Henry não conseguiria obter uma resposta melhor, então apenas dirigiu até a sede da Purity. Como chegaram bem tarde, todo o prédio estava escuro.— James, são quase dez horas, não vai ter ninguém aí. Por que não voltamos amanhã? — — Que amanhã, porra? Vamos na fábrica deles, então. — — Certo. — Henry colocou o destino no GPS e dirigiu. A fábrica ficava longe, lá nos subúrbios. Enquanto eles se dirigiam para o lugar, Henry mandou uma mensagem para Jake, avisando da nova localização. Àquela altura, o rei da informação já havia providenciado mais do que o general requisitara: havia uma quantidade muito grande de capangas, e além de martelos e pés de cabra, o homem arranjou britadeiras e procurava ver se conseguiria um trator. Como a fábrica era no subúrbio, seria fácil chegar até lá com um maquinário pesado assim. Jake também era o gênio da medicina, Jay Fallon, então era impossível que não conhecesse a Purity Pharmaceuticals, mesmo que não controlasse a rede de inteligência do s
Assim, os invasores avançaram, alguns já ligando as britadeiras. O som dos instrumentos era ensurdecedor como o de um terremoto, e até o chão parecia tremer. De repente, um carro avançou, se colocando entre a horda e a fábrica, e um homem parrudo de meia-idade desembarcou. Ficando diante do trator, ele gritou: — Mas que porra é essa aqui?! — Era Peter Dawson, mais conhecido apenas pelo sobrenome, um dos mafiosos mais poderosos do submundo criminoso de Cansington. Após a aparição daquela figura, outros veículos chegaram, dos quais desembarcaram os capangas do próprio Dawson, que cercaram a multidão mobilizada por Jake. Vendo a cena, Henry perguntou: — O que a gente faz, James? — — Não se preocupe. Vamos esperar Walter chegar, para mostrar a ele que mexer com Thea é suicídio. — Enquanto isso, lá no portão da fábrica, Dawson encarava o homem agarrado no trator e berrava: — Eric, o que você está fazendo? Não sabe que eu tenho ações da Purity? Nunca tive um conflito com Jake no
Walter ficou em choque, tentando imaginar, enquanto implorava por misericórdia, quais seriam os motivos para Dawson agredi-lo com tanta força. — Dawson, me desculpe! Desculpe! Eu cometi um erro! Pare de me bater! Eu imploro, por favor, pare de me bater! — Afastando-se de Walter, com os punhos machados de sangue, Dawson se voltou para James e implorou: — James, por favor, trate-me como um idiota e me perdoe. Eu não sabia que a situação era essa. Por favor! — Walter, do chão, não conseguia compreender o contexto do que testemunhava. Por que Dawson se humilhava diante do marido de Thea Callahan? Com muito esforço, o homem tentou se levantar, mas Dawson pisoteara seu joelho, então homem se desequilibrou e caiu outra vez. James, enquanto isso, olhava para aquele que se desculpava e perguntou, já sabendo a resposta: — Você vai me impedir de destruir o lugar? — — Jamais! — Dawson não se atreveria a dar outra resposta. Inclusive, completou: — Melhor ainda, deixe que eu mesmo mandar
Os funcionários da fábrica da Pacific folgaram, por conta dos problemas do dia anterior. Larry era pura ansiedade, porque finalmente receberam ordens e começaram a trabalhar, mas logo se depararam com problemas.— Thea, como você ofendeu Walter? Que tal pedir perdão a ele? Nós estamos perdidos se isso continuar! — 'Pedir perdão? Eu não fiz nada de errado! Por que deveria pedir perdão?', pensou Thea, chateada.— Vou ver isso, Larry. Por favor, volte ao trabalho. — O homem saiu e Thea se sentou na cadeira do escritório, muito desanimada. Se via indefesa naquela situação. A empresa passava por problemas graves, mas não havia nada que ela pudesse fazer para resolver tudo. Ela decidiu, enfim, pedir ajuda ao misterioso senhor Caden.‘Eu vou... eu vou pedir ajuda a ele só desta vez. Não vou procurá-lo novamente depois disso!’, Thea pensou.Bateram à porta, no instante em que Thea se preparava para ir à Majestic. Ela gritou, de trás da escrivaninha: — Entre! —Larry empurrou a porta
Walter suspirou aliviado depois que Thea aceitou o dinheiro. Tinha medo do que Dawson faria a ele caso a moça não aceitasse.— Senhora Thea, obrigado pelo seu perdão. Preciso me despedir, agora. —Walter não queria ficar mais tempo perto da mulher, então saiu apressado, apoiado em um de seus guarda-costas, sob o olhar chocado de Larry, que correu para perguntar a Thea sobre a conversa.— Thea! Thea! — A presidenta apenas sinalizou para interrompê-lo e disse: — Tudo resolvido. Vou colocar o dinheiro na conta da empresa e usá-lo como nossos fundos de expansão, certo? — — Certo? Certo, eu acho. — Larry saiu, confuso.'O que aconteceu? Walter mandou pessoas ontem para causar problemas, mas hoje veio se desculpar e pagar a dívida?’, o homem pensou.Thea se sentou, pensando se deveria visitar a Majestic e agradecer ao senhor Caden. No entanto, mais uma vez Larry voltou ao escritório e lhe interrompeu os pensamentos, avisando:—Thea, veja o noticiário ao vivo! Agora mesmo! — The
Percebendo que a enrolavam demais e que ela não poderia ver o tal presidente, resolveu desistir do cargo. Embora a Majestic fosse uma grande corporação e tivesse uma classificação muito alta em Cansington, ainda era muito inferior em comparação com o Grupo Transgeracional, que era muito mais moderno e parecia ter um futuro mais promissor. A mulher não permaneceria numa empresa menor apenas para tratar de uma pequena satisfação pessoal, já que era alguém com uma carreira bem estabelecida e boas referências. Se seu antigo amor estivesse mesmo vivo, em algum momento se encontrariam, então deixou isso quieto. — Olha só! — Quincy se divertiu ao ver James vestido com roupas casuais. — Que coincidência, James. Vejo você em quase todos os lugares, afinal. O que você está fazendo aqui? — — Você não se candidatou na Majestic? Por que você está aqui agora? — James a respondeu com outra pergunta.— Aquele lugar seria um desperdício do meu talento. Depois de pensar bem, concluí que as possibil
Na sala de entrevistas, um entrevistador de meia-idade recebeu uma ligação.— Sim... Sim, tudo bem. — Ele desligou a chamada e olhou para Quincy, sentada à sua frente. O homem se levantou com um sorriso e disse: — Parabéns, dona Xyla. A presidenta está muito satisfeito com você. Queremos fazer um teste contigo: três meses no cargo de vice-presidenta. Espero que você tenha um bom desempenho e não decepcione as expectativas da empresa. — — Como é?! — Quincy ficou surpresa.Ela especificou, ao se candidatar, que almejava o cargo de gerente de departamento. No entanto, agora, de repente, ofereceram-lhe o cargo de vice-presidenta. Era estranho, porque aquela função no Grupo Transgeracional não era comparável à mesma na Majestic. As empresas tinham valores de mercado de diferença assustadora, então, embora fosse a mesma posição, as responsabilidades eram bem distintas. Enquanto a moça refletia, James começava a falar com Scarlett sobre aquilo que, de início, aparecera lá para resolve
Scarlett sabia que, em qualquer ambiente, aqueles sem recursos eram muitas vezes desprezados. Por isso, ela preparou vários crachás de identidade para James, que ele poderia usar em contextos diferentes. Quando o homem as recebeu, ele as examinou.“[Nome: James Caden][Cargo: Presidente do Grupo Transgeracional]”…“[Nome: James Caden][Cargo: Chefe do Departamento de Segurança]”…“[Nome: James Caden][Cargo: Gerente Geral do Grupo Transgeracional]”…James achou graça de ver tantas versões de si nos cartõezinhos.— Mas o que eu vou fazer com isso? Me exibir? — James gostava de levar a vida sem dificuldade.— Não! É para caso precise, em alguma situação! — — Ah, faz sentido! Vou levar só a de executivo de contas, mas pode guardar o resto. — — Tudo bem. — Scarlett pegou os cartões e os colocou numa gaveta.Depois de passar tanto tempo na empresa, James se preparou para ir embora. Quando saiu da Torre Transgeracional, ficou impressionado com a quantidade de profissionai