Quando saiu do torpor, Anne não sabia quando Anthony havia saído e como as janelas do escritório estavam todas fechadas, ainda sentiu o cheiro do magnata pairando no ar. Cada vez que eles transavam, a jovem sentia como se tivesse sobrevivido ao inferno. Ela se perguntou se isso significava que Anthony pouparia a Apogeu depois daquilo e estava desesperada, ao mesmo tempo, porque tinha quebrado a promessa feita a si mesma de não se envolver mais fisicamente com Anthony. Ainda estava absorta em seus pensamentos, quando ouviu batidas na porta e, pensando que era Anthony, rapidamente pegou as almofadas no chão e se cobriu, escondendo sua nudez de forma precária. Quando Bianca entrou, viu as costas nuas de Anne, com marcas por toda a pele e sua expressão se converteu em uma máscara de contrariedade quando olhou para as roupas espalhadas pelo chão. Então, ergueu mais uma vez o olhar para Anne, com ressentimento. A última pessoa que Anne imaginou que entraria ali, era Bianca e, com
‘Mas, se fosse esse o caso, por que Anthony iria ter transado comigo, na Mansão Real?’ Ela pensou: ‘Acho que ele só está doente da cabeça, ou algo assim!’ Anne lutou para mover seus pés pesados em direção ao escritório do Grupo Marwood para trabalhar, sentindo-se feliz por ter tirado a roupa antes do tempo, ou suas roupas já estariam todas arruinadas. Ao longo do dia, prestou muita atenção às notícias e à tarde foi divulgada uma nova atualização sobre o incidente ocorrido na Escola Apogeu. Após uma investigação mais aprofundada, parecia que os pais da aluna que se suicidou haviam feito falsas acusações porque eles sentiam muita falta da filha. Os pais receberam uma advertência e a situação foi considerada resolvida, sem nenhuma grande consequência, como se tudo não passasse de uma brincadeira de mau gosto. O fardo no peito de Anne foi aliviado, mas, ao mesmo tempo, ela estava apavorada com o quão poderoso Anthony era em Luton. Anne também prestou atenção a qualquer notícia s
Tommy se esquivou da lata de lixo que foi jogada nele, endireitou o corpo, com dificuldade, e correu em direção ao elevador, apenas para ver a porta se fechar bem diante de seus olhos. Anne suspirou aliviada dentro do elevador, pensando:‘Essa foi por pouco. Ele quase alcançou. Esse cara é definitivamente um psicopata!'’ O rosto de Tommy se contorceu enquanto ele ofegava. Depois de um tempo, ele olhou para a câmera de vigilância acima dele, como se estivesse olhando para alguém do outro lado da câmera. Naquele mesmo instante, Anthony estava atrás de sua mesa de escritório e à sua esquerda o monitor de seu computador exibia o mosaico de vigilância do Grupo Marwood, mas uma das câmeras estava maximizada. Ele havia testemunhado o que havia acontecido ao lado do elevador. E agora via a expressão sombria de Tommy, que, finalmente virava o rosto e andava para o final do corredor.Anthony desviou o olhar da tela, com uma expressão misteriosa em seu rosto. Depois de sair do trabal
Anne queria ficar em seu apartamento mesmo quando Sarah conseguisse comprar uma casa maior. Mas, no fim das contas, cortar os laços com a Família Marwood, não tinha sido o pior, pois Anne sabia que não seria capaz de ficar de braços cruzados se algo acontecesse com Sarah. ― A propósito, como vão as coisas entre você e Lucas? ― Sarah perguntou: ― Eu achei que ele tinha realmente gostado de você... ― Anne sabia que Sarah tinha ouvido a mãe de Lucas falar sobre o relacionamento deles.― Nós não somos certos um para o outro, então não estamos mais em contato. ― ― Ah! Por que não? Ele é o diretor da Escola Apogeu, mas também herdeiro da família Newman. Ele é confiável e gentil, definitivamente o melhor candidato para marido. ― ― Ele está sempre muito ocupado e não gosto disso. ― Disse Anne, pensando que essa deveria ser uma desculpa convincente. ― Sua bobinha. ― Sarah disse, com desaprovação. ― Você não encontrará um homem focado na carreira que não esteja sempre ocupado. Qu
Anne ficou quieta porque sabia que não tinha outra escolha a não ser tentar escapar. ― Anthony nos odeia tanto assim? ― Sarah havia perdido o apetite e uma ideia surgiu quando olhou para Anne. ― Anne, da próxima vez que ele colocar as mãos em você, peça alguma coisa. Se você não pode tê-lo, pelo menos deveria receber algo de volta. ― Anne foi mais uma vez lembrada de como ela era diferente de Sarah. ― Eu sei que você é orgulhosa e não consegue fazer isso, mas se você não tiver dinheiro, você não vai chegar a lugar nenhum... ― Sarah queria continuar dando conselhos desse tipo, mas Anne se levantou e disse:― Com licença, preciso ir trabalhar. ― Sarah olhou para a porta se fechando diante dela com uma expressão sombria, pensando consigo mesma: ‘Que garota teimosa ela é!’ Anne entrou no metrô, sentindo-se esgotada física e mentalmente. ‘Como ela pode ter sugerido que eu pedisse algo em troca?’ Ela pensou. ‘Eu me consideraria sortuda se Anthony não me matasse na hora s
Charlie sorriu de orelha a orelha. ― Mamãe, venha nos ver ganhar do papai! ― Chris gritou. ― Mamãe, venha! ― O rosto de Chloe estava vermelho de excitação. Nenhum dos três se atrevia a tirar os olhos da tela, então Anne percebeu o quanto eles estavam lutando. Até mesmo, Lucas que se sentava no sofá com as pernas cruzadas, disse, sem olhar para Anne.― Já estamos parando. ― Anne riu.― Não! Continuem. Vou assistir. ― Ela então se sentou no sofá e assistiu à intensa competição de boxe na televisão, enquanto Charlie dava as frutas para seus irmãos e Lucas. A criança os alimentou um por um, antes de oferecer outro pedaço para sua mãe novamente. No final, Chris e Chloe venceram, e Lucas conseguiu fazer parecer que não perdeu intencionalmente. Quando a partida acabou, Anne tinha feito café para ele e ele se levantou.― Vamos para a sacada. Continuem, crianças. ― Havia cadeiras e uma mesa na varanda, então eles se sentaram e admiraram a vista noturna da cidade. ―
Chris ficou ao lado deles e disse: ― Estou curioso. ― ― Eu também. ― Chloe acrescentou. ― No Grupo Arquiduque. ― Respondeu Anne, pensando que não havia necessidade de se esconder onde o pai dos trigêmeos trabalhava, já que eles não sabiam que Anthony era seu pai. O que ela não sabia era que os trigêmeos tinham seu próprio plano. No dia seguinte, as crianças voltaram para o apartamento de Lucas no ônibus escolar e quando perceberam que a babá não estava na entrada, se entreolharam e instantaneamente correram para a outra direção, o mais rápido que puderam. Os bebês se misturaram à multidão e observaram os arredores, com curiosidade, sendo protegidos pelos adultos ao seu redor e pelas máscaras em seus rostos. Um táxi parou na estrada, não muito longe deles e, antes que o cliente que saia tivesse a chance de fechar a porta, os trigêmeos dispararam para dentro do carro. O rapaz ficou chocado, principalmente porque os trigêmeos não estavam acompanhados de nenhum adulto,
Vendo como as outras duas recepcionistas ainda bajulavam os trigêmeos, a única que permanecia em sua função baixou a voz e tentou alertá-las da aproximação do chefe.― Ei... Voltem aqui... ― As mulheres não a ouviram e não perceberam que algo estava errado até que Anthony estivesse perto o suficiente. Então, se viraram e se levantaram abruptamente, sorrindo e murmurando desculpas confusas. Com a recepcionista fora do caminho, Anthony avistou os trigêmeos. Embora as crianças não tivessem intenção de reconhecer Anthony como seu pai, ainda estavam um pouco excitados e tensos ao ver Anthony, como três pequenos pinguins ansiosos. O homem franziu as sobrancelhas e caminhou na direção dos bebês. Os trigêmeos olharam para o pai e o cumprimentaram em uníssono:― Olá! ― ― O que vocês estão fazendo aqui? ― Ele perguntou, sem expressão. ― Estamos perdidos! ― Charlie disse. ― Você pode nos levar para casa? ― Cris pediu. ― A gente não acha a mamãe. ― Chloe soluçou, enquanto o