Aléssio Romano,Assim que o carro estacionou na frente da mansão, saí rapidamente, minha mente focada em uma única coisa: tomar um banho e tentar relaxar. O peso do dia estava sobre meus ombros, e eu precisava de um momento para organizar meus pensamentos. Caminhei direto em direção ao meu quarto, determinado a me livrar daquele cansaço que parecia me consumir. Mas, enquanto passava pelo corredor, algo me fez parar. Um som de choro.O som vinha do quarto de Bianca. Ele me paralisou por um instante, antes que eu percebesse o que estava acontecendo. Algo dentro de mim reconheceu a dor naquele choro. Não era o choro de alguém com raiva ou aborrecida. Era profundo, quase desesperado. Imediatamente, o cansaço que me dominava desapareceu, substituído por uma preocupação súbita. Fui até o quarto dela, meus passos rápidos, mas silenciosos.Quando entrei, Bianca estava deitada na cama, se debatendo, como se estivesse lutando contra algo invisível. Seus murmúrios eram quase incompreensíveis, ma
Bianca Santoro,A noite estava tranquila demais, e isso só fazia com que eu me sentisse mais alerta. Depois de tudo que havia acontecido, eu finalmente estava me acalmando quando ouvi aquele som estranho. Era um chiado, algo que fez minha pele arrepiar imediatamente. A febre já tinha passado, mas agora parecia que outro tipo de pânico tomava conta de mim.Aléssio estava no sofá, claramente tentando pegar no sono. Ele não parecia estar nem um pouco à vontade, mas cumpria o que tinha prometido: ficar ali comigo, pelo menos até eu adormecer. Ele não era do tipo de homem que ficava por perto, ainda mais em situações assim, mas, por eu ter pedido, ele estava. E, para ser sincera, eu me sentia mais segura com ele ali. Estava quase cochilando quando ouvi o barulho de novo. Dessa vez, tinha certeza de que não era minha imaginação.— Você ouviu isso? — perguntei, me sentando na cama de repente, o coração disparado.Aléssio resmungou, abrindo um olho apenas, com a expressão de quem não queria
Aléssio Romano,Acordei cedo, como de costume, mas meu corpo estava mais tenso e dolorido do que o normal. Dormir a noite inteira no sofá com Bianca ao lado não era exatamente o tipo de descanso que eu estava acostumado. Olhei para o lado, e lá estava ela, dormindo profundamente, uma mecha de cabelo sobre o rosto, as pernas jogadas de forma descuidada sobre mim. A camisola que ela usava tinha subido, revelando mais do que eu gostaria de ver logo pela manhã.— Porra, isso logo de manhã cedo? — resmunguei, me movendo devagar para não acordá-la.Fiquei ali, observando-a por alguns segundos. Ela parecia tão tranquila enquanto dormia, completamente diferente da garota rebelde que estava sempre me desafiando. Sem pensar muito, levei a mão até o rosto dela e tirei a mecha de cabelo que cobria seus olhos. Ela nem se mexeu, continuava imersa em seu sono.Eu me permiti fitar seu rosto por mais alguns segundos, percebendo um lado dela que eu raramente via. A respiração dela era calma, o rosto re
Aléssio Romano,Ainda no meu escritório, enquanto revisava alguns documentos, recebi uma ligação de Vito. Ele sempre era eficiente em seus relatórios, e pelo tom de voz, sabia que ele tinha boas notícias para me dar.— Senhor, resolvi tudo o que foi pedido. — começou ele, direto. — A tia de Bianca já foi embora. Eu mesmo a levei até o aeroporto e me certifiquei de que ela embarcasse. Ela nunca mais voltará. Quanto aos homens que estavam ameaçando Bianca, aceitam o acordo. Não vão mais incomodá-la.Soltei um leve suspiro de alívio. Era um peso a menos nas minhas costas, e com isso resolvido, eu podia ficar despreocupado. O caso de Bianca estava praticamente fechado, pelo menos por enquanto. E agora, era hora de me concentrar em Henry e Acapulco.— Bom trabalho, Vito. — respondi. — Continue de olho em tudo enquanto eu estiver fora.Desliguei o telefone e voltei a organizar os papéis em minha mesa. A governanta Lupi entrou logo em seguida, trazendo o meu café da manhã, como sempre fazia
Bianca Santoro, Chegamos ao clube pouco depois das dez da noite. A atmosfera era carregada de mistério, e as luzes fracas davam ao lugar um ar de exclusividade e provocação. Era um daqueles clubes onde os ricos e poderosos faziam o que queriam, sem medo de serem vistos ou julgados. Tudo era permitido desde que você soubesse jogar o jogo.Aléssio entrou primeiro, com sua máscara prateada cobrindo parte do rosto, e eu o segui de perto. Minha máscara dourada reluzia com as luzes piscantes do salão, e o vestido preto que ele me mandou usar parecia se encaixar perfeitamente naquela atmosfera de luxúria e poder. Os olhares caíam sobre nós, mas eu tentava não prestar atenção.Assim que entramos, fomos recebidos por Henry, que estava encostado no balcão do bar, com um sorriso provocador no rosto. Ele usava uma máscara negra, e seu olhar lascivo já me deixava desconfortável. Eu sabia que ele era perigoso, e sabia que essa noite não seria fácil. Mas eu estava ali com um propósito, e precisava
Bianca Santoro,Ainda sentada no colo de Aléssio, tudo ao meu redor parecia ter desaparecido. Sua presença era esmagadora, e eu podia sentir cada movimento dele, cada toque firme e controlado. As mãos dele invadiram o meu vestido, descendo lentamente pela minha pele até pararem na borda da minha calcinha. Meu coração batia descontrolado, e minha respiração estava pesada, ofegante. Eu sabia que isso era parte do plano, mas, ao mesmo tempo, não conseguia mais distinguir o que era real e o que era encenação.Os dedos dele deslizaram suavemente por cima do tecido, provocando-me de maneira calculada, quase cruel. Meu corpo reagiu instantaneamente, cada músculo tenso, a pele formigando de excitação. Eu tentei manter o controle, mas ele parecia saber exatamente como me desestabilizar.— R-romano... — murmurei, minha voz mal saindo, um resmungo entrecortado pela sensação que ele provocava em mim. Eu estava completamente perdida, e mesmo que quisesse parar, meu corpo não respondia. Tudo o que
Aléssio Romano,Estacionei o carro na garagem da casa, deixando o motor morrer lentamente. A casa de praia estava completamente isolada, longe de qualquer olhar curioso, e a brisa do mar batia suavemente nas árvores ao redor. Bianca e eu não dissemos uma palavra durante todo o caminho. O silêncio entre nós era tão espesso que parecia ocupar o carro inteiro. Eu não sabia o que estava acontecendo, mas algo tinha mudado naquela noite. E, por mais que eu tentasse ignorar, meus pensamentos não paravam de girar em torno do que aconteceu no clube.Olhei de relance para Bianca. Ela ainda estava sentada no banco ao lado, de cabeça baixa, como se estivesse imersa nos próprios pensamentos. Sua postura indicava tensão, e suas mãos estavam entrelaçadas no colo, como se segurasse algo invisível com força. Eu não conseguia ler sua expressão, e isso me irritava. Eu precisava entender o que diabos estava acontecendo.— O que foi aquilo? — perguntei finalmente, quebrando o silêncio que parecia intermin
Bianca Santoro,Entrei no quarto, fechando a porta atrás de mim com força suficiente para ecoar o som pelo corredor. Senti o peso da noite nos meus ombros, como se tudo aquilo tivesse sido mais intenso do que eu era capaz de aguentar. Sem pensar muito, comecei a tirar as roupas, jogando o vestido no chão como se ele carregasse o fardo dos eventos daquela noite. Minhas pernas estavam cansadas, o corpo ainda formigava com o toque de Aléssio, e minha mente estava uma bagunça completa.Caminhei até o banheiro, abrindo o chuveiro com pressa, deixando a água quente escorrer pelo meu corpo. A água parecia aliviar um pouco da tensão, mas minha cabeça continuava girando com tudo o que aconteceu. A voz de Aléssio ainda ressoava nos meus ouvidos, me pedindo para focar no que era importante, para esquecer o que tinha acontecido entre nós como se fosse um erro passageiro. Mas como esquecer algo que parecia tão real?— Foi só um erro, certo? — murmurei para mim mesma, enquanto esfregava o rosto deb