Depois de dar banho nos trigêmeos e colocá-los na cama, Anne foi tomar banho. Mas, antes de entrar no chuveiro, olhou a localização de Anthony. Esse monitoramento tinha virado parte de sua rotina. O homem estava no Grupo Arquiduque e a jovem não ficou surpresa. O magnata tomava conta de seu grande império com a mesma obsessão que vigiava ela. Então, a jovem largou o aparelho e foi se banhar.Na cama, os trigêmeos se reuniram em círculo, com rostos sérios, como se estivessem discutindo algo importante. ― Tem algo errado... ― Disse Charlie. ― Mamãe mentiu? ― Chloe perguntou. ― O homem mau é o papai! ― Chris comentou ― Mamãe não quer que ele nos veja por isso! ― ― E como o papai não sabe da gente? ― Chloe ficou intrigada. ― Porque o papai é mau! Ele é o bicho papão! ― Charlie se lembrou da vez em que o viu no elevador. Ele era feroz e Charlie tinha uma má impressão dele. ― Sim! Ele disse que queria comer a mamãe! ― Chloe bufou. ― O homem mau não pode ver a gente! Va
Se Anthony fosse realmente o responsável pela morte de sua mãe, a investigação não daria em nada. Anne pensava desconsolada. No entanto, ela repensou, e achou que tudo isso era muito improvável. ‘Se ele realmente tivesse incriminado minha tia para criar uma barreira entre nós, então ela não deveria ter sido libertada, certo? Sendo assim, qual foi o ponto?’ Pensou intrigada. Além disso, não haveria necessidade de rodeios se o magnata tivesse algo contra a sua tia. Anthony era um homem horrível e cruel, mas sempre foi muito dedicado, do tipo que cuidava para que as coisas fossem bem feitas e impecáveis. Ele colocava seu coração nisso e era muito precavido. Então, quem mais poderia ser a pessoa por trás da morte de sua mãe, senão Sarah ou ele? Anne se sentiu perdida. Além disso, sua cabeça doía como se agulhas e alfinetes a espetassem. Ela estava preocupada com o horário, pois, em breve, teria que pegar as crianças na creche. E esse era sempre um momento que a deixava tensa. O t
― Mas, me diga uma coisa, como eu poderia ignorar qualquer pedido dos trigêmeos se eu sou o pai deles?! ― O rosto de Anne ficou vermelho e quente de vergonha:― Mas... ― ― Estou brincando. ― Ela pensou: ‘Eu sei que Lucas está apenas brincando, mas ele não tem medo de brincar com uma coisa séria assim? Não seria ruim para sua reputação? Pessoas menos próximas vão acabar achando que ele tem três filhos.’ ― Além disso, ajuda como um álibi para minha questão. Quanto mais pessoas acharem que eu crio três filhos, mais eu fico livre de encontros e arranjos. ― ― Parece que você não gosta de ser popular com as mulheres. ― ― Depende de quem é a mulher em questão... ― Explicou Lucas. Anne se divertiu relembrando o que havia acontecido e disse:― Sou grata a você, por me ajudar a esconder a verdade sobre os trigêmeos e sinto muito pelos problemas que Anthony causou a você por minha causa... ― Anne lamentou ― Mas, é justamente esse tipo de coisa que me faz sentir melhor de e
― Obrigada, mas não, preciso de ajuda. Na verdade, eu estou um pouco apressada, pois ainda tenho que ir trabalhar. ― ― Você está indo para a Clínica de Estética? ― Anne ficou surpresa e pensamentos correram por sua mente, enquanto tentava se lembrar de quem era essa pessoa, até que a memória veio:― Você é... a amiga de Tommy? ― Quando ela foi pela primeira vez à clínica e encontrou Tommy, a mulher que estava ao lado dele era ela. ― Não somos bem grandes amigos. Tínhamos nos encontrado algumas vezes antes e como ouvi dizer que ele conhecia o dono da clínica, pedi que me recomendasse. ― ― Ah sim, entendo... ― Disse Anne. ― Você quer uma carona? Meu carro está estacionado logo ali na frente e, por acaso, estou indo para lá, pra fazer um procedimento. ― ― E-Está tudo bem. Não é muito longe daqui, de qualquer maneira, eu posso caminhar até lá, muito obrigada mesmo assim. ― Anne recusou. Essa pessoa conhecia Tommy e não era bom ficar muito perto dela. ― Você está
Completamente irritada, Anne ergueu o corpo, adquirindo uma postura altiva, saiu do banheiro e, ignorando os olhares surpresos ao longo do corredor, caminhou com passos firmes, deixando pegadas molhadas, até a sala de descanso dos funcionários.Zelda e mais duas enfermeiras estavam conversando e rindo quando a jovem entrou e, percebendo como estava encharcada, começaram a fazer comentários maldosos:― Eu já vi gente feliz por receber uma comissão, mas tomar banho na privada? Você não acha que exagerou? ― Zelda debochou ― Eu sei que a comissão vai ser um dinheiro legal, mas era pra tanto? ― Falou com malícia. ― Acho que ela nunca viu tanto dinheiro! ― A outra enfermeira disse. ― Mas, ela não tem aquele amante na diretoria? Ele não paga nada a ela? ― Complementou a funcionária que estava ao lado. ― Bom, pode ser que ele não pague porque ela não sabe fazer direito... ― Concluiu Zelda. Anne conteve sua raiva e perguntou:― Qual de vocês foi ao banheiro? Quem despejou água em mim
― Pelo amor de Deus, Anne, pare de fingir! Se é isso que você quer da vida, por que não faz logo um teste para atriz? ― Zelda zombou. Mas, o delegado se inclinou para frente, preocupado:― Você está muito pálida! Você está doente? ― ― Estou com cólica e sentindo frio por causa da água fria que ela derramou em mim. Por favor, deixe-me agachar um pouco aqui... ― Anne se afastou do assento e se agachou no chão, sentindo-se um pouco mais confortável do que antes. ― Pare de fazer acusações! Eu não joguei água em você! ― Zelda negou, pois acreditava que ninguém a tinha visto, de qualquer maneira. ― Eu vi seus sapatos. Você é a única que não usa sapatos brancos no trabalho. ― Disse Anne. Zelda entrou em pânico e olhou para os pés, inconscientemente, e, ao invés do habitual tênis branco, a mulher percebeu que tinha esquecido de trocar e usava um scarpin preto. No entanto, Anne realmente tinha visto? Ou ela estava blefando? ― Não invente besteiras, não fui eu! ― Zelda n
Depois de alguns segundos de silêncio, com Anthony observando Anne encolhida e magoada, seus olhos negros brilharam de interesse e ele perguntou: ― Onde você quer ir? ― Ele perguntou. Anne ficou atordoada. Ele estava realmente perguntando a ela? Desde que tudo aquilo tinha começado, não era sempre ele quem decidia tudo? Anne nunca pensou que ouviria Anthony fazer uma pergunta qualquer. Ele era um homem mal-humorado e instável e era realmente difícil entendê-lo. Vendo que a jovem não respondia, Anthony instruiu o motorista:― Vá para o hospital. ― Desde que Anne era uma garotinha, ela nunca precisou ir ao hospital por causa de cólicas menstruais. Afinal, nunca tinha sido tão doloroso quanto agora. Eles foram para o hospital e foram atendidos por Kathryn. Anne sentou-se e recebeu mais uma pontada forte que roubou as cores de seu rosto. Então, Kathryn perguntou:― O que você está sentindo? ― ― Cólicas menstruais. ― Kathryn ficou surpresa e olhou para o homem sent
― Ai... ― A pontada aguda da cólica fez Anne franzir a testa e se afastar um pouco, apoiando as mãos nos ombros largos de Anthony. Então, ela contorceu o rosto uma segunda vez, respirou fundo e falou ― Olhe para mim, agora, não vou estragar o clima para você? ― Anthony trincou os dentes e seu rosto ficou morbidamente branco. Ele passou a ponta dos dedos sobre seus lábios macios de Anne e disse:― É realmente decepcionante ― então, aproximou o lábio contra o ouvido da jovem e disse ― fica para a próxima ― mas, depois de falar, ele mordeu a orelha dela com força. ― Hmm! ― Anne sentiu o corpo tremer, com a dor súbita, e a dormência se espalhou por todo o corpo. Pouco tempo depois, o carro parou e Anne saiu. Ela estava de volta ao prédio antigo, seu novo lar. A jovem não se preocupou com o trabalho, afinal, desconfiava que, mesmo se faltasse um mês inteiro, ainda assim, receberia o salário integral.No entanto, estava curiosa para saber como Zelda havia sido tratada. Se ela real