Já era meio-dia quando Thea e James saíram da fábrica da Pacific. Os dois montaram na motocicleta elétrica e dirigiram, ainda sem destino certo.— Querido, não vamos almoçar em casa hoje. Devíamos comer fora, para comemorar. — Thea passou os braços em volta de James, sentada atrás dele.O vento relativamente forte despenteou seu cabelo preto e volumoso, enquanto a moça enterrava a cabeça nas costas do marido, para se proteger da ventania.— Claro, meu bem! — James se sentia mais do que disposto, já que fazia muito tempo que não comia sozinho com Thea. — Devemos ir ao The Gourmand? — Thea balançou a cabeça e disse: — Não! Toda vez que vou lá, Bryan vem me cumprimentar pessoalmente, como se eu fosse uma figura importante! É vergonhoso! — — Bem, você é uma pessoa muito importante, agora! Quem mais ele iria bajular, além de você? — James riu.— Não sou! Tratam-me assim por outro motivo. — Thea soltou.— Ah, é mesmo? É por causa de quê? —— Nada! — Repensou.Thea balançou a cab
Zavier ficou fascinado com a beleza de Thea. Ele tinha conhecido inúmeras mulheres lindíssimas, no exterior. Com sua origem familiar, o homem esteve com muitas celebridades, por exemplo. No entanto, já havia passado da idade de brincar.— Aquela mulher será minha, rapazes. — Declarou, apontando o dedo para a desavisada, que estava no andar de baixo, e cerrou o punho, como se pegasse algo no ar. Rapidamente, recolheu a mão e a colocou no peito, forjando um drama jocoso.Enquanto isso, Thea não imaginava que era um alvo. Ela bebeu um pouco de vinho e ficou corada, tornando-se muito mais charmosa. James se sentia obcecado pela beleza da esposa. Sentado à frente da moça, encarou seu rosto atraente e a observou segurar, meio desastrada, a taça de vinho, enquanto irradiava uma aura hipnotizante. O general estava adorando aquele momento com Thea.— O que você está olhando? Você me vê todos os dias, não teve o suficiente? — Thea perguntou, fazendo graça, gesticulando como se arrancasse os p
Zavier foi extremamente generoso, dando-lhes presentes absurdos. O homem simplesmente deixou a chave do carro na mão de David e emprestou aos Callahan uma mansão no distrito mais exclusivo dos arredores da cidade. Sem dúvidas, o ricaço conquistou completamente os gananciosos Callahan. Gladys começou a mover os pauzinhos para o pretenso genro, pegando o telefone e ligando para Thea, pedindo à moça para voltar às pressas. James e Thea tinham acabado de chegar ao cinema e se recostavam, abraçados um ao outro, em uma confortável poltrona de casal. Os dois entrelaçaram os dedos das mãos e Thea deitou a cabeça sobre seu peito. A moça recebeu a ligação da mãe e a atendeu, pegando o celular de lado e falando baixinho. James não prestou atenção na conversa, porque permaneceu atento ao início do filme. Sua esposa se virou para encará-lo e não pôde deixar de lamentar, dizendo: — Querido, parece que não vamos conseguir ver o filme. —— O que houve? — perguntou James.— Não sei o que acontece
‘Thea é uma linda mulher, então é natural que chame a atenção de tantos homens’, o homem pensou. Gladys continuava batendo na porta, num ritmo insuportável. Dentro do quarto, Thea e James não pensavam em responder. Momentos depois, a mulher desistiu de insistir, provavelmente porque Zavier se retirara. Thea suspirou de alívio ao imaginar a possibilidade, então olhou para James. A moça ficou corada, o que despertou a preocupação do marido. — Qual é o problema, Thea? Você não está se sentindo bem? —— Não! Quer dizer, sim! Eu estou bem! — Thea abaixou a cabeça, reuniu coragem e murmurou. — Querido, vamos fazer isso. Vou me entregar a você. —Embora aquele fosse seu marido, a moça ainda se sentia envergonhada de dizer tais coisas, porque, por natureza, sempre foi muito tímida. O corpo de James tremeu ao ouvir suas palavras, percebendo que o dia finalmente chegou. James sempre esperou pela vontade de Thea, mesmo depois de tanto tempo. Até então, no relacionamento, toda a proximidade do
Thea saiu do quarto e verificou a sala. Ficou aliviada, porque Zavier foi mesmo embora.— Thea Callahan! — Gladys imediatamente repreendeu a filha. — O que há de tão bom em James? Zavier vem de uma família riquíssima! O rapaz é o único filho de Gavin Watson e herdará os negócios da família mais cedo ou mais tarde! — — Mãe, não tenho tempo para isso! Estou de saída! — Thea voou pela porta, pegando o celular e ligando para o marido: — Querido, vou fazer uma visita à Longevity Pharmaceuticals, para pedir apoio de Yuna, sabe? Com a Pacific! —— Tudo bem, meu amor! — James concordou.James saiu do quarto, pouco tempo depois. Assim que botou o pé na escada, Gladys, da sala, gritou, interrompendo seu avanço: — Pare aí mesmo! — — O que foi, minha sogra? — James se aproximou, dando passos desajeitados.Gladys pegou um cheque do bolso, já preenchido, e estendeu a mão para entregar ao homem, dizendo-lhe, com indiferença: — Esse dinheiro é para que você deixe minha filha. São algumas
Abrir uma clínica na Nine Dragons foi uma ideia horrível. As pessoas em Cansington jamais iriam até lá para ver um médico, porque havia lugares mais centrais e conhecidos. Quem vinha de fora, visitando a capital da medicina, também não procurava por pequenas clínicas comuns. Ironicamente, esse era o nome da clínica em que Henry se instalara. A porta da Common estava entreaberta, quando James chegou e escutou uma voz feminina.— O que está acontecendo? — Estranhou.Nunca costumava encontrar ninguém na clínica, então uma conversa, qualquer que fosse, era atípica, desde que Scarlett saíra de lá. O general ficou da porta, escutando, enquanto, na clínica, Henry estava em uma cadeira, com uma mulher de pé, diante dele. Ela parecia ter uns vinte e cinco anos, vestia-se de maneira recatada, usando um lindo vestido e uma maquiagem leve.— Não acho que somos adequados um para o outro, Henry. Você não tem carro, não tem nada! Olha essa péssima clínica nem tem clientes! Meus requisitos para um
Henry tinha um carro, apesar do julgamento equivocado da moça do aplicativo de relacionamentos. Tratava-se de um Tesla, que o próprio militar modificou para atender a algumas de suas necessidades, tornando o carro superior a um modelo convencional da linha. Foi nesse veículo que deixaram a Nine Dragons, a caminho do lugar recomendado pelo CEO da Celestial.— Para onde vamos, James? — — Para a região da boemia, meu amigo. Bota no GPS aí, o nome é Clube Great Dignity, na Rua Mount. —— Que nome irônico. Tudo bem. — Respondeu Henry, na direção. — Na verdade, Michelle me pareceu uma pessoa bastante decente, apesar da crueldade. Eu li sobre suas informações no perfil, no aplicativo. Ela se formou em uma universidade dessas difíceis, mas esqueci a sigla do lugar. Trabalha como gerente de uma grande empresa, deve ganhar direitinho. Compreensivelmente, muita areia para meu caminhãozinho. Entendo a frustração dela. — O rapaz explicou.— Estamos falando sobre a moça que te tratou como um fo
— Mas já estamos aqui! Por que voltar? Pelo menos dê uma olhada ao redor! — James pegou seu telefone e ligou para Alex para perguntar sobre um lugar. O homem o pediu para esperar que ele chegasse, porque entrariam juntos. De repente, um Rolls-Royce se aproximou e parou diante da dupla, então o CEO desembarcou. — Sinto muito, James. Peguei um engarrafamento fodido! —— Tudo bem, nós também acabamos de chegar. Estamos aqui por causa de Henry, que as massas conhecem como Sombra Mortal das Planícies do Sul. Você precisa me ajudar a arrumar uma boa moça para nosso rapaz, Alex. O homem precisa se livrar de suas mágoas, então não vamos decepcioná-lo, está bem? Meu amigo merece a melhor! —— Faremos o possível e o impossível, certamente. Por favor, acompanhem-me! — Alex gesticulou para que entrassem.Ele conduziu pessoalmente James e Henry ao clube exclusivo, então foram até um quarto privativo. Uma mulher sensual os cumprimentou.— Senhor Yates e amigos, olá! —A mulher era belíssima