‘Thea é uma linda mulher, então é natural que chame a atenção de tantos homens’, o homem pensou. Gladys continuava batendo na porta, num ritmo insuportável. Dentro do quarto, Thea e James não pensavam em responder. Momentos depois, a mulher desistiu de insistir, provavelmente porque Zavier se retirara. Thea suspirou de alívio ao imaginar a possibilidade, então olhou para James. A moça ficou corada, o que despertou a preocupação do marido. — Qual é o problema, Thea? Você não está se sentindo bem? —— Não! Quer dizer, sim! Eu estou bem! — Thea abaixou a cabeça, reuniu coragem e murmurou. — Querido, vamos fazer isso. Vou me entregar a você. —Embora aquele fosse seu marido, a moça ainda se sentia envergonhada de dizer tais coisas, porque, por natureza, sempre foi muito tímida. O corpo de James tremeu ao ouvir suas palavras, percebendo que o dia finalmente chegou. James sempre esperou pela vontade de Thea, mesmo depois de tanto tempo. Até então, no relacionamento, toda a proximidade do
Thea saiu do quarto e verificou a sala. Ficou aliviada, porque Zavier foi mesmo embora.— Thea Callahan! — Gladys imediatamente repreendeu a filha. — O que há de tão bom em James? Zavier vem de uma família riquíssima! O rapaz é o único filho de Gavin Watson e herdará os negócios da família mais cedo ou mais tarde! — — Mãe, não tenho tempo para isso! Estou de saída! — Thea voou pela porta, pegando o celular e ligando para o marido: — Querido, vou fazer uma visita à Longevity Pharmaceuticals, para pedir apoio de Yuna, sabe? Com a Pacific! —— Tudo bem, meu amor! — James concordou.James saiu do quarto, pouco tempo depois. Assim que botou o pé na escada, Gladys, da sala, gritou, interrompendo seu avanço: — Pare aí mesmo! — — O que foi, minha sogra? — James se aproximou, dando passos desajeitados.Gladys pegou um cheque do bolso, já preenchido, e estendeu a mão para entregar ao homem, dizendo-lhe, com indiferença: — Esse dinheiro é para que você deixe minha filha. São algumas
Abrir uma clínica na Nine Dragons foi uma ideia horrível. As pessoas em Cansington jamais iriam até lá para ver um médico, porque havia lugares mais centrais e conhecidos. Quem vinha de fora, visitando a capital da medicina, também não procurava por pequenas clínicas comuns. Ironicamente, esse era o nome da clínica em que Henry se instalara. A porta da Common estava entreaberta, quando James chegou e escutou uma voz feminina.— O que está acontecendo? — Estranhou.Nunca costumava encontrar ninguém na clínica, então uma conversa, qualquer que fosse, era atípica, desde que Scarlett saíra de lá. O general ficou da porta, escutando, enquanto, na clínica, Henry estava em uma cadeira, com uma mulher de pé, diante dele. Ela parecia ter uns vinte e cinco anos, vestia-se de maneira recatada, usando um lindo vestido e uma maquiagem leve.— Não acho que somos adequados um para o outro, Henry. Você não tem carro, não tem nada! Olha essa péssima clínica nem tem clientes! Meus requisitos para um
Henry tinha um carro, apesar do julgamento equivocado da moça do aplicativo de relacionamentos. Tratava-se de um Tesla, que o próprio militar modificou para atender a algumas de suas necessidades, tornando o carro superior a um modelo convencional da linha. Foi nesse veículo que deixaram a Nine Dragons, a caminho do lugar recomendado pelo CEO da Celestial.— Para onde vamos, James? — — Para a região da boemia, meu amigo. Bota no GPS aí, o nome é Clube Great Dignity, na Rua Mount. —— Que nome irônico. Tudo bem. — Respondeu Henry, na direção. — Na verdade, Michelle me pareceu uma pessoa bastante decente, apesar da crueldade. Eu li sobre suas informações no perfil, no aplicativo. Ela se formou em uma universidade dessas difíceis, mas esqueci a sigla do lugar. Trabalha como gerente de uma grande empresa, deve ganhar direitinho. Compreensivelmente, muita areia para meu caminhãozinho. Entendo a frustração dela. — O rapaz explicou.— Estamos falando sobre a moça que te tratou como um fo
— Mas já estamos aqui! Por que voltar? Pelo menos dê uma olhada ao redor! — James pegou seu telefone e ligou para Alex para perguntar sobre um lugar. O homem o pediu para esperar que ele chegasse, porque entrariam juntos. De repente, um Rolls-Royce se aproximou e parou diante da dupla, então o CEO desembarcou. — Sinto muito, James. Peguei um engarrafamento fodido! —— Tudo bem, nós também acabamos de chegar. Estamos aqui por causa de Henry, que as massas conhecem como Sombra Mortal das Planícies do Sul. Você precisa me ajudar a arrumar uma boa moça para nosso rapaz, Alex. O homem precisa se livrar de suas mágoas, então não vamos decepcioná-lo, está bem? Meu amigo merece a melhor! —— Faremos o possível e o impossível, certamente. Por favor, acompanhem-me! — Alex gesticulou para que entrassem.Ele conduziu pessoalmente James e Henry ao clube exclusivo, então foram até um quarto privativo. Uma mulher sensual os cumprimentou.— Senhor Yates e amigos, olá! —A mulher era belíssima
Enquanto James se esforçava para conter a risada, Henry vivia o mais puro constrangimento, de tão envergonhado. Alex suspirou de alívio, vendo que o general, cheio de certeza, escolheu uma moça e parecia satisfeito. Michelle, do outro lado da sala, viu-se atordoada e ainda não conseguia imaginar o contexto da situação.‘Ele não é um quebrado? Por que Alex Yates está aqui o acompanhando?’— Posso ajudar em mais alguma coisa, rapazes? — A moça que organizara as acompanhantes se mostrou solícita.— Para dizer a verdade, deixemos as moças todas aqui. Alguma de vocês tem compromisso por agora? Só fica quem se sentir à vontade! A ideia é participar da brincadeira apenas se quiser! — James questionou, mas nenhuma delas se manifestou.As moças se acomodaram no quarto, aproximando-se do trio, cheias de luxúria. Todas elas exalavam sensualidade, numa dinâmica praticamente ritualística, que atrairia homens e mulheres facilmente, para além do desejo por sexo. Definitivamente, não era só um pro
— Certo, vou agilizar tudo. — James desligou o telefone e pegou um táxi para a casa de Yosef, mesmo que já fosse tarde. O velho temia que o marido de Thea procurasse retaliação, então pediu a seu filho, Charlie Zaborowski, que arranjasse alguns amigos para fazer sua proteção e garantir que James apanhasse até ficar irreconhecível, caso aparecesse em sua casa.— Venham, rapazes. Tomem uma bebida! —O filho de Yosef, Charlie, recebeu bem os amigos, que eram um bando de brutamontes. Enquanto se enchiam de cerveja e carne assada, o homem mais jovem do grupo, que trajava uma camiseta preta, disse, confiante: — Fica tranquilo, Charles. Eu vou moer esse James na porrada, sozinho. —— Vai rolar grana depois, galera, então fiquem de boa. Vão sair daqui e curtir com a mulherada, assim que parecer que a barra tá limpa. Só precisamos esperar porque meu velho está achando que esse cara pode aparecer e arrumar problema. — Charlie sorriu e ficou aliviado por ter seus amigos presentes.— Traz
Yosef, Charlie e seus projetos de capangas foram levados pela polícia.— Senhor James. — O líder da equipe interpelou o general e perguntou respeitosamente: — Como você gostaria que investigássemos a família Callahan? — Aquele homem era o chefe do Departamento de Investigação de Crimes Comerciais e se chamava Wayne Jackson. Antes de chegar, procurou saber a identidade de James e sabia que ele era ligado à família que mandou investigar. No entanto, o homem permanecia alheio às outras identidades de James. Tudo o que que sabia era que uma pessoa qualquer não seria tratada com tanto respeito por Daniel, que era subordinado direto do Rei Alegre. Assim, o policial não se sentia confiante em relação à abordagem que deveria assumir diante dos Callahan, por isso perguntou.— Após as investigações, aqueles que merecerem a cadeia, irão para a cadeia, enquanto aqueles que merecerem multas, serão multados. — James foi sucinto.— Certo, senhor James. — Wayne assentiu e se retirou.— Eu o inco