Anne fuçou pelo seu telefone, deslizando para o número de Anthony de vez em quando. Ela deveria ligar para ele? A localização de Anthony mostrava que ele estava no Grupo Arquiduque, então Bianca não deveria estar lá. No entanto, o que ela deveria dizer ao telefone? Implorar-lhe por misericórdia? Por que Anthony aceitaria um pedido de misericórdia? Afinal, ele estava fazendo aquilo por ordens para Bianca! Se, por milagre, o homem mudasse de ideia, como ele explicaria para a irmã dela?Anne deixou seus pensamentos correrem soltos e adormeceu. Na manhã seguinte, em vez de Dorothy e Bianca virem e os perturbarem, foram os guarda-costas de Anthony que bateram à porta. Sarah e Anne atenderam, então viram os homens, ficaram apavoradas e se esconderam no canto da sala. Os guarda-costas cercaram as duas, confrontando Anne, e parecia que ninguém ali estava disposto a recuar.— Por favor, saiam, ou eu vou chamar a polícia! — Anne disse friamente.— O senhor Marwood ordenou que madame Vallois d
Eles tinham que impedir Sarah de deixar Luton.— Não se preocupe, vou procurar Anthony agora mesmo. Já te ligo para te dizer no que deu. — Nigel desligou depois de dizer isso.Anne ficou do lado de fora, sentindo-se ansiosa e impotente. Anthony foi muito mais sádico do que ela esperava, não demonstrou nenhuma simpatia. Como o homem demoníaco não estava atendendo as ligações de Anne, ela resolveu tentar apelar com uma mensagem: “Por favor, tenha misericórdia de minha mãe e deixe-a ficar em Luton. Eu posso fazer qualquer coisa em troca disso, eu prometo.”No entanto, não houve resposta. Infelizmente, Anne só tinha seu corpo como moeda de troca para negociar com Anthony. Se aquilo não pudesse funcionar, o que mais ela poderia fazer?Depois de esperar por quase uma hora, Nigel ainda não tinha ligado para dar notícias, deixando a moça se perguntando o que estaria acontecendo. Esperou por mais algum tempo, até que, mais tarde, impaciente, ela notou que Anthony estava na empresa. Sem pe
— Você tem ideia do tamanho da merda que fez?! — Nigel se levantou, e sua expressão era de raiva.Bianca, sua filha amada, na verdade, fez com que ele traísse a esposa, forçou Anthony a expulsar Sarah de Luton e fez com que Anne ficasse com o coração partido. O patriarca estava incrédulo, não sabia nem o que dizer, já que sempre foi complacente com os erros da filha. A moça ficou atordoada e não queria aceitar o que acontecia. — Pai, você nunca ficou tão bravo comigo. Tudo isso é por causa de Sarah e Anne? — Nigel nunca tinha sequer levantado a voz para Bianca, sempre fora uma figura paterna gentil e amorosa. No entanto, o homem ficou furioso com a negligência da jovem, porque jamais esperaria que ela pudesse fazer uma coisa tão grave. — Para que você acha que eu fiz tudo aquilo? — Bianca berrou, quase chorando. — Pai, você acha que eu estava disposta a fazer uma coisa tão suja? Olha o que você me fez fazer! — O comportamento de Bianca de empurrar a responsabilidade para os ou
Anne entendeu que Nigel estava apenas protegendo Bianca, como era esperado da parte dele. No entanto, o que seria de Sarah? Sua mãe não merecia passar por aquilo. Mais uma vez ficava evidente sua posição como filha ilegítima, porque a prioridade do homem, no fim, era atender às demandas de Dorothy e Bianca.A moça deu uma olhada na informação do rastreador e viu a movimentação de Anthony. Desesperada, levantou-se e saiu correndo da cafeteria, correndo em direção ao Grupo Arquiduque. Assim que ela chegou à porta, viu, de longe, Anthony prestes a entrar no carro. Anne gritou e correu em sua direção, mas foi parada pelos guarda-costas do magnata, antes mesmo de chegar perto.A aura de Anthony era imponente, e ele encarou a mulher com indiferença estampada em seus olhos de obsidiana. Anne se acalmou e estabilizou sua respiração. — Posso falar com você por alguns minutos? Minha mãe... você não pode deixar que ela fique? — — Não. — Respondeu Anthony sem rodeios.Anne ficou atordoada,
Anne chegou em casa, tomou banho e trocou de roupa. Então, foi até a varanda e descobriu que Tommy havia saído.Mais tarde, foi para a escola dos filhos, o que raramente fazia. Para ser exato, quase nunca fazia, o que era terrível, já que os outros pais iam para a escola dos filhos sempre que possível, não importa o quão ocupado estivessem. Por isso, por mais arriscado que fosse, seria injusto com os três pequenos se não aparecesse de vez quando. Afinal, eles nunca tiveram um pai.Anne entrou pelo portão da escola e se dirigiu para a creche. De longe, viu muitas crianças brincando no parquinho, interagindo com os idosos que faziam aulas de educação física. De longe, era como se tivesse entrado em um paraíso de fofura. — Charlie, Chris, Chloe? — Anne chamou, enquanto se aproximava. Os trigêmeos, enquanto brincavam com seus outros amigos, ficaram chocados quando viram a mãe e correram, gritando: — Mamãe! —— Mamãe! —— Mamãe, você está aqui! —A jovem se agachou e eles se joga
— Não, eu nunca me casei, sou mãe solo — Anne baixou o olhar, pois sabia que, aos olhos dos mais velhos, seu comportamento era moralmente corrupto e uma má influência para os outros. Joanne ficou realmente chocada e não pôde deixar de se perguntar se Lucas estava louco, por gostar de uma mulher como aquela. Nenhuma família a aceitaria tradicional, em sã consciência, aceitaria a entrada de uma mãe solo com três crianças a reboque. A boa impressão inicial atingiu o fundo do poço.— Não consigo acreditar nisso! E sua tia... não... sua mãe, Sarah! Devo ser cega por me relacionar com vocês duas! — A mulher se arrependia por ter julgado mal o caráter delas e avisou: — Não se aproxime mais do meu filho. Entendeu? —— Não se preocupe. Eu nunca fui a namorada do senhor Newman. Na verdade, ele me usou como um escudo porque não queria mais participar dos encontros às cegas que você arranjava — explicou Anne. — Ainda acredito que sentimentos mútuos são importantes em um relacionamento para gar
— Você já tem 30 anos. Ainda acha que ficará com Anne? — Joanne perguntou desconfiada.Lucas ajustou sua postura e disse: — Esta é a última vez. —— O quê? —— Esta é a última vez que eu vou aceitar participar de um encontro às cegas. Se não der certo, você precisa parar de arranjar esse tipo de coisa para mim. Já chega. —— E se você disser que não gosta dela? De todos os encontros às cegas que te arranjei, a maioria das mulheres tiveram interesse por você. O problema sempre parte de você. —— Não é como se você não soubesse o motivo — respondeu Lucas. — Não estou fazendo de propósito. —Joanne ficou quieta e não parecia estar de bom humor.— Já que você pode gostar de Anne, tenho certeza de que pode gostar de outras mulheres também! — Nunca aceitaria uma “nora” masculina. No entanto, o pensamento de Anne não apenas ser incapaz de ter filhos, mas também de ser mãe a deixou ainda mais em pânico. — Eu tentei por tantos anos, mas Anne é a única. Mas, eu sei que você não gost
A senhora Newman voltou a si mesma e se levantou:— Não. Apenas... brinquem sozinhos! — Depois de falar, a mulher saiu apressada, como se tivesse medo de alguma coisa. Tinha medo de que as crianças a conquistassem se ficasse mais tempo. Sem chance. Por mais adoráveis que fossem, não eram seus próprios netos. Mesmo assim, não pôde deixar de imaginar se... se realmente fossem seus netos, ela faria qualquer coisa por eles.Quando Anne viu as crianças conversando com a mãe de Lucas, ficou tão chocada que não ousou se aproximar. Ou melhor, a jovem queria ver a reação de Joanne. Se a mulher gostasse dos três pequeninos, não os iria expor, certo?O celular de Anne tocou e, depois de procurar na bolsa, por alguns segundos, a jovem finalmente conseguiu pescar o aparelho, olhar na tela quem a procurava e atender a chamada: — Lucas? —— Oi, sou eu. Você ainda está na escola? — — Sim... eu vou ficar um tempo com as crianças, mas trago elas de volta mais tarde. — — Você está com muita