— Tio-avô, vamos agilizar tudo, então? — Thea olhou para Trevor.— Mas Thea, você tem o dinheiro? — A empolgação de Trevor gradualmente se acalmou e ele perguntou, incerto. — Você não está brincando comigo, certo? — — Dê-me o cartão. — Thea olhou para James.James imediatamente sacou seu Black Dragon Card.— Quanto dinheiro tem aqui? — A moça perguntou.Ela acreditava que James tivesse passado pelo tribunal militar e que o expulsaram do exército porque mexeu ilegalmente com muito dinheiro. A jovem não fazia ideia de quanto, realmente, o marido tinha acumulado, porque nunca perguntou.— Não é muito, mas deve bastar. — James bancou o humilde.Thea lhe deu um voto de confiança, acreditando que teria o suficiente para resolver aquela questão e os demais problemas atuais de sua família. Com alguma pesquisa, a jovem ficou ciente de quanto dinheiro a guerra movimentava, no sul do país. As quantias eram realmente alarmantes, mesmo para soldados comuns, como James. O que ela não sabia a
Calvin Oswald era um morador de Cansington e estava, naturalmente, ciente de quem Thea Callahan, CEO da Eternality. ‘Lex já não rompeu relações com Trevor? Então, por que Thea está aqui?’, Calvin se perguntou, confuso. O homem vinha empreendendo um grande esforço para adquirir a Pacific, inclusive fazendo empréstimos claramente perigosos, visando minar os recursos da empresa e comprá-la depois de seu total esgotamento. O Grupo Pacific era quase dele, mas Thea apareceu de repente, algo que o deixou preocupado.— Você deve ser Thea, da Eternality? — Perguntou. — Olá, senhora Callahan. Eu sou Calvin, dos Oswald. — O rapaz se levantou e estendeu a mão para cumprimentar a recém-chegada, com um sorriso.— Quem? — Thea olhou para o rapaz, demonstrando, em seu lindo rosto nada além de indiferença. Calvin retraiu a mão, em constrangimento, e disse com um sorriso estranho: — Senhora Callahan, você não estaria aqui para emprestar dinheiro ao Grupo Pacific, certo? —— Emprestar? Não. Estamo
O processo de transferência foi tranquilo. Trevor pediu a sua secretária para redigir um contrato, enquanto James se conectava ao banco on-line e transferia toda a quantia de milhões para a conta pessoal de Trevor, instantaneamente. Ao mesmo tempo, James também transferiu mais um valor para a conta da empresa, para ajudar no que precisassem, como reformas necessárias, pagamentos de dívidas e capital de giro. Assim, o acordo se concluía sem problemas. Trevor olhou para Thea e lhe deu um toquinho no ombro, satisfeito com o negócio.— Thea, estou deixando a empresa em suas mãos. Não consegui levá-la a alturas maiores, mas espero que você possa levá-la à glória plena. — Desejou.— Não se preocupe, tio-avô. Com certeza farei disso a minha missão de vida. — Prometeu Thea, tranquilizando o velho.— Por falar nisso — Larry lembrou-se de repente e virou-se para Thea, para informá-la: — Os funcionários da empresa estão fazendo barulho na fábrica e apareceram com uma dúzia de caminhões. Ameaça
Trevor entendia as dificuldades dos funcionários da fábrica, então supôs que se acalmariam se vissem que um novo rosto seria o responsável pelo lugar. Assim, apontou para Thea, ao lado dele, e anunciou: — Pessoal, esta é a nova presidenta da empresa, Thea. Ela estará à frente de tudo a partir de hoje. Fiquem tranquilos! A fábrica tem o dinheiro agora e emitirá imediatamente os salários de todos! —— O que? Thea Callahan? —— Essa moça não é CEO da Eternality? Por que veio para cá? —— Você está dizendo a verdade, senhor Trevor? — Os funcionários tinham os olhos fixos na recém-chegada.— Sim, é a verdade! Todos receberão seus salários de três meses que foram atrasados anteriormente. Além disso, decidi dar a todos uma metade do salário, como extra, uma compensação justa pelos atrasos. Prometo que todos terão que trabalhar todos os dias e podem até ter que fazer horas extras quando a empresa voltar aos trilhos! Com certeza, o rendimento irá melhorar a vida de vocês também. — Ela d
O tumulto dos funcionários não afetou o humor de Thea. De sua perspectiva, uma empresa não precisava de colaboradores tão voláteis, já que sequer tentaram conversar com ela direito antes da partida. A jovem jamais imploraria para que ficassem, se queriam tanto ir embora. Para aqueles que optaram por permanecer, a mulher daria um aumento substancial salário.— Senhora Callahan, vou lhe mostrar a fábrica. —Trevor fez um gesto, indicando-lhe o caminho.— Papai, vovô! — Quinton finalmente teve a oportunidade de abordá-los. Ele olhou para Thea com confusão. — Vovô, o que está acontecendo? Como o chefe da empresa se tornou Thea, a CEO da Eternality? —— Esta empresa é o esforço da minha vida e não suportaria que caísse nas mãos de alguém de fora. Thea não é uma estranha. A empresa certamente florescerá nas mãos de uma parente dedicada. — Explicou Trevor.— Vou me certificar de corresponder às suas expectativas, tio-avô. — A nova dona da empresa lhe garantiu.Assim, o grupo adentrou a
Seria possível abrir um restaurante, nas Ruas da Gastronomia, ou uma grande loja voltada para tecnologia, no Vale da Informática. Qualquer grande empreendimento era elegível para abrir uma loja ali e usufruir de inúmeros benefícios, desde que pudesse arcar com as taxas terrivelmente altas. Óbvio que o antigo dono da Pacific nunca sonharia em entrar na Cidade Nova Transgeracional.— Você está falando sério, senhora Callahan? — Quinton estava animado.— Podem me chamar de Thea! E sim, nós vamos tentar. Pode funcionar, ou não, mas não custa nada arriscar! Ou melhor, custa. — Honestamente, ela não se sentia confiante para um passo tão grande.Quando estava na Eternality, a jovem se preparava e trabalhava para expandir os negócios, visando aumentar a qualificação da empresa para garantir uma vaga na Cidade Nova Transgeracional. Agora, Thea tinha ainda menos certeza sobre as chances, já que o Grupo Pacific era muito menor em relação à empresa de seu avô. Mesmo assim, ainda era o sonho del
Já era meio-dia quando Thea e James saíram da fábrica da Pacific. Os dois montaram na motocicleta elétrica e dirigiram, ainda sem destino certo.— Querido, não vamos almoçar em casa hoje. Devíamos comer fora, para comemorar. — Thea passou os braços em volta de James, sentada atrás dele.O vento relativamente forte despenteou seu cabelo preto e volumoso, enquanto a moça enterrava a cabeça nas costas do marido, para se proteger da ventania.— Claro, meu bem! — James se sentia mais do que disposto, já que fazia muito tempo que não comia sozinho com Thea. — Devemos ir ao The Gourmand? — Thea balançou a cabeça e disse: — Não! Toda vez que vou lá, Bryan vem me cumprimentar pessoalmente, como se eu fosse uma figura importante! É vergonhoso! — — Bem, você é uma pessoa muito importante, agora! Quem mais ele iria bajular, além de você? — James riu.— Não sou! Tratam-me assim por outro motivo. — Thea soltou.— Ah, é mesmo? É por causa de quê? —— Nada! — Repensou.Thea balançou a cab
Zavier ficou fascinado com a beleza de Thea. Ele tinha conhecido inúmeras mulheres lindíssimas, no exterior. Com sua origem familiar, o homem esteve com muitas celebridades, por exemplo. No entanto, já havia passado da idade de brincar.— Aquela mulher será minha, rapazes. — Declarou, apontando o dedo para a desavisada, que estava no andar de baixo, e cerrou o punho, como se pegasse algo no ar. Rapidamente, recolheu a mão e a colocou no peito, forjando um drama jocoso.Enquanto isso, Thea não imaginava que era um alvo. Ela bebeu um pouco de vinho e ficou corada, tornando-se muito mais charmosa. James se sentia obcecado pela beleza da esposa. Sentado à frente da moça, encarou seu rosto atraente e a observou segurar, meio desastrada, a taça de vinho, enquanto irradiava uma aura hipnotizante. O general estava adorando aquele momento com Thea.— O que você está olhando? Você me vê todos os dias, não teve o suficiente? — Thea perguntou, fazendo graça, gesticulando como se arrancasse os p