— Prazer em conhecê-lo. — Thea respondeu. Thea percebeu que Walter não soltava do cumprimento, então fez uma forcinha e retraiu a mão. O homem a avaliou dos pés à cabeça, concluindo que era mesmo uma mulher glamourosa e elegante, como esperado da suposta mulher mais bela de Cansington. O homem também sabia das tais conexões com figurões, porém não se via disposto a abaixar a cabeça diante disso. — Então, senhora Thea, me disseram que você está aqui representando a Pacific. — — Sim, agora sou a presidenta do grupo. Acredito que devemos conversar para esclarecer umas questões financeiras anteriores à minha entrada. — — Entendo. Vamos ao meu escritório, então. — Walter sinalizou o caminho e ela o seguiu. No escritório, Thea se sentou em um sofá, enquanto Walter se ajeitava numa poltrona em frente a ela e encarava o decote da moça, sem disfarçar. — Qual é o assunto? — Walter tinha uma expressão maldosa. Thea falou: — Senhor Kaffenberger, a Pacific sempre foi rigorosa com
Thea foi embora, enquanto Walter ainda pensava na aparência da mulher.— Que mulher é essa, hein?! — Berrou para os guarda-costas.Walter não conseguia esconder o desejo estampado em seu rosto. O homem escutara sobre Thea há muito tempo, inclusive viu fotos, mas nunca esteve diante dela. Depois daquele encontro, testemunhou a beleza ao vivo e concluiu que a fotografias não poderiam reproduzir aquele encantamento. De repente, pegou o telefone.— Aqui é Walter. Venha cá. — Um homem de cabelos compridos, vestindo uma camiseta amarela e com uma aparência de desleixo apareceu com um sorriso brilhante. — Senhor Walter, há algum problema?— Faça com que alguns homens causem problemas na fábrica da Pacific, mas sem exagero. Apenas o suficiente para que não consigam trabalhar bem. — Instruiu Walter.— Certo! Vai ser fácil. — — Thea, eu te avisei. Você vai voltar, implorando como uma cadela. — Walter murmurou, com um sorriso maquiavélico.Thea voltou para o Grupo Pacific, infeliz por
Gladys percebeu também que havia algo estranho com Thea, então insistiu.— Thea, qual é o problema? Por que você está assim? — Ela perguntou preocupada.— Estou bem, mãe. — — Sua cara diz o contrário! — — Problemas na empresa. A Purity Pharmaceuticals deve uma quantia alta para nós, mas fui lá cobrar e não consegui nada. — Thea resolveu contar toda a história para eles, até concluir: — Nunca imaginaria que a Purity Pharmaceuticals tivesse um histórico tão corrupto. Não só não recuperei o dinheiro, como também nos meti em problemas. — — Peça ajuda ao senhor Caden. Ele é muito influente, então deve resolver isso com facilidade. — Disse Gladys, do nada.— Estou considerando. — Thea comeu rápido e subiu para descansar no quarto. A moça se sentia exausta e não queria pensar nos problemas, por enquanto. Enquanto isso, James pensava sobre a situação descrita. Depois de comer, ele limpou a bagunça, recolheu os pratos sujos e os lavou. Levou menos de meia hora para terminar de arruma
Henry não conseguiria obter uma resposta melhor, então apenas dirigiu até a sede da Purity. Como chegaram bem tarde, todo o prédio estava escuro.— James, são quase dez horas, não vai ter ninguém aí. Por que não voltamos amanhã? — — Que amanhã, porra? Vamos na fábrica deles, então. — — Certo. — Henry colocou o destino no GPS e dirigiu. A fábrica ficava longe, lá nos subúrbios. Enquanto eles se dirigiam para o lugar, Henry mandou uma mensagem para Jake, avisando da nova localização. Àquela altura, o rei da informação já havia providenciado mais do que o general requisitara: havia uma quantidade muito grande de capangas, e além de martelos e pés de cabra, o homem arranjou britadeiras e procurava ver se conseguiria um trator. Como a fábrica era no subúrbio, seria fácil chegar até lá com um maquinário pesado assim. Jake também era o gênio da medicina, Jay Fallon, então era impossível que não conhecesse a Purity Pharmaceuticals, mesmo que não controlasse a rede de inteligência do s
Assim, os invasores avançaram, alguns já ligando as britadeiras. O som dos instrumentos era ensurdecedor como o de um terremoto, e até o chão parecia tremer. De repente, um carro avançou, se colocando entre a horda e a fábrica, e um homem parrudo de meia-idade desembarcou. Ficando diante do trator, ele gritou: — Mas que porra é essa aqui?! — Era Peter Dawson, mais conhecido apenas pelo sobrenome, um dos mafiosos mais poderosos do submundo criminoso de Cansington. Após a aparição daquela figura, outros veículos chegaram, dos quais desembarcaram os capangas do próprio Dawson, que cercaram a multidão mobilizada por Jake. Vendo a cena, Henry perguntou: — O que a gente faz, James? — — Não se preocupe. Vamos esperar Walter chegar, para mostrar a ele que mexer com Thea é suicídio. — Enquanto isso, lá no portão da fábrica, Dawson encarava o homem agarrado no trator e berrava: — Eric, o que você está fazendo? Não sabe que eu tenho ações da Purity? Nunca tive um conflito com Jake no
Walter ficou em choque, tentando imaginar, enquanto implorava por misericórdia, quais seriam os motivos para Dawson agredi-lo com tanta força. — Dawson, me desculpe! Desculpe! Eu cometi um erro! Pare de me bater! Eu imploro, por favor, pare de me bater! — Afastando-se de Walter, com os punhos machados de sangue, Dawson se voltou para James e implorou: — James, por favor, trate-me como um idiota e me perdoe. Eu não sabia que a situação era essa. Por favor! — Walter, do chão, não conseguia compreender o contexto do que testemunhava. Por que Dawson se humilhava diante do marido de Thea Callahan? Com muito esforço, o homem tentou se levantar, mas Dawson pisoteara seu joelho, então homem se desequilibrou e caiu outra vez. James, enquanto isso, olhava para aquele que se desculpava e perguntou, já sabendo a resposta: — Você vai me impedir de destruir o lugar? — — Jamais! — Dawson não se atreveria a dar outra resposta. Inclusive, completou: — Melhor ainda, deixe que eu mesmo mandar
Os funcionários da fábrica da Pacific folgaram, por conta dos problemas do dia anterior. Larry era pura ansiedade, porque finalmente receberam ordens e começaram a trabalhar, mas logo se depararam com problemas.— Thea, como você ofendeu Walter? Que tal pedir perdão a ele? Nós estamos perdidos se isso continuar! — 'Pedir perdão? Eu não fiz nada de errado! Por que deveria pedir perdão?', pensou Thea, chateada.— Vou ver isso, Larry. Por favor, volte ao trabalho. — O homem saiu e Thea se sentou na cadeira do escritório, muito desanimada. Se via indefesa naquela situação. A empresa passava por problemas graves, mas não havia nada que ela pudesse fazer para resolver tudo. Ela decidiu, enfim, pedir ajuda ao misterioso senhor Caden.‘Eu vou... eu vou pedir ajuda a ele só desta vez. Não vou procurá-lo novamente depois disso!’, Thea pensou.Bateram à porta, no instante em que Thea se preparava para ir à Majestic. Ela gritou, de trás da escrivaninha: — Entre! —Larry empurrou a porta
Walter suspirou aliviado depois que Thea aceitou o dinheiro. Tinha medo do que Dawson faria a ele caso a moça não aceitasse.— Senhora Thea, obrigado pelo seu perdão. Preciso me despedir, agora. —Walter não queria ficar mais tempo perto da mulher, então saiu apressado, apoiado em um de seus guarda-costas, sob o olhar chocado de Larry, que correu para perguntar a Thea sobre a conversa.— Thea! Thea! — A presidenta apenas sinalizou para interrompê-lo e disse: — Tudo resolvido. Vou colocar o dinheiro na conta da empresa e usá-lo como nossos fundos de expansão, certo? — — Certo? Certo, eu acho. — Larry saiu, confuso.'O que aconteceu? Walter mandou pessoas ontem para causar problemas, mas hoje veio se desculpar e pagar a dívida?’, o homem pensou.Thea se sentou, pensando se deveria visitar a Majestic e agradecer ao senhor Caden. No entanto, mais uma vez Larry voltou ao escritório e lhe interrompeu os pensamentos, avisando:—Thea, veja o noticiário ao vivo! Agora mesmo! — The