Amanheceu e ao acordar e lembrar da cena da noite passada, o meu coração acelerou e abri um sorriso maroto com uma sensação estranha de enjoo , tontura e frio na barriga . Como o Hyun conseguia me fazer sentir tantas sensações aleatórias ao mesmo tempo ? Dei um pulo da cama e fui me banhar , penteie bem os cabelos e fiz uma trança, coloquei um vestido na cor neutra , um broche para dar um charme na minha trança e passei por de arroz no rosto, dei algumas tapas de leve no rosto para ficar rosado e já desci as escadas cantarolando .- Bom dia Srta. Hanna ! Noto que você acordou muito bem hoje . -Disse a Clara com um sorriso no rosto .-Bom dia Clara , dormi muito bem mesmo , obrigada .-O seu café já está na mesa , não saia sem comer nada novamente, eu peço por gentileza .-Sim senhora . -Fiz uma reverência teatral e fui tomar o meu café. -O seu irmão saiu muito cedo , falou que já havia se despedido e precisar ir cedo para começar o trabalho na cidade .-Claro , não dou quinze dia
Meu coração ainda estava acelerado quando Hyun Choi se afastou, satisfeito com sua provocação. Eu permaneci imóvel, tentando processar o que acabara de acontecer. Ele tinha mesmo acabado de insinuar…?Sophie me cutucou com o cotovelo, o olhar brilhando de curiosidade.— Hanna, eu exijo explicações agora mesmo! — sussurrou, praticamente vibrando de animação.— Não sei do que você está falando. — Apertei os lábios, tentando soar indiferente, mas minha voz falhou no final.— Ah, não me venha com essa! Eu vi a forma como ele olhou para você! E essa coisa de "aventura noturna"?! O que foi isso?— Nada, Sophie! — cochichei em desespero, agarrando seu braço e arrastando-a para um canto mais afastado. — Não aconteceu nada demais, ok? Só… um piquenique.— Um piquenique? — Ela estreitou os olhos. — Você nunca teve um piquenique com nenhum homem antes.— E isso faz diferença por quê?— Porque o Sr. Choi não é qualquer homem, querida! — Ela cruzou os braços, me analisando com um olhar perspicaz.
Ainda tentando recuperar a compostura depois da provocação do Sr. Choi, eu me afastei, ajeitando meu vestido como se aquilo pudesse acalmar o calor em meu rosto. Sophie, ao meu lado, ainda me observava com um brilho travesso nos olhos.— Você está em apuros, Hanna. — Ela cantarolou baixinho, se divertindo às minhas custas.— Não diga bobagens, Sophie. — Respondi, tentando manter a dignidade.— Bom dia, senhoritas.A voz grave e educada veio de trás de nós, e quando me virei, encontrei o Sr. Gustavo parado ali. Alto, de feições bem definidas e sorriso amigável, ele parecia ter acabado de sair de um daqueles livros de cavalheiros honrados e prestativos.— Bom dia, Sr. Gustavo. — Respondi educadamente, sentindo-me ligeiramente surpresa por sua abordagem.Gustavo sempre fora prestativo desde que entrei na empresa Choi’s, e eu lembrava do quanto sua gentileza me ajudou a me adaptar ao ambiente de trabalho. Havia algo nele — uma aura de cavalheirismo e segurança — que tornava sua presença a
Chegamos ao refeitório e pedi dois chás. Agradeci à moça da recepção, que sempre estava com um sorriso no rosto, e segui em direção a uma mesa ao lado da grande janela. A vista para a rua ligeiramente movimentada trazia uma sensação agradável de pausa no dia corrido. O Sr. Gustavo já me esperava ali, ajeitando alguns papéis sobre a mesa.Escolhi um chá bem popular por aqui, o Earl Grey, um chá preto intenso que prometia me dar energia para enfrentar um longo dia de trabalho. O toque cítrico da bergamota trazia uma sensação revigorante, o que era essencial, já que, além das minhas atividades diárias, eu havia me comprometido com uma tarefa extra: organizar os documentos do Sr. Choi.Sentei-me e sorri para o Sr. Gustavo.— Para hoje, um chá preto bem forte, um Earl Grey. Precisamos de energia para lidar com tantos papéis, não acha, Sr. Gustavo?Ele apenas sorriu levemente, pegando sua xícara e tomando um gole do chá em silêncio, pensativo. Era seu jeito de demonstrar aprovação.Começamo
Naquela manhã, o som insistente de batidas na porta me tirou dos devaneios enquanto terminava de prender o cabelo em um coque desajeitado. Ainda vestida com minha camisola de cetim, fui até a porta e a abri, encontrando um garoto de uns dez anos segurando um envelope.— Para a senhorita Hanna — disse ele, me entregando a carta com um sorriso curioso antes de sair correndo.Fiquei parada por um instante, sentindo meu coração acelerar. Fechei a porta e deslizei os dedos sobre o papel. A caligrafia elegante no envelope já denunciava o remetente."Senhorita Choi", dizia no topo da carta.*"Espero que minha ausência não esteja tornando sua rotina entediante. O escritório deve estar sem graça sem alguém para te provocar, e imagino que o Sr. Gustavo tenha ocupado meu lugar no seu refeitório favorito. Injusto.A semana será longa, mas quero que lembre de mim em cada pequeno detalhe do seu dia. Afinal, seria egoísmo da minha parte deixar você me esquecer, não acha?Cuide-se. Mas não muito. Eu
O expediente seguia normalmente, mas algo estava diferente. O Sr. Gustavo, sempre educado e profissional, parecia… estranho.Durante a manhã, peguei-me algumas vezes sendo observada por ele. Não de forma invasiva, mas com um olhar que se prolongava um pouco mais do que o habitual. Como se ele quisesse dizer algo, mas hesitasse.Enquanto organizava um relatório, ouvi sua voz interromper o silêncio:— Hanna…Levantei o olhar. Ele parecia nervoso.— Sim?Ele pigarreou e passou a mão pela nuca, como se estivesse reunindo coragem.— Você já almoçou?— Ainda não.— Quer almoçar comigo hoje?Fiquei surpresa com o convite. Sempre almoçávamos em grupo ou com Sophie, mas, naquele dia, ela estava atolada de trabalho e disse que ficaria no escritório.— Claro — respondi, sem pensar muito.Afinal, era só um almoço.O restaurante era discreto e elegante, com uma vista bonita da cidade. Sentamos em uma mesa perto da janela, e, enquanto eu analisava o cardápio, percebi que o Sr. Gustavo estava inquie
Acordei mais tarde que o normal e sentei-me na cama, ainda sonolenta, apesar de ter dormido muito bem. Sorri sem motivo aparente; sentia-me leve. Espreguicei-me e abri as cortinas do meu pequeno quarto. O sol já batia forte pela janela, iluminando o jardim verde, repleto de flores coloridas.Desci ainda vestindo minha camisola branca, com rendas detalhadas na gola, nos punhos e nos babados da barra. Com minhas pantufas quentinhas, fui descendo os degraus da escada quando ouvi um barulho atrás de mim: Ivy se espreguiçava ao sair do quarto.— Bom dia, donzela. — disse ela, já me provocando logo cedo.— Bom dia, Ivy. — Respondi, revirando os olhos.Como ela podia ser bonita até ao acordar? Seus cabelos longos e loiros estavam presos em uma trança elegante, e seus olhos verdes, cheios de mistério, reluziam mesmo sob a luz da manhã. Suas bochechas e lábios rosados davam a impressão de que estava sempre maquiada.Ivy desceu os últimos degraus com um sorriso preguiçoso e jogou-se no sofá da
A manhã avançava enquanto Ivy terminava os últimos retoques no penteado diante do espelho dourado de sua penteadeira. Seus cabelos loiros estavam presos em um penteado ousado para a época: um coque alto, adornado com pequenas pérolas entre os fios entrelaçados. Vestia um vestido azul-petróleo de tecido brilhante, com mangas bufantes e decote quadrado, exibindo mais pele do que era considerado apropriado para uma dama respeitável. O corpete justo realçava sua silhueta, e a saia volumosa arrastava-se levemente pelo chão.— Está olhando tanto porque acha que estou linda ou porque quer me dizer que pareço indecente? — Ivy perguntou, encarando Hanna pelo espelho com um sorriso travesso.Hanna, já vestida e pronta, cruzou os braços. Seu vestido era muito mais discreto: um elegante tom de vinho, com mangas longas e gola alta rendada, perfeitamente adequado para a ocasião. Seus cabelos castanhos estavam presos em um coque baixo, com algumas mechas soltas moldando seu rosto.— Acho que se eu d