O processo de transferência foi tranquilo. Trevor pediu a sua secretária para redigir um contrato, enquanto James se conectava ao banco on-line e transferia toda a quantia de milhões para a conta pessoal de Trevor, instantaneamente. Ao mesmo tempo, James também transferiu mais um valor para a conta da empresa, para ajudar no que precisassem, como reformas necessárias, pagamentos de dívidas e capital de giro. Assim, o acordo se concluía sem problemas. Trevor olhou para Thea e lhe deu um toquinho no ombro, satisfeito com o negócio.— Thea, estou deixando a empresa em suas mãos. Não consegui levá-la a alturas maiores, mas espero que você possa levá-la à glória plena. — Desejou.— Não se preocupe, tio-avô. Com certeza farei disso a minha missão de vida. — Prometeu Thea, tranquilizando o velho.— Por falar nisso — Larry lembrou-se de repente e virou-se para Thea, para informá-la: — Os funcionários da empresa estão fazendo barulho na fábrica e apareceram com uma dúzia de caminhões. Ameaça
Trevor entendia as dificuldades dos funcionários da fábrica, então supôs que se acalmariam se vissem que um novo rosto seria o responsável pelo lugar. Assim, apontou para Thea, ao lado dele, e anunciou: — Pessoal, esta é a nova presidenta da empresa, Thea. Ela estará à frente de tudo a partir de hoje. Fiquem tranquilos! A fábrica tem o dinheiro agora e emitirá imediatamente os salários de todos! —— O que? Thea Callahan? —— Essa moça não é CEO da Eternality? Por que veio para cá? —— Você está dizendo a verdade, senhor Trevor? — Os funcionários tinham os olhos fixos na recém-chegada.— Sim, é a verdade! Todos receberão seus salários de três meses que foram atrasados anteriormente. Além disso, decidi dar a todos uma metade do salário, como extra, uma compensação justa pelos atrasos. Prometo que todos terão que trabalhar todos os dias e podem até ter que fazer horas extras quando a empresa voltar aos trilhos! Com certeza, o rendimento irá melhorar a vida de vocês também. — Ela d
O tumulto dos funcionários não afetou o humor de Thea. De sua perspectiva, uma empresa não precisava de colaboradores tão voláteis, já que sequer tentaram conversar com ela direito antes da partida. A jovem jamais imploraria para que ficassem, se queriam tanto ir embora. Para aqueles que optaram por permanecer, a mulher daria um aumento substancial salário.— Senhora Callahan, vou lhe mostrar a fábrica. —Trevor fez um gesto, indicando-lhe o caminho.— Papai, vovô! — Quinton finalmente teve a oportunidade de abordá-los. Ele olhou para Thea com confusão. — Vovô, o que está acontecendo? Como o chefe da empresa se tornou Thea, a CEO da Eternality? —— Esta empresa é o esforço da minha vida e não suportaria que caísse nas mãos de alguém de fora. Thea não é uma estranha. A empresa certamente florescerá nas mãos de uma parente dedicada. — Explicou Trevor.— Vou me certificar de corresponder às suas expectativas, tio-avô. — A nova dona da empresa lhe garantiu.Assim, o grupo adentrou a
Seria possível abrir um restaurante, nas Ruas da Gastronomia, ou uma grande loja voltada para tecnologia, no Vale da Informática. Qualquer grande empreendimento era elegível para abrir uma loja ali e usufruir de inúmeros benefícios, desde que pudesse arcar com as taxas terrivelmente altas. Óbvio que o antigo dono da Pacific nunca sonharia em entrar na Cidade Nova Transgeracional.— Você está falando sério, senhora Callahan? — Quinton estava animado.— Podem me chamar de Thea! E sim, nós vamos tentar. Pode funcionar, ou não, mas não custa nada arriscar! Ou melhor, custa. — Honestamente, ela não se sentia confiante para um passo tão grande.Quando estava na Eternality, a jovem se preparava e trabalhava para expandir os negócios, visando aumentar a qualificação da empresa para garantir uma vaga na Cidade Nova Transgeracional. Agora, Thea tinha ainda menos certeza sobre as chances, já que o Grupo Pacific era muito menor em relação à empresa de seu avô. Mesmo assim, ainda era o sonho del
Já era meio-dia quando Thea e James saíram da fábrica da Pacific. Os dois montaram na motocicleta elétrica e dirigiram, ainda sem destino certo.— Querido, não vamos almoçar em casa hoje. Devíamos comer fora, para comemorar. — Thea passou os braços em volta de James, sentada atrás dele.O vento relativamente forte despenteou seu cabelo preto e volumoso, enquanto a moça enterrava a cabeça nas costas do marido, para se proteger da ventania.— Claro, meu bem! — James se sentia mais do que disposto, já que fazia muito tempo que não comia sozinho com Thea. — Devemos ir ao The Gourmand? — Thea balançou a cabeça e disse: — Não! Toda vez que vou lá, Bryan vem me cumprimentar pessoalmente, como se eu fosse uma figura importante! É vergonhoso! — — Bem, você é uma pessoa muito importante, agora! Quem mais ele iria bajular, além de você? — James riu.— Não sou! Tratam-me assim por outro motivo. — Thea soltou.— Ah, é mesmo? É por causa de quê? —— Nada! — Repensou.Thea balançou a cab
Zavier ficou fascinado com a beleza de Thea. Ele tinha conhecido inúmeras mulheres lindíssimas, no exterior. Com sua origem familiar, o homem esteve com muitas celebridades, por exemplo. No entanto, já havia passado da idade de brincar.— Aquela mulher será minha, rapazes. — Declarou, apontando o dedo para a desavisada, que estava no andar de baixo, e cerrou o punho, como se pegasse algo no ar. Rapidamente, recolheu a mão e a colocou no peito, forjando um drama jocoso.Enquanto isso, Thea não imaginava que era um alvo. Ela bebeu um pouco de vinho e ficou corada, tornando-se muito mais charmosa. James se sentia obcecado pela beleza da esposa. Sentado à frente da moça, encarou seu rosto atraente e a observou segurar, meio desastrada, a taça de vinho, enquanto irradiava uma aura hipnotizante. O general estava adorando aquele momento com Thea.— O que você está olhando? Você me vê todos os dias, não teve o suficiente? — Thea perguntou, fazendo graça, gesticulando como se arrancasse os p
Zavier foi extremamente generoso, dando-lhes presentes absurdos. O homem simplesmente deixou a chave do carro na mão de David e emprestou aos Callahan uma mansão no distrito mais exclusivo dos arredores da cidade. Sem dúvidas, o ricaço conquistou completamente os gananciosos Callahan. Gladys começou a mover os pauzinhos para o pretenso genro, pegando o telefone e ligando para Thea, pedindo à moça para voltar às pressas. James e Thea tinham acabado de chegar ao cinema e se recostavam, abraçados um ao outro, em uma confortável poltrona de casal. Os dois entrelaçaram os dedos das mãos e Thea deitou a cabeça sobre seu peito. A moça recebeu a ligação da mãe e a atendeu, pegando o celular de lado e falando baixinho. James não prestou atenção na conversa, porque permaneceu atento ao início do filme. Sua esposa se virou para encará-lo e não pôde deixar de lamentar, dizendo: — Querido, parece que não vamos conseguir ver o filme. —— O que houve? — perguntou James.— Não sei o que acontece
‘Thea é uma linda mulher, então é natural que chame a atenção de tantos homens’, o homem pensou. Gladys continuava batendo na porta, num ritmo insuportável. Dentro do quarto, Thea e James não pensavam em responder. Momentos depois, a mulher desistiu de insistir, provavelmente porque Zavier se retirara. Thea suspirou de alívio ao imaginar a possibilidade, então olhou para James. A moça ficou corada, o que despertou a preocupação do marido. — Qual é o problema, Thea? Você não está se sentindo bem? —— Não! Quer dizer, sim! Eu estou bem! — Thea abaixou a cabeça, reuniu coragem e murmurou. — Querido, vamos fazer isso. Vou me entregar a você. —Embora aquele fosse seu marido, a moça ainda se sentia envergonhada de dizer tais coisas, porque, por natureza, sempre foi muito tímida. O corpo de James tremeu ao ouvir suas palavras, percebendo que o dia finalmente chegou. James sempre esperou pela vontade de Thea, mesmo depois de tanto tempo. Até então, no relacionamento, toda a proximidade do