Depois de dar banho nas crianças, Anne saiu do quarto e pegou o celular na mesinha de centro, para verificar a localização de Anthony. Ele não estava na empresa, nem na Curva, mas não tinha saído da cidade. Ele deveria estar à procura de entretenimento.Com o status de Anthony em Luton, ele poderia ter qualquer diversão que quisesse. Afinal, até mesmo quando não estiva interessado, outras pessoas batiam em sua porta. Para Anne, não importa o que ele procurava, para ela estava bom, desde que ele não viesse incomodá-la.Anne realmente tinha medo de que Anthony enlouquecesse, e voltasse a procurá-la, ainda naquela noite. Afinal, seria difícil fazê-lo ir embora. Na área boêmia do centro da cidade, Anthony entrou em um bar sofisticado. Sua aparência era sombria e mal-humorada.O recepcionista, com uma aparência responsável e inteligente, logo se postou ao lado de Anthony, dedicando atenção, mas sem ser invasivo. Afinal, o magnata exalava uma aura tão ameaçadora que desagradá-lo não pa
― Infelizmente, a presença da Senhorita será necessária. ― Anne sentiu que algo estava errado:― Por quê? O que aconteceu? ― ― Você conhece Lucia, da clínica? Ela esbarrou no Senhor Marwood no bar. Se você não vier... ― Oliver deixou que a frase fosse completada pela imaginação. Mas, funcionou. Anne percebeu a seriedade do assunto. Ela nunca tinha visto ninguém que pudesse sair ileso depois de provocar Anthony e Lucia tinha sido a única que ficou ao seu lado, dentre as colegas da clínica. Como ela poderia fechar os olhos? ― Se você concordar, enviarei alguém para buscá-la, imediatamente. ― Disse Oliver. ― Não, apenas me dê o endereço. ― Anne, desligou o telefone, olhou para as três crianças dormindo profundamente na cama e cobriu a barriga de Charlie com um cobertor. Ela os deixaria em casa. Afinal, não acordariam tão rápido, já que tinham acabado de adormecer. A única coisa que ela temia era que eles acordassem com fome, no meio da noite, e não a encontras
Anne olhou para ele e, embora suas pupilas tremessem de medo, ela não mexeu um músculo, até que, depois de algum tempo sem resposta, a jovem perguntou:― Você bebeu além da conta? ― Era verdade que Anthony bebia muito, mas não parecia bêbado como os outros. Ele ainda parecia real e elegante. Então, o olhar de Anne caiu sobre os lábios finos e úmidos de Anthony e inclinando sobre o magnata, ela gentilmente tocou e esfregou a boca contra a dele. O homem não reagiu e a jovem achou que aquela era uma reposta positiva, afinal, não tinha sido afastada. Então, em uma investida um pouco mais extensa, a jovem o beijou por mais tempo, até ficar sem fôlego. No fim, pressionou os lábios contra o canto dos lábios dele e perguntou:― Eu te fiz uma promessa. Você pode deixá-la ir? Eu nem sempre ouvi você e admito isso, mas você pode me perdoar desta vez? ― Anthony apertou o queixo delicado da jovem:― Tem certeza que isso não vai se repetir? ― ― Daqui pra frente! Os erros anter
Anthony segurou o rosto e perguntou, com a voz rouca:― E o que você quer fazer? ― ― O quê? ― Anne ficou surpresa com a pergunta. Ela pensou que era ele quem queria fazer alguma coisa ― Eu... eu não quero fazer nada. ― ― Então por que você está aqui? ― ― Eu vim te trazer para casa. ― Isso soou ilógico, mas era a verdade. Anthony era um homem perigoso e tinha segurança com treinamento militar e um para manter estranhos longe dele. E também tinha um assistente que conhecia todos seus contatos e necessidades. Por que ele precisaria dela para trazê-lo para casa? Entretanto, se o magnata não sabia como Anne tinha parado ali, significava que ele ainda estava muito bêbado? Uma batida na porta quebrou o silêncio no ar. ― É o chá para ajudar a curar essa bebedeira. Vou pegar. ― Anne empurrou para longe o braço robusto que a sustentava e o homem colaborou, erguendo o braço e virando o corpo de lado. O peso sobre o corpo da jovem havia desaparecido e Anne deu um suspiro d
'Ele nunca percebeu que eu sou fraca?' A jovem estava indignada, afinal, todas as vezes em que tentou lutar contra Anthony, ele a subjugou com facilidade. ― Ah! ― Anne deixou sua mão escapar, quando pressionou os músculos de seus ombros com um pouco mais de intensidade, soltando o peso do corpo acidentalmente. Então, suas unhas deslizaram pelo pescoço de Anthony, e seu corpo quase caiu na banheira. O rosto de Anthony ficou sombrio. Seus olhos negros se abriram e um desagrado brilhou em seus olhos. Anne rapidamente se levantou e notou uma marca vermelha no pescoço de Anthony, como um arranhão de gato. Ela estava tão assustada que gaguejou:― Eu... eu não queria... foi um acidente... ― ― Saia! ― O homem disse, com impaciência. ― Sim, senhor! ― Anne estava desesperada para partir imediatamente. Mas, depois que ela deixou o banheiro, não se atreveu a sair do quarto, onde ficou esperando.Quando Anthony saiu da banheira, ainda não estava sóbrio. Por isso, firmando
Faz cinco ou seis anos que ele desenvolveu essa condição. ― Disse a médica e, fazendo os cálculos, Anne percebeu que tinha sido, mais ou menos, na mesma época em que ela tinha deixado o país.Naquele período, Anthony não era tão poderoso em Luton, então o problema de estômago provavelmente foi causado por sua carreira. Afinal, toda vez que ela verificava a localização de Anthony, ele quase sempre estava no Grupo Arquiduque. A Doutora Brown olhou para Anne, que desceu as escadas com ela e, quando chegaram no térreo, perguntou, olhando na direção do primeiro pavimento:― Você não vai ficar aqui? ― Anne ficou um pouco envergonhada:― Não, eu vou voltar. ― Se ela quisesse agradar Anthony, deveria ficar, mesmo que não estivesse fazendo nada. No entanto, ela tinha os filhos em casa, que precisavam ser levados em consideração. ― Eu te levo de volta para casa, no meu carro. ― ― Não, eu posso pegar o metrô. ― Anne recusou. ― Não há metrô a esta hora do dia. ― A médica
A relação de Anthony com ela não era tão simples e ela duvidava, até mesmo, que estivesse qualificada para ser sua amante. ― Eu também fui gananciosa. A pessoa responsável pela recepção me disse que haveria muitas gorjetas na caixa do Senhor Marwood, então eu fui. Se eu não tivesse aceitado, não teria causado tantos problemas para você. ― Disse Lucia. ― Não, não vamos mais pensar nisso! ― Anne queria mudar de assunto ― Você ainda vai ao bar, à noite? ― ― Sim, minha mãe fica com todo o meu salário. Não posso nem pagar minhas despesas. Se eu for ao bar, ganho dinheiro, pelo menos para meus gastos pessoais. ― Lucia era bastante atraente e falava bem, mas Anne ainda estava um pouco preocupada com ela:― Aquele bar é caótico, Lucia. Você já pensou em mudar para outro emprego? ― ― Pensei nisso sim, mas vou devagar. Não posso largar o bar até encontrar outro. Mas, se eu me esforçar ao máximo, a vida vai melhorar! ― Disse Lucia, com um sorriso otimista. Anne assentiu:
Entretanto, onde estavam as crianças? Ela disse aos trigêmeos que a chave estava embaixo do vaso de flores e, se mamãe não estivesse em casa, elas poderiam abrir a porta sozinhas. Sarah saiu com os pratos:― Por que você está parada aí, atordoada? Vá lavar as mãos. O jantar está pronto. ― Anne não tinha como estar com vontade de comer. Se as crianças não tivessem voltado, o que ela deveria fazer a hora que elas chegassem? Eles iriam se encontrar com Sarah. ― Tia, como você entrou? ― Perguntou Anne. ― Entrei com a chave embaixo do vaso, claro! ― Sarah disse. Anne pensou em telefonar para a escola, querendo evitar que as crianças conhecessem sua tia, no entanto, antes que ela pudesse ligar, a tela mudou. Lucas ligava e ela correu para a sacada, para atender:― Olá? ― ― Você está em casa? ― ― Sim, qual é o problema? ― Perguntou Anne. ― As crianças estão na minha casa. ― Disse Lucas. ― Por que eles estão na sua casa? ― Anne baixou a voz. ― Tem algu