Vendo como as outras duas recepcionistas ainda bajulavam os trigêmeos, a única que permanecia em sua função baixou a voz e tentou alertá-las da aproximação do chefe.― Ei... Voltem aqui... ― As mulheres não a ouviram e não perceberam que algo estava errado até que Anthony estivesse perto o suficiente. Então, se viraram e se levantaram abruptamente, sorrindo e murmurando desculpas confusas. Com a recepcionista fora do caminho, Anthony avistou os trigêmeos. Embora as crianças não tivessem intenção de reconhecer Anthony como seu pai, ainda estavam um pouco excitados e tensos ao ver Anthony, como três pequenos pinguins ansiosos. O homem franziu as sobrancelhas e caminhou na direção dos bebês. Os trigêmeos olharam para o pai e o cumprimentaram em uníssono:― Olá! ― ― O que vocês estão fazendo aqui? ― Ele perguntou, sem expressão. ― Estamos perdidos! ― Charlie disse. ― Você pode nos levar para casa? ― Cris pediu. ― A gente não acha a mamãe. ― Chloe soluçou, enquanto o
O Rolls Royce parou em frente ao portão de um edifício residencial. ― Chegamos! ― ― É aqui mesmo! ― ― Obrigado tio! ― Anthony virou-se para olhar o prédio à sua frente, notando que era o tipo de complexo onde apenas pessoas ricas conseguiriam entrar e, só então, disse.― Pelo que me lembro, vocês moram na parte pobre da cidade, não aqui. ― O homem se lembrava nitidamente que, quando encontrou os trigêmeos, tinha sido na frente do mesmo edifício em que Anne morava. Ou seja, em um prédio antigo e para pessoas de renda muito mais modesta. ― Aquele era o prédio da nossa babá! ― Charlie disse. ― Aqui é onde moramos! ― Chloe acrescentou. ― Podemos sair agora? ― Chris perguntou. A porta do carro abriu sozinha e o motorista do magnata desceu do veículo para ajudar as crianças a descerem do Rolls Royce. Anthony ficou observando, enquanto se recostava em seu assento, vagarosamente. Ele ficou surpreso por conseguir tolerar as crianças por tanto tempo, apesar de sua falt
Anne não conseguiu ficar com raiva e olhou para eles, com resignação. Mesmo assim, estava na hora de ter uma conversa séria com as crianças, portanto, a jovem suspirou, fechou a cara e disse, com a voz mais séria que conseguiu:― Agora chega. Fiquem quietos, formem fila. ― Charlie, Chris e Chloe ficaram lado a lado, em pé e sérios. ― E então? Por que vocês fugiram? ― Só porque não conseguia ficar com raiva, não significava que iria deixar que escapassem. ― A mamãe não disse para vocês não saírem sozinhos? Por que vocês não ouviram? ― Os trigêmeos lançaram a ela seus olhares de cachorrinho. ― Não banquem os fofos! ― Anne disse severamente. Eles continuaram a olhar para ela sem saber o que responder. ― Pronto, já chega! Fim da conversa. ― Lucas se aproximou e deu um tapinha na cabeça deles. ― Está tudo bem. Vão beber seu leite e para a cama logo em seguida. ― ― Espere, eles não me disseram por que foram para o Grupo Arquiduque... ― Anne seguiu logo atrás, mas Lucas
Anne ficou perplexa, sem saber o que responder ao convite tão inusitado e, sem conseguir disfarçar, transpareceu todas as preocupações em seu rosto inquieto. Mas, Lucas não deu chance para recusa e, sem esperar recusa, levantou-se da varanda e foi para a sala. Sozinha, olhando as luzes da cidade, Anne se encolheu na cadeira, com os olhos brilhando. Era a primeira vez que Lucas a convidava. Ela sabia que era insignificante, mas ainda estava muito envergonhada, mas passou a noite com os trigêmeos, o que os deixou muito felizes, afinal, fazia muito tempo que não dormiam com mamãe. Embora a cama fosse muito grande, eles ainda se aconchegavam perto de mamãe, dormindo todos aconchegados e amontoados. A jovem se sentiu satisfeita e a sensação desconfortável de passar a noite sozinha se dissipou. À mesa, na manhã seguinte, os dois adultos e as três crianças tomaram alegremente o café da manhã, como se fossem uma família feliz, mas, quando partiram, se separaram em duas direções. Pa
No entanto, o aparelho continuou chamando, insistentemente, e começou a perturbar os colegas. Então, com um suspiro, Anne se levantou e saiu de seu cubículo para aceitar a chamada. ― Estou no trabalho, você pode me ligar depois? ― ― Não. Prepare-se para sair do trabalho. Vou esperar por você lá fora. ― Era Tommy. ― O quê? ― ― Vou a um banquete e preciso de uma companhia. ― ― Eu acredito que você é muito capaz de encontrar uma mulher. Se você realmente não tem charme para encontrar nenhuma, posso te ajudar a encontrar alguém! ― ― Os homens não gostam que digam que estamos ficando sem charme. ― Tommy zombou. Anne não queria ir, mas ao mesmo tempo, sabia muito bem que, se não fosse, seria ameaçada. A situação era muito desagradável.A jovem tinha pensado que depois da briga com Tommy, quando o agrediu, seu relacionamento com ele iria piorar. Mas, inesperadamente, este homem fez como se nada tivesse acontecido. Anne saiu da empresa e parou na beira da estrada. O A
Tropeçando, Anne tomou a dianteira, mas, com um puxão, se livrou da mão de Tommy. Entretanto, já estava diante da poderosa aura de Anthony. Seu rosto ficou pálido e a respiração pesada.― Anthony, que bom vê-lo. Senhorita Faye, parabéns pelo bom desempenho. ― Tommy tinha um sorriso gentil no rosto enquanto falava. ― Obrigado. ― Bianca olhou para Anne. ― Ela é sua namorada? ― ― Sim. Ela não será mal-recebida, não é? ― Tommy perguntou, com um sorriso. ― Por que seria? Eu convidei você e é normal que você traga uma namorada. ― Disse Bianca, com generosidade. Anne quis negar, mas sua boca não conseguiu emitir nenhum som, sentindo que os olhos negros de Anthony olhavam para sua carne como falcões, perfurando-a sem nenhuma compaixão. Ela podia sentir o estresse e tensão da situação. Entretanto, Anthony riu:― Não, ela não é. Eu até queria que ela fosse, mas infelizmente ela não te pertence, certo Anne? ― Anne tremeu violentamente, pois aquelas palavras tinham outro signif
Então Bianca urrou de dor e, assustada, Anne levantou o pé e deu um passo para trás. Mas, ao mesmo tempo, uma sombra negra varreu seus olhos, e o vento frio a atingiu, gelando seus ossos. Anthony deu um passo à frente e, como se a mulher não pesasse nada, segurou Bianca em seus braços. Sua voz era profunda e tranquilizadora:― Você está bem? ― Bianca ergueu a mão trêmula. Seus dedos, normalmente finos e delicados, agora pareciam vermelhos e inchados. ― Eu caí com a senhorita Vallois agora há pouco. Acho que ela deve ter pisado neles acidentalmente. ― Bianca disse, compreensiva enquanto estremecia. Os olhos afiados de Anthony imediatamente dispararam na direção da jovem e, se fossem adagas, Anne teria sido esfaqueada inúmeras e provavelmente, teria morrido. Sem saber como reagir, deu mais um passo para trás. ― Você tem alguma ideia de quão importante é a mão dela? ― Não havia calor na voz de Anthony. Anne sentia o ar faltar em seus pulmões, tamanho era o medo que sentia,
Anne ficou tão chocada que se virou rapidamente, puxando a barra da saia para cima, na intenção de correr, enquanto olhava para Anthony que, diante dela, emanava uma aura tão fria e possessiva que chegava a ser sufocante.Sem nem ao menos olhar na direção de Sarah, que mantinha uma mão apertada ao peito, o demônio ordenou:― Saia já daqui! ― Sarah estava tão assustada que achava que seu coração iria parar de bater, a qualquer instante. Ela sempre teve medo de Anthony e sempre sentiu que sua arrogância era aterrorizante. Além disso, Sarah percebeu de relance que o colérico Anthony não estava ali para trazer boas notícias. No entanto, mesmo que ela realmente quisesse sair, não poderia simplesmente abandonar a filha e fugir, certo? ― Pode ir embora. Eu vou ficar bem. ― Disse Anne, com dificuldade. Embora estivesse tão assustada que todo o corpo estava mole, Anne ainda não queria que Sarah fosse envolvida naquela história. Mesmo que tudo aquilo tenha sido causado pelo casamento d