Anne olhou para ele e, embora suas pupilas tremessem de medo, ela não mexeu um músculo, até que, depois de algum tempo sem resposta, a jovem perguntou:― Você bebeu além da conta? ― Era verdade que Anthony bebia muito, mas não parecia bêbado como os outros. Ele ainda parecia real e elegante. Então, o olhar de Anne caiu sobre os lábios finos e úmidos de Anthony e inclinando sobre o magnata, ela gentilmente tocou e esfregou a boca contra a dele. O homem não reagiu e a jovem achou que aquela era uma reposta positiva, afinal, não tinha sido afastada. Então, em uma investida um pouco mais extensa, a jovem o beijou por mais tempo, até ficar sem fôlego. No fim, pressionou os lábios contra o canto dos lábios dele e perguntou:― Eu te fiz uma promessa. Você pode deixá-la ir? Eu nem sempre ouvi você e admito isso, mas você pode me perdoar desta vez? ― Anthony apertou o queixo delicado da jovem:― Tem certeza que isso não vai se repetir? ― ― Daqui pra frente! Os erros anter
Anthony segurou o rosto e perguntou, com a voz rouca:― E o que você quer fazer? ― ― O quê? ― Anne ficou surpresa com a pergunta. Ela pensou que era ele quem queria fazer alguma coisa ― Eu... eu não quero fazer nada. ― ― Então por que você está aqui? ― ― Eu vim te trazer para casa. ― Isso soou ilógico, mas era a verdade. Anthony era um homem perigoso e tinha segurança com treinamento militar e um para manter estranhos longe dele. E também tinha um assistente que conhecia todos seus contatos e necessidades. Por que ele precisaria dela para trazê-lo para casa? Entretanto, se o magnata não sabia como Anne tinha parado ali, significava que ele ainda estava muito bêbado? Uma batida na porta quebrou o silêncio no ar. ― É o chá para ajudar a curar essa bebedeira. Vou pegar. ― Anne empurrou para longe o braço robusto que a sustentava e o homem colaborou, erguendo o braço e virando o corpo de lado. O peso sobre o corpo da jovem havia desaparecido e Anne deu um suspiro d
'Ele nunca percebeu que eu sou fraca?' A jovem estava indignada, afinal, todas as vezes em que tentou lutar contra Anthony, ele a subjugou com facilidade. ― Ah! ― Anne deixou sua mão escapar, quando pressionou os músculos de seus ombros com um pouco mais de intensidade, soltando o peso do corpo acidentalmente. Então, suas unhas deslizaram pelo pescoço de Anthony, e seu corpo quase caiu na banheira. O rosto de Anthony ficou sombrio. Seus olhos negros se abriram e um desagrado brilhou em seus olhos. Anne rapidamente se levantou e notou uma marca vermelha no pescoço de Anthony, como um arranhão de gato. Ela estava tão assustada que gaguejou:― Eu... eu não queria... foi um acidente... ― ― Saia! ― O homem disse, com impaciência. ― Sim, senhor! ― Anne estava desesperada para partir imediatamente. Mas, depois que ela deixou o banheiro, não se atreveu a sair do quarto, onde ficou esperando.Quando Anthony saiu da banheira, ainda não estava sóbrio. Por isso, firmando
Faz cinco ou seis anos que ele desenvolveu essa condição. ― Disse a médica e, fazendo os cálculos, Anne percebeu que tinha sido, mais ou menos, na mesma época em que ela tinha deixado o país.Naquele período, Anthony não era tão poderoso em Luton, então o problema de estômago provavelmente foi causado por sua carreira. Afinal, toda vez que ela verificava a localização de Anthony, ele quase sempre estava no Grupo Arquiduque. A Doutora Brown olhou para Anne, que desceu as escadas com ela e, quando chegaram no térreo, perguntou, olhando na direção do primeiro pavimento:― Você não vai ficar aqui? ― Anne ficou um pouco envergonhada:― Não, eu vou voltar. ― Se ela quisesse agradar Anthony, deveria ficar, mesmo que não estivesse fazendo nada. No entanto, ela tinha os filhos em casa, que precisavam ser levados em consideração. ― Eu te levo de volta para casa, no meu carro. ― ― Não, eu posso pegar o metrô. ― Anne recusou. ― Não há metrô a esta hora do dia. ― A médica
A relação de Anthony com ela não era tão simples e ela duvidava, até mesmo, que estivesse qualificada para ser sua amante. ― Eu também fui gananciosa. A pessoa responsável pela recepção me disse que haveria muitas gorjetas na caixa do Senhor Marwood, então eu fui. Se eu não tivesse aceitado, não teria causado tantos problemas para você. ― Disse Lucia. ― Não, não vamos mais pensar nisso! ― Anne queria mudar de assunto ― Você ainda vai ao bar, à noite? ― ― Sim, minha mãe fica com todo o meu salário. Não posso nem pagar minhas despesas. Se eu for ao bar, ganho dinheiro, pelo menos para meus gastos pessoais. ― Lucia era bastante atraente e falava bem, mas Anne ainda estava um pouco preocupada com ela:― Aquele bar é caótico, Lucia. Você já pensou em mudar para outro emprego? ― ― Pensei nisso sim, mas vou devagar. Não posso largar o bar até encontrar outro. Mas, se eu me esforçar ao máximo, a vida vai melhorar! ― Disse Lucia, com um sorriso otimista. Anne assentiu:
Entretanto, onde estavam as crianças? Ela disse aos trigêmeos que a chave estava embaixo do vaso de flores e, se mamãe não estivesse em casa, elas poderiam abrir a porta sozinhas. Sarah saiu com os pratos:― Por que você está parada aí, atordoada? Vá lavar as mãos. O jantar está pronto. ― Anne não tinha como estar com vontade de comer. Se as crianças não tivessem voltado, o que ela deveria fazer a hora que elas chegassem? Eles iriam se encontrar com Sarah. ― Tia, como você entrou? ― Perguntou Anne. ― Entrei com a chave embaixo do vaso, claro! ― Sarah disse. Anne pensou em telefonar para a escola, querendo evitar que as crianças conhecessem sua tia, no entanto, antes que ela pudesse ligar, a tela mudou. Lucas ligava e ela correu para a sacada, para atender:― Olá? ― ― Você está em casa? ― ― Sim, qual é o problema? ― Perguntou Anne. ― As crianças estão na minha casa. ― Disse Lucas. ― Por que eles estão na sua casa? ― Anne baixou a voz. ― Tem algu
― A propósito, três crianças bateram à sua porta, agora há pouco. ― Disse Sarah. A mão de Anne segurando os utensílios tremeu e sua expressão ficou tensa. ‘Ela abriu? Ela viu seus rostos?’ ― Eram as três crianças de quem sua mãe cuidava. Estranho... por que elas vieram aqui? ― Sarah perguntou. ― Eles devem ter subido para o andar errado, por hábito. ― ― Sim, as crianças disseram que era a porta errada. Não entendo por que os pais das crianças têm dinheiro para contratar uma babá, mas moram em um apartamento tão destruído! Talvez seja porque sua mãe não cobrava muito deles. ― Sarah falou, sem rodeios. Anne ficou em silêncio, pensando em seus filhos. ‘Com certeza, eles pensam rápido. No entanto, como eles entraram em contato com Lucas? Como eles sabiam o número dele?’ De qualquer forma, com crianças tão espertas, ela podia ficar tranquila, sabendo que elas seriam capazes de se defender sozinhas. ― A propósito, você tem que arranjar um tempo para ir a um enco
― A propósito, como os três entraram em contato com você? ― Perguntou Anne. ― Eles pegaram emprestado o telefone de um vizinho. ― Disse Lucas. Anne sorriu impotente, sem saber o que dizer em resposta. Afinal, os três pequenos não apenas se lembraram do número de telefone de Lucas, mas também pegaram emprestado um telefone de um estranho para fazer a ligação e ela nunca tinha ensinado nada disso. A única coisa que os ensinou foi a ligar para o 911 se estivessem em algum tipo de perigo. ― Eles são muito inteligentes e, se você os treinar bem, alcançarão grandes alturas no futuro, mas não se iluda achando que eles sabiam meu número de cabeça. O telefone da Apogeu está estampado no material escolar deles. ― Lucas elogiou às crianças, mas não quis que a mãe pensasse que eram gênios. Anne sentiu-se aliviada e feliz. ― Eu vou dormir agora, boa noite e muito obrigada por tudo. ― Depois de desligar o telefone, Anne deitou na cama, em transe. E depois de pensar em diversa