia lembrar a todos que Anthony tinha um papel a desempenhar na gravidez de Anne também.— Quem sabe o que realmente aconteceu? Pode ser até que sua filha tenha planejado dormir com ele para engravidar! — Disse Dorothy. — Ela não engravidaria se tivesse algum respeito próprio. — A reunião deixou de ser uma tentativa de resolver o problema, mas se transformou em uma organização em que todos culpavam Anne.— Parem com isso, todos vocês! — Anne gritou com o rosto pálido, sentind
Bianca percebeu o que Anne tinha ido fazer e correu atrás dela.— Ela está indo atrás de Anthony?! — Assustada, Sarah perguntou. — Meu Deus! E se Anthony agredir minha filha?! — — Eu vou atrás dela! — Nigel saiu do seu lugar.Sarah pegou a bolsa para sair também, mas Dorothy a impediu. — Qual é a pressa? Nigel foi atrás dela. — — Me dá nojo ficar na mesma sala que você! — Sarah tentou sair novamente.— Mas eu sei muitas coisas que você não sabe. Você não está curiosa? — Dorothy perguntou.— Que conversa fiada posso esperar de você agora? — Sarah parou e se virou para encará-la. Dorothy não se sentiu desafiada, pois se viu prestes a colocar Sarah no lugar.— O que exatamente você está tentando dizer? Você não vai conseguir me provocar com as crianças. Eles também nunca vão te chamar de avó! Além disso, todo mundo já sabe que sua filha não consegue ter filhos, por isso ela está desesperada! — Sarah zombou, não se continha quando se tratava de Dorothy e Bianca.Enfurecida, D
Anne ofegou pesadamente enquanto lágrimas escorriam por seu rosto.'Por que você tem que ser tão cruel? Eu sou a mãe dos filhos! Por que você está fazendo isto comigo?' Ela pensou, em desespero. A moça tentou de tudo para escapar daquilo, mas tudo ainda terminou da pior maneira possível. 'Ele é mesmo humano? Ele não pode me mostrar um pouco de misericórdia, considerando o quanto tentei agradá-lo?'A ideia de que seus filhos pudessem ser criados por Bianca e acabassem por esquecê-la cortou o coração de Anne como uma lâmina afiada. 'Sem chance! De jeito nenhum! Eu não posso desistir! Eu nunca vou desistir. Não importa o preço, vou ter meus filhos de volta!', ela pensou. A moça suprimiu o desespero que sentia e se virou, antes de parar ao ver uma mulher caminhando em sua direção. Bianca andava em sua direção com a bolsa na mão e salto alto, da forma mais elegante e arrogante possível. — Que patética. Você deve estar muito frustrada, não é? — — Você não cansa, Bianca? — Anne se via p
Anne se afastou de seu abraço com os olhos vermelhos e balançou a cabeça. Suas lágrimas caíram mais uma vez e ela as enxugou, forçando-se a se acalmar. — Está tudo bem. Posso encontrar um caminho sozinha... — Ela sabia que seu pai havia concordado em renunciar à felicidade e permanecer casado com Dorothy para que Sarah voltasse para Luton. Se Nigel fosse negociar com Anthony, ninguém sabia com o que o homem teria que se comprometer novamente para agradar o magnata dominador.— O que você pode fazer? Deixe-me... — — Não! — Anne gritou. — Eu fiz isso, então vou lidar com isso. Nenhum de vocês pode ajudar! — Concluindo, a moça se virou para sair.— Anne! — Nigel queria ir atrás dela, mas parou quando viu Sarah saindo do hotel com o cabelo desgrenhado e sangue por todo o rosto. — O que aconteceu?! — — Sua esposa fez isso! — Ela desabou em seus braços. — Cadê Anne? — O coração de Nigel estava dividido entre a preocupação com sua filha e com a mulher agredida por sua esposa, mas
Anne voltou ao prédio e subiu direto para o sexto andar. O apartamento estava vazio e, embora os brinquedos ainda estivessem espalhados pelo chão, ninguém mais ocupava o lugar. A mulher soluçou enquanto arrumava os brinquedos, as palavras de Bianca cortando seu coração enquanto ela relembrava. Como pai dos trigêmeos, até que ponto Anthony estava disposto a tolerar Bianca? Quão profundo era seu amor pela mulher? O que Anne poderia fazer para pedir misericórdia a Anthony, mesmo que fosse só um pouco?— Você ainda está alugando este lugar? — Ao ouvir uma voz atrás dela, ela enxugou as lágrimas e se virou para encontrar o dono do apartamento parado atrás dela.— Liguei para você várias vezes, mas você não atendeu. Você também não estava no seu apartamento. Você ainda vai continuar com este lugar? — Anne lembrou que seu telefone havia caído no oceano junto com o avião e explicou se desculpando: — Lamento não ter explicado isso a você a tempo... Não vou mais alugar este lugar. Já pas
Anne percebeu imediatamente que estava no viva-voz e disse: — Pai, estou bem. Kathryn disse que sou capaz de voltar à vida normal. Só preciso evitar exercícios extremos. — Sarah suspirou: — Finalmente entendi por que você continuava se recusando a vir morar comigo. Então foi por causa dos filhos o tempo todo. Eles não estão mais lá. Por que você tem que ser tão teimosa? — — Mãe, vou me mudar assim que resolver tudo. — — Como? — Sarah perguntou.— Ainda não pensei em nada, ainda estou em choque... — Tanto Sarah quanto Nigel ficaram preocupados quando ouviram a exaustão na voz de Anne, que falava de forma arrastada e triste.— Anne, não fique nesse lugar. Vá para o apartamento que comprei para você — disse Nigel. — Eu já te disse no hospital que o apartamento está pronto, você pode se mudar quando quiser. — — Vou me mudar, mas não agora. No momento, vou ficar aqui. Ah, e nem pensem em contratar uma pessoa para cozinhar para mim. Posso cuidar de mim mesma, não se preocupem
Ela congelou, antes de perguntar: — Você viu as crianças? — Tommy simplesmente ergueu o copo. Desesperada para saber o que havia acontecido, ela pegou o copo e tomou um gole.— Como é perturbador para você beber o vinho que lhe é oferecido na casa de um estranho... — Ela fez uma careta. — Você vai falar ou não? — — Eu os vi. Eles estavam comendo com Anthony. Uma cena comovente, de verdade. — Tommy tomou um gole de vinho antes de pousar o copo. — Não se preocupe. Eles são filhos dele, ele vai tratá-los bem. Para ser honesto, eles estão melhores do que estavam quando viviam com você, que mal consegue sobreviver. — — Eu sei... — Anne não precisava que ele a lembrasse disso.— Vocês se encontraram ao meio-dia, não foi? — — Como você sabe? — — Qualquer um poderia descobrir — ele disse calmamente. — A julgar pela expressão em seu rosto, não foi uma boa conversa, certo? — Anne espetou a carne do prato com o garfo, lembrando-se de como o almoço tinha sido um desastre.— Vo