Anne ficou perplexa, sem saber o que responder ao convite tão inusitado e, sem conseguir disfarçar, transpareceu todas as preocupações em seu rosto inquieto. Mas, Lucas não deu chance para recusa e, sem esperar recusa, levantou-se da varanda e foi para a sala. Sozinha, olhando as luzes da cidade, Anne se encolheu na cadeira, com os olhos brilhando. Era a primeira vez que Lucas a convidava. Ela sabia que era insignificante, mas ainda estava muito envergonhada, mas passou a noite com os trigêmeos, o que os deixou muito felizes, afinal, fazia muito tempo que não dormiam com mamãe. Embora a cama fosse muito grande, eles ainda se aconchegavam perto de mamãe, dormindo todos aconchegados e amontoados. A jovem se sentiu satisfeita e a sensação desconfortável de passar a noite sozinha se dissipou. À mesa, na manhã seguinte, os dois adultos e as três crianças tomaram alegremente o café da manhã, como se fossem uma família feliz, mas, quando partiram, se separaram em duas direções. Pa
No entanto, o aparelho continuou chamando, insistentemente, e começou a perturbar os colegas. Então, com um suspiro, Anne se levantou e saiu de seu cubículo para aceitar a chamada. ― Estou no trabalho, você pode me ligar depois? ― ― Não. Prepare-se para sair do trabalho. Vou esperar por você lá fora. ― Era Tommy. ― O quê? ― ― Vou a um banquete e preciso de uma companhia. ― ― Eu acredito que você é muito capaz de encontrar uma mulher. Se você realmente não tem charme para encontrar nenhuma, posso te ajudar a encontrar alguém! ― ― Os homens não gostam que digam que estamos ficando sem charme. ― Tommy zombou. Anne não queria ir, mas ao mesmo tempo, sabia muito bem que, se não fosse, seria ameaçada. A situação era muito desagradável.A jovem tinha pensado que depois da briga com Tommy, quando o agrediu, seu relacionamento com ele iria piorar. Mas, inesperadamente, este homem fez como se nada tivesse acontecido. Anne saiu da empresa e parou na beira da estrada. O A
Tropeçando, Anne tomou a dianteira, mas, com um puxão, se livrou da mão de Tommy. Entretanto, já estava diante da poderosa aura de Anthony. Seu rosto ficou pálido e a respiração pesada.― Anthony, que bom vê-lo. Senhorita Faye, parabéns pelo bom desempenho. ― Tommy tinha um sorriso gentil no rosto enquanto falava. ― Obrigado. ― Bianca olhou para Anne. ― Ela é sua namorada? ― ― Sim. Ela não será mal-recebida, não é? ― Tommy perguntou, com um sorriso. ― Por que seria? Eu convidei você e é normal que você traga uma namorada. ― Disse Bianca, com generosidade. Anne quis negar, mas sua boca não conseguiu emitir nenhum som, sentindo que os olhos negros de Anthony olhavam para sua carne como falcões, perfurando-a sem nenhuma compaixão. Ela podia sentir o estresse e tensão da situação. Entretanto, Anthony riu:― Não, ela não é. Eu até queria que ela fosse, mas infelizmente ela não te pertence, certo Anne? ― Anne tremeu violentamente, pois aquelas palavras tinham outro signif
Então Bianca urrou de dor e, assustada, Anne levantou o pé e deu um passo para trás. Mas, ao mesmo tempo, uma sombra negra varreu seus olhos, e o vento frio a atingiu, gelando seus ossos. Anthony deu um passo à frente e, como se a mulher não pesasse nada, segurou Bianca em seus braços. Sua voz era profunda e tranquilizadora:― Você está bem? ― Bianca ergueu a mão trêmula. Seus dedos, normalmente finos e delicados, agora pareciam vermelhos e inchados. ― Eu caí com a senhorita Vallois agora há pouco. Acho que ela deve ter pisado neles acidentalmente. ― Bianca disse, compreensiva enquanto estremecia. Os olhos afiados de Anthony imediatamente dispararam na direção da jovem e, se fossem adagas, Anne teria sido esfaqueada inúmeras e provavelmente, teria morrido. Sem saber como reagir, deu mais um passo para trás. ― Você tem alguma ideia de quão importante é a mão dela? ― Não havia calor na voz de Anthony. Anne sentia o ar faltar em seus pulmões, tamanho era o medo que sentia,
Anne ficou tão chocada que se virou rapidamente, puxando a barra da saia para cima, na intenção de correr, enquanto olhava para Anthony que, diante dela, emanava uma aura tão fria e possessiva que chegava a ser sufocante.Sem nem ao menos olhar na direção de Sarah, que mantinha uma mão apertada ao peito, o demônio ordenou:― Saia já daqui! ― Sarah estava tão assustada que achava que seu coração iria parar de bater, a qualquer instante. Ela sempre teve medo de Anthony e sempre sentiu que sua arrogância era aterrorizante. Além disso, Sarah percebeu de relance que o colérico Anthony não estava ali para trazer boas notícias. No entanto, mesmo que ela realmente quisesse sair, não poderia simplesmente abandonar a filha e fugir, certo? ― Pode ir embora. Eu vou ficar bem. ― Disse Anne, com dificuldade. Embora estivesse tão assustada que todo o corpo estava mole, Anne ainda não queria que Sarah fosse envolvida naquela história. Mesmo que tudo aquilo tenha sido causado pelo casamento d
― Não encosta em mim! ― Anne sacudiu a mão carinhosa de Sarah e olhou com ódio. ― Se não fosse por você, eu seria o alvo de Anthony? De que adianta você se preocupar comigo, agora? Você tem alguma chance contra ele? Eu preferia... eu preferia que você nunca tivesse me procurado, pelo resto da sua vida e apenas me deixasse viver em um orfanato! ― Com lágrimas nos olhos, ela se levantou e foi para o quarto e bateu a porta, enquanto lágrimas rolavam incontrolavelmente por suas bochechas. Sarah se aproximou da porta e disse:― Você não precisa se esconder de mim. Eu entendo o que você quer dizer. Sobre o que aconteceu hoje... Foi tudo por causa de Bianca Faye, certo? Ele disse que você a agrediu, não foi isso? Eu não gosto dessa mulher. Ela é como uma versão feminina do próprio Anthony! ― Anne não queria mais ouvir nada do que Sarah dizia, por isso, se deitou na cama e cobriu os ouvidos, mas as lágrimas continuavam caindo, molhando o travesseiro. Depois que o medo causado por Ant
Mas, na cabeça de Anne, a decisão do demônio não fazia sentido algum. Por que fazer isso com ela? Já que ele se importava tanto com Bianca, ela não deveria sumir de vista o mais rápido possível? Mesmo que Tommy a ameace com os filhos, a tarefa mais urgente era lidar com Anthony primeiro. Só então ela poderia lidar com Tommy de todo o coração. Então, não tinha jeito. Parecia que ela teria que esperar mais meio ano. Entretanto, Anne sentia como se o tempo passasse muito devagar. Mesmo quase não tendo dormido e sendo alta madrugada, no dia seguinte, Anne ainda tinha que ir trabalhar. O período da manhã foi cumprido, lutando contra o sono e, à tarde, a secretária do departamento de finanças disse para Anne que alguém a esperava na sala de recepção do andar de baixo. Sem perguntar quem era, Anne foi para a sala de recepção. Mas, quando chegou, ficou muito surpresa e entendeu imediatamente que se tratava de uma provocação. Afinal, era Bianca.Anne não se intimidou, então se a
Depois de pensar por alguns segundos, Anne disse que precisava fazer horas extras na empresa e que tinha decidido dormir no trabalho, afinal, de maneira alguma queria que Sarah soubesse sobre as crianças. A jovem imaginava que, se sua mãe soubesse sobre a existência dos trigêmeos, com certeza arrastaria isso para seu conflito com a família Marwood. Não havia sombra de dúvidas sobre isso.Infelizmente, Anne não podia usar a desculpa de que dormia na empresa com muita frequência e, no dia seguinte, teve que deixar a casa de Lucas e voltar para o próprio apartamento. Mas, enquanto subia as escadas viu que havia duas pessoas paradas à porta de seu apartamento e parou abruptamente. Uma delas era Sarah e a outra o homem que dizia ser seu pai, mas a tinha vendido para o clube de entretenimento. ― Você precisa ir embora. Anne já deve estar chegando e não vai gostar nada de te encontrar aqui. Vá embora, logo. ― Sarah o empurrou. ― Por que ela ficaria infeliz? Eu sou o pai biológico del