— Hanna! — Ele disse com a voz quase falhando. Forçou uma tosse, como se tentasse falar algo, mas estivesse se segurando para calar-se.— Sim, Sr. Choi… — respondi, sentindo um frio na barriga. Seu tom de voz era diferente, quase hesitante, o que não combinava em nada com o magnata confiante e meticuloso que eu conhecia.A luz do luar ainda iluminava a pequena clareira onde ele havia preparado aquele piquenique inesperado. O aroma suave das flores silvestres misturava-se ao cheiro da terra úmida. O clima estava ameno, e o céu limpo deixava visíveis milhões de estrelas, como se a própria natureza estivesse conspirando a favor daquele momento.O Sr. Choi passou a mão pelos cabelos escuros, visivelmente incomodado. Ele não me encarava diretamente, mas eu sentia sua inquietação. Meu coração acelerou. Seria algo sobre meu trabalho? Alguma crítica? Talvez tivesse se arrependido desse encontro?Ele respirou fundo antes de continuar.— Eu… nunca fiz isso antes — disse, apertando o nó da grava
Dançando ao som do vento , o meu coração continuava acelerado , como era possível esta situação? Era o Sr. Choi , ali comigo . Eu estava sentindo o corpo dele muito próximo ao meu e o cheiro amadeirado dele estava me enlouquecendo.Ele parou de repente e me encarou. Seu olhar estava intenso, carregado de algo que eu não conseguia decifrar. Meu peito subia e descia rapidamente, e eu sabia que ele podia perceber meu nervosismo. Então, lentamente, ele passou a mão pelas maçãs do meu rosto. Meu corpo inteiro se arrepiou. Seu toque era quente, contrastando com a brisa fria da noite. Ele inclinou o rosto na minha direção, e por um segundo, achei que fosse recuar… Mas não.Seus lábios tocaram os meus, e eu perdi a noção de tudo ao meu redor.Seus lábios tocaram os meus, e eu perdi completamente a noção de tudo ao meu redor. O mundo parecia ter parado. O magnata Sr. Choi, o homem mais intimidador e meticuloso que eu já conheci, estava me beijando.E que beijo!Seus lábios eram firmes e suaves
Amanheceu e ao acordar e lembrar da cena da noite passada, o meu coração acelerou e abri um sorriso maroto com uma sensação estranha de enjoo , tontura e frio na barriga . Como o Hyun conseguia me fazer sentir tantas sensações aleatórias ao mesmo tempo ? Dei um pulo da cama e fui me banhar , penteie bem os cabelos e fiz uma trança, coloquei um vestido na cor neutra , um broche para dar um charme na minha trança e passei por de arroz no rosto, dei algumas tapas de leve no rosto para ficar rosado e já desci as escadas cantarolando .- Bom dia Srta. Hanna ! Noto que você acordou muito bem hoje . -Disse a Clara com um sorriso no rosto .-Bom dia Clara , dormi muito bem mesmo , obrigada .-O seu café já está na mesa , não saia sem comer nada novamente, eu peço por gentileza .-Sim senhora . -Fiz uma reverência teatral e fui tomar o meu café. -O seu irmão saiu muito cedo , falou que já havia se despedido e precisar ir cedo para começar o trabalho na cidade .-Claro , não dou quinze dia
Meu coração ainda estava acelerado quando Hyun Choi se afastou, satisfeito com sua provocação. Eu permaneci imóvel, tentando processar o que acabara de acontecer. Ele tinha mesmo acabado de insinuar…?Sophie me cutucou com o cotovelo, o olhar brilhando de curiosidade.— Hanna, eu exijo explicações agora mesmo! — sussurrou, praticamente vibrando de animação.— Não sei do que você está falando. — Apertei os lábios, tentando soar indiferente, mas minha voz falhou no final.— Ah, não me venha com essa! Eu vi a forma como ele olhou para você! E essa coisa de "aventura noturna"?! O que foi isso?— Nada, Sophie! — cochichei em desespero, agarrando seu braço e arrastando-a para um canto mais afastado. — Não aconteceu nada demais, ok? Só… um piquenique.— Um piquenique? — Ela estreitou os olhos. — Você nunca teve um piquenique com nenhum homem antes.— E isso faz diferença por quê?— Porque o Sr. Choi não é qualquer homem, querida! — Ela cruzou os braços, me analisando com um olhar perspicaz.
Estava sentada no que só poderia ser descrito como uma cadeira de tortura medieval — aquelas cadeiras rígidas de madeira que parecem feitas especialmente para esmagar a alma de quem ousa encostar. O preceptor falava, ou melhor, declamava, uma ladainha sobre balanços e lucros, com a empolgação de quem narra o crescimento de uma planta.Eu tentava prestar atenção, juro. Mas, como sempre, minha mente vagava. O relógio dourado na parede, relíquia da escola, parecia mover seus ponteiros em câmera lenta, quase de propósito, como se conspirasse contra minha liberdade. Ao mesmo tempo, minha amiga Sophie, do lado de fora da janela, gesticulava freneticamente. Ela parecia uma mistura de pássaro desengonçado e bailarina em apuros, e eu me perguntava se aquilo era um sinal. Talvez o universo estivesse tentando me dizer algo.Finalmente, o relógio badalou. O som ecoou pelos corredores da escola como um hino à liberdade. Levantei-me tão rápido que derrubei minha pena (sim, ainda usamos penas aqui,
Capítulo 2 ✦✦✦ Depois da confusão na escola, Sophie e eu nos dirigimos para minha carruagem. Não era a mais moderna da época, mas servia bem para minhas necessidades. Meu pai a comprara de segunda mão, mas os estofados de veludo e o brasão discreto da nossa família na lateral ainda mantinham um ar de dignidade. — Finalmente, algo que não vai me decepcionar hoje, — murmurei, ajudando Sophie a subir. O cocheiro, um senhor idoso chamado Sr. Wicks, que trabalhava conosco há anos, ajeitou o chapéu e pegou as rédeas. — Para onde, senhoritas? — ele perguntou. — Para a confeitaria da Sra. Marley, por favor, — respondi, enquanto me acomodava no assento e fechava a porta da carruagem. A viagem começou tranquila, com o som das rodas nos paralelepípedos ecoando pelas ruas. Porém, a poucos quarteirões de distância, senti um solavanco estranho. — O que foi isso? — perguntei, inclinando-me para a janela. — Parece que uma das rodas não está em boa forma, senhorita, — disse o Sr. Wicks, para
— Ah, Hanna, pensando aqui , a sua amiga Ivy é uma criatura impossível! Ela sempre se interessa por todos os cavalheiros que cruzam o nosso caminho. Uma verdadeira víbora! — Sophie disse, com um tom de brincadeira, mas com um olhar preocupado.A verdade era que Ivy tinha um comportamento inusitado para a época. Conheci-a através do meu irmão, Ryan. Ela havia estado com ele, mas logo deixou-o de lado, envolvida com outros cavalheiros, sem se prender a ninguém.Quando Ivy se ofereceu para dividir a residência comigo, eu aceitei com certo receio, mas sabia que não teria outra escolha, pois a ajuda era necessária para lidar com as despesas. Viver em uma cidade pequena como Porto do Vale, onde nasci, não oferecia muitas oportunidades para uma moça como eu, que desejava se formar em uma disciplina prática, voltada para a administração de recursos, incluindo o estudo de economia doméstica e gestão de contas de família. A única instituição de ensino mais próxima era a Academia de Lincoln, ond
Ivy, como sempre, estava determinada a transformar a noite em um evento cheio de emoção e, como ela dizia com um sorriso travesso, "aventuras que desafiariam as convenções". Eu, por outro lado, só queria desfrutar de uma noite tranquila de chá e boas risadas, longe de complicações.Chegamos à sala de chá, um lugar frequentado por jovens damas e cavalheiros da cidade, onde conversas educadas e música de salão preenchiam o ambiente. As cadeiras estofadas e as porcelanas finas contrastavam com a agitação que eu sabia que Ivy carregava em seu coração.— Três xícaras de chá de jasmim, por favor. — Ivy pediu, dirigindo um sorriso encantador ao garçom, um jovem de aparência respeitável.— Meninas, lembrem-se, esta deve ser uma noite tranquila. Nada de aventuras hoje. — Sophie disse com um olhar sério, mas sempre gentil.— Oh, não se preocupe, Sophie. Estamos aqui para relaxar e desfrutar de um bom chá. — Respondi, tentando alinhar minha disposição com a dela.No entanto, Ivy parecia inquieta