Seus irmãos não se pareciam muito com Anne, em compensação, mas sim com o pai. Nessa hora, a funcionária sorriu ao ver como até suas vozes eram adoráveis. — Não posso mesmo apertar suas bochechas? Aperto devagarzinho! — Ela estava morrendo de vontade de beliscar as bochechas, pois já sabia que seriam macias ao toque, e eram redondinhas e rosadas.Nesse momento, a porta do escritório se abriu e Anthony voltou de sua reunião. As funcionárias imediatamente abaixaram a cabeça e saíram, sem ousar exagerar nas boas-vindas.— Quem deu todos esses lanches? — Anthony olhou para as frutas e biscoitos sobre a mesa, preocupado com a possibilidade de os trigêmeos não conseguirem almoçar. Chloe pisou na cadeira e estendeu a mão para ele. — Pai, coma isso. — — Eu não como doces... — Ele abriu a boca e aceitou o biscoito.Charlie se aproximou e olhou para Anthony. — Pai, não vamos para a escola? — — Não. — O olhar de Anthony ficou tenso.— Por que não? Todo mundo vai para a escola! — Cha
Anthony observou-os em silêncio, percebendo que eles não precisavam de sua ajuda, o que significava que não deveria ter sido muito difícil para Anne cuidar dos três. Se a mulher não tivesse escondido as crianças dele tão bem, o homem as teria descoberto há muito tempo. Se os trigêmeos não o encontrassem, o magnata ainda estaria no escuro, e o próprio pensamento encheu a mente de Anthony com o desejo de estrangular a mãe das crianças até a morte.***Sem ânimo para trabalhar, Bianca foi à Mansão Real à tarde. Os trigêmeos tinham acabado de acordar de seu cochilo, e Bianca os viu ao lado do piano assim que entrou na sala. Charlie se sentou na cadeira enquanto Chris e Chloe brincavam alegremente com as teclas. A expressão da recém-chegada ficou tensa.Anthony comprara o piano do exterior por causa dela, e o instrumento custara uma grande soma de dinheiro. De alguma forma, parecia um insulto ao esforço do magnata em deixar as crianças brincarem com ele.— Não brinquem com isso! — Ela s
— Você não pode estar fazendo isso por bondade, Bianca. Eu te conheço. — Anne não conseguia imaginar que os trigêmeos chamassem outra pessoa de mãe, muito menos quando se tratava de uma mulher perversa como Bianca.— Anne, você só pensa mal das pessoas porque você é uma pessoa horrível. Não importa o que aconteça, sou tia de sangue. Não vou machucá-los, então você deve descansar no hospital. Eu cuido das crianças! — disse Bianca.— Bianca, você... — Antes que Anne pudesse terminar, Bianca desligou, e Anne imediatamente tentou ligar de volta.Bianca olhou para o telefone e rejeitou o telefonema com um sorriso presunçoso. A partir daquele momento, ela seria a madrasta perfeita, para que Anne não ganhasse nada no final. Assim, não poderia haver nenhum problema entre ela e Anthony antes de se casarem oficialmente. Ninguém poderia ser a esposa de Anthony, exceto ela.Frustrada, Anne jogou o telefone de lado, incapaz de manter a calma. 'O que devo fazer? Meus filhos vão pertencer a Antho
No entanto, quando Sarah descobriu que a mansão pertencia a Anthony, toda a inveja que ela sentia do dono da Mansão Real desapareceu, dando lugar ao desprezo. Sarah ainda tinha seu próprio orgulho, afinal. Ainda assim, mesmo quando ela estava de pé diante da mansão, não pôde deixar de olhar ao redor. Logo que entraram no saguão, avistaram dois meninos e uma menina perto do sofá, o que puxou toda a atenção deles, a ponto de acabarem ignorando a presença de Bianca.Os meninos se pareciam exatamente com Anthony, enquanto a menina era uma réplica exata de Anne. Os olhos de Sarah ficaram vermelhos, quase chorando, enquanto os trigêmeos estavam olhando para a entrada do saguão. Os grandes olhos das crianças pareciam cheios de curiosidade, como se estivessem se perguntando, entre eles, telepaticamente, quem acabara de entrar.Nigel não conseguia desviar os olhos dos três também. Ouvir sobre os trigêmeos era completamente diferente de vê-los cara a cara. Não era preciso ser muito perspicaz p
Bianca saiu do banheiro e, quando voltou, percebeu que as crianças haviam sumido. Ao se virar para olhar ao redor, encontrou as crianças cercando o piano. Ela pensou que queriam tocar, mas logo percebeu que Chloe estava desenhando na madeira. A mulher a arregalou os olhos de raiva e correu para puxar a criança para longe. — O que você está fazendo?! — Chloe tropeçou e caiu no chão, antes de começar a chorar. Chris e Charlie correram para ajudar a irmã a se levantar. Quando viu como sua irmã estava chateada, Charlie pegou sua espada de plástico e cutucou a coxa de Bianca.— Ai! — Bianca deu um passo para trás. — Não faça isso de novo! — — Eu não tenho medo de você! Você machucou minha irmãzinha! — — Quem a machucou? Ela caiu sozinha! — Hayden ouviu Chloe chorando e correu. — O que está acontecendo? Por que a jovem Chloe está chorando? Não chore, meu bem. Você caiu? — — Olhe o que ela fez. Como ela pôde desenhar no meu piano? Como sua mãe te ensinou a se comportar assim? —
As crianças não eram como Anne, e Anthony se recusou a deixá-la acreditar que ela poderia fazer o que quisesse simplesmente porque era a mãe de seus filhos. Naquele momento, quebrando a sensação de controle do homem, a pequena Chloe jogou a colher para o lado do prato e soltou:— Não quero mais comer! — — Não gostou da comida? — Anthony perguntou.— Eu não estou com vontade! — Ela fez beicinho e inchou o rosto.Embora Chloe se parecesse exatamente com a mãe fisicamente, ela era muito mais determinada, mas Anthony não ficou frustrado com a garota. Quando ele estava prestes a dizer algo, Hayden entrou e disse: — Senhor Marwood, o senhor Tommy está aqui. — Tommy entrou no momento perfeito e olhou para as pessoas dentro da sala de jantar com uma expressão gentil. — Eu estava mesmo pensando no que deveria comer no jantar, então cheguei na hora certa! Pegue um prato para mim também, por favor, Hayden. — Hayden olhou para Anthony e não se atreveu a se mexer quando percebeu que An
Assim, Hayden pensava em algo para aliviar a tensão, mas Anthony disse:— O que devo fazer para te fazer feliz? — Anthony perguntou pacientemente.Chloe olhou para cima. — A vovó disse que a mamãe vem nos visitar amanhã. Papai, a mamãe vem? A mamãe está nos abandonando? — Ela soluçou.Anthony largou a colher e ficou tenso de frustração quando notou que seus outros dois filhos também o encaravam e queriam saber a mesma coisa. Nesse momento, seu telefone tocou, e o magnata o tirou do bolso. — Eu preciso atender esta ligação. — Ele colocou Chloe em seu assento e saiu para a sala de estar. — O que é, senhor Faye? — — Vamos todos comer juntos, amanhã. Você está livre? — Nigel perguntou.Anthony permaneceu quieto, sabendo por que Nigel marcava um encontro.— Precisamos chegar a um consenso sobre as crianças. Você não pode decidir tudo sozinho. — Nigel foi direto ao ponto, já que todos já sabiam sobre os trigêmeos.— Eu imaginei. Que horas isso? — Quando ele voltou para a sa
— Ela só não quer falar porque não está se sentindo bem. Ela deu à luz três filhos, afinal. Não é qualquer mãe que seria capaz de suportar isso. — Disse Dorothy sarcasticamente.Nigel olhou para ela com ar de advertência.— Eu disse algo errado? — Dorothy recusou-se a parar.Relutante em tolerar Bianca e Dorothy, Sarah retrucou enquanto imitava o tom de Dorothy: — Sim, algo que minha Anne teve que suportar. Afinal, Bianca não conseguiu até hoje nem dar à luz um. — — O que você acabou de dizer?! — A expressão de Dorothy mudou.— Menina, o que foi que eu disse? Já esqueci! — Sarah se virou para encarar Bianca. — Você ouviu bem o que eu acabei de dizer? — Bianca cerrou os punhos sob a mesa, mas se recusou a admitir a derrota. — Não é que eu não possa, mas não quero no momento. Anthony cuida de mim e respeita meus desejos. É a coisa responsável a fazer comigo mesma e com meus futuros filhos, não apenas dar à luz sem pensar. — — Se alguém negligenciar a qualidade de vida em pr