Louis BeaumontA luz difusa do escritório iluminava parcialmente os rostos ao meu redor. A mesa de mogno polida refletia o brilho das lâmpadas pendentes, enquanto relatórios e papéis estavam espalhados entre nós. Alexandre, meu braço direito, explicava os detalhes da operação, enquanto Ryan concordava com algo. Era um carregamento importante, diamantes e dinheiro limpo que cruzariam o Atlântico, destinados ao México. Tudo precisava ser impecável — o destino final envolvia parceiros que não toleravam erros.— O envio sairá amanhã à noite, senhor. O porto já está limpo, e os documentos falsificados estão prontos. — Alexandre falava com a precisão de sempre, mas minha mente estava a quilômetros dali.Eu não conseguia parar de pensar nela.Carolina.Aquela desgraçada sabia dar um chá marcante. Seu sorriso atrevido, a maneira como jogava o cabelo de lado, o tom ácido de suas respostas... Ela era diferente. Não era uma daquelas mulheres que caíam nos meus braços ao menor estalar de dedos. N
Carolina Smith Acordei com o despertador me arrancando de um sonho confuso e vagamente erótico com Louis, mas preferi simplesmente ignora-lo. Ainda sonolenta, me arrastei para o banheiro. Liguei o chuveiro, e a água gelada me fez despertar de vez. Precisava de energia. Hoje era dia da prova prática, e eu estava determinada a dar o meu melhor.Depois do banho, vesti uma roupa confortável e fui para a cozinha improvisada do alojamento. Peguei um pouco de cereal e uma xícara de café, tentando acalmar a ansiedade que borbulhava no meu peito. Peguei minha mochila e segui para o campus.Ao chegar lá, senti a tensão no ar, por mim e pelos meus colegas. O instrutor iniciou a prova e comecei a preparar meus ingredientes. E o tempo foi passando, aprova foi intensa, como esperado. O instrutor não aliviou em nenhum momento, mas eu me senti confiante. Fui uma das últimas a terminar, entregando meu trabalho com um sorriso satisfeito. Quando tudo terminou, percebi que a manhã inteira havia passado.
Louis Beaumont Carolina apenas sorriu, se aproximou do meu ouvido e sussurrou.— Sou toda sua...Essas três palavras foram suficientes para que qualquer resquício de controle evaporasse. Minha boca colidiu com a dela em um beijo feroz, cheio de desejo reprimido. Minhas mãos passearam por seu corpo com urgência, alcançando a barra da saia que já estava estrategicamente deslocada. Sem perder tempo, subi-a ainda mais, permitindo que meus dedos explorassem suas coxås macias. Apertei cada centímetrö de pele exposta, reivindicando o que agora era meu.Nos afastamos apenas por um instante, o suficiente para que eu me erguesse da cama com um impulso decidido. Minhas mãos alcançaram sua saia, puxando-a com uma mistura de pressa e precisão, revelando a calcinhå preta rendada que ela ousadåmente havia mostrado na foto. Um sorriso satisfeito se formou em meus lábios enquanto eu tirava seus sapatos com a mesma intensidade calculada.Ajoelhei-me aos seus pés, beijando cada um com uma devoção inesp
Carolina SmithO sol da manhã atravessava a janela do carro enquanto voltávamos para o centro de Paris. O silêncio entre mim e Louis não era incômodo, mas sim carregado de memórias recentes. A tarde e a noite passada no chalé tinham sido uma fuga do mundo real, um pedaço de paraíso onde nós dois nos entregamos ao desejo que estava nos consumindo. Agora, de volta à cidade, era como se a bolha tivesse estourado, e a realidade esperasse para nos puxar de volta. Louis dirigia com uma mão firme no volante, os olhos fixos na estrada, mas o semblante relaxado que ele exibia antes parecia ter dado lugar a algo mais introspectivo. Eu não quis quebrar o silêncio. Me limitei a observá-lo de perfil, tentando entender as camadas desse homem que, a cada dia, se tornava um enigma mais complexo.Ao chegarmos ao café que Louis recomendara, ele estacionou com a mesma eficiência calculada que fazia tudo. O lugar era charmoso, com uma atmosfera acolhedora que misturava o tradicional ao moderno. Mesas de
Louis BeaumontDirigir para o escritório era algo automático, mas naquele dia, minha mente estava longe. Precisava resolver o problema do carregamento que ainda não havia sido localizado, e isso me deixava com um humor péssimo. Quando cheguei à empresa, subi diretamente para minha sala e pedi que meus homens se reunissem na sala de reuniões. Não havia tempo a perder. Ao entrar na sala, observei cada um deles. Homens que trabalhavam para mim tanto na superfície quanto no submundo. Eles sabiam a importância daquela carga e o que significava perdê-la. — O carregamento precisa ser encontrado — disse, sem rodeios. — Quero atualizações em tempo real. Vocês vão trabalhar em turnos e cobrir todas as possíveis rotas que usamos. Façam as perguntas certas, ofereçam o que for necessário, mas tragam resultados. Eles assentiram e começaram a discutir as possíveis estratégias. Passei a manhã toda ouvindo, corrigindo e elaborando o plano. Minha mente estava dividida entre a raiva pelo erro que hav
Carolina SmithChegar à casa de Louis foi como entrar em um universo completamente diferente do meu. Quando ele virou o carro para a entrada principal, fiquei boquiaberta. Não era uma casa — era uma mansão monumental, digna de filmes. O portão enorme abriu lentamente, e homens de terno e postura rígida estavam de guarda, como soldados protegendo um castelo. Instintivamente, me mexi no banco, ajeitando meu cabelo, como se aquilo fosse fazer alguma diferença.Conforme passávamos pelo longo caminho até a entrada, fiquei ainda mais impressionada. O jardim parecia algo saído de uma revista de arquitetura e paisagismo. Flores impecavelmente cuidadas, grama perfeitamente cortada e luzes amareladas embutidas no chão que iluminavam o trajeto, criando um clima acolhedor e elegante ao mesmo tempo. Era impossível não olhar para aquilo tudo com admiração.Quando Louis entrou na garagem, minha surpresa aumentou. Ele estacionou o carro em um espaço amplo, cercado por outros veículos luxuosos. Havia
Louis BeaumontA semana foi um inferno. Eu não via Carolina desde a última vez que ela esteve na minha casa, e por mais que eu quisesse um momento de tranquilidade com ela, não havia espaço para isso. O trabalho da máfia havia consumido todos os meus dias e noites, especialmente após a confirmação do que Ryan havia insinuado: a carga roubada foi um ato de traição.Descobrir que era um aliado meu que havia orquestrado aquilo não me surpreendeu tanto quanto deveria. No meu mundo, confiança era algo raro e, muitas vezes, ilusório. No entanto, o que me incomodava era a audácia de quem ousou desafiar minha autoridade tão cedo no meu comando.Naquela noite, eu e meus homens nos reunimos em um bunker escondido nos arredores de Paris. O ar pesado e úmido do local era sufocante, mas nada se comparava à tensão que preenchia o ambiente. Três homens estavam ajoelhados no chão, com as mãos amarradas atrás das costas. Eles tinham olhares desesperados, mas permaneciam em silêncio.Caminhei até o cen
Carolina SmithO dia parecia mais longo que o normal. Era sábado, e eu passei quase todo o tempo arrumando meu dormitório, lavando roupas e colocando as coisas em ordem. Minha mente, no entanto, não parava de vagar para Louis. Fazia uma semana desde que nos vimos pela última vez, e, embora trocássemos algumas mensagens, era evidente que ele estava atolado com os compromissos dele.Eu não podia reclamar. Desde o início, Louis nunca escondeu que sua vida era cheia de responsabilidades, e, de certa forma, eu admirava isso. Mas não posso negar que sentia falta dele. Sentia falta de estar em seus braços, do som de sua voz, do jeito que ele me olhava como se eu fosse a única pessoa no mundo que importava.Já eram quase cinco da tarde quando meu telefone tocou. Era Jenifer.— Amiga! Hoje é noite de festa, não aceito não como resposta! — ela exclamou, a animação evidente na voz.— Festa? Não sei se estou no clima...— Sem desculpas. Você vai sim! Preciso da minha parceira de crime comigo. Vam