Na opinião de James, a família deveria se desapegar do grupo central dos Callahan e estabelecer seu próprio negócio. No entanto, Gladys era absolutamente contra, acreditando que deveriam enfrentar a óbvia conspiração de Howard e sua família. Deixar o grupo empresarial de lado seria dar aos canalhas exatamente o que queriam, algo que a matriarca não poderia suportar. Mesmo que soubessem que era uma armação, não poderiam apresentar qualquer evidência disso, então, por ora, só poderiam assistir à derrota, impotentes. — Deixe isso comigo, então. — O coração de James se partira ao ver o olhar magoado de sua amada esposa. Puxando a mão da moça, o general a consolou:— Vou falar com esse tal Yosef, está bem? — — Não adianta. Se o homem não fosse um escroto, não teria me incriminado. Com certeza pagaram bastante a ele, e nós não temos nenhuma prova. — Thea balançou a cabeça, chorando copiosamente. — Não se preocupe, meu bem, eu tenho um plano. — James se levantou e se virou para
Exasperado, Lex gritou de raiva: — Vá buscar Thea e sua família, agora! — — Sim, vovô! — Tommy tinha um olhar presunçoso. Retirando-se do campo de visão do avô, murmurou: — O que você vai fazer agora, Thea? — A mansão dos Callahan não ficava muito longe da casa de Thea. Tommy não ligou para avisar que chegaria, preferindo apenas aparecer sem avisar. James já tinha chegado à casa, e ao ver os olhares desanimados dos parentes da esposa, o homem disse, com um sorriso: — Não se preocupem. Yosef confessou tudo e já está a caminho da mansão, para admitir seu erro. Em breve, Lex estará aqui para se desculpar. — Ao ouvir isso, Thea olhou para James. — O que você fez com ele? — — Nada demais, só lhe dei um susto. Depois de ameaçar jogá-lo do oitavo andar, o velho abriu o bico. Disse que iria à mansão e contaria a verdade. — — Mandou bem, James! — David comemorou. — Sinto-me muito melhor agora. — Gladys admitiu. A família raramente elogiava o homem, então, em resposta, el
Gladys se levantou e gritou: — Yosef, tenha alguma consciência do que está fazendo! — —Foi a dona Thea quem me obrigou a fazer isso! Depois ela mandou o marido me ameaçar para incriminar o senhor Howard! — Yosef insistiu na história.— Desgraçado! — Gladys vociferou.Thea se sentiu profundamente injustiçada, porque depois de se dedicar tanto à família, acabou naquela situação. James respirou fundo para suprimir sua raiva, lembrando-se de que se encontrava em Cansington, uma cidade de paz, e não mais nas Planícies do Sul.— Já chega! Thea, posso te perdoar pelos seus erros na empresa, porque você ainda é jovem e não resiste às tentações. Contanto que você reconheça seus erros e os corrija, tudo estará bem! Agressão e ameaça, no entanto, é demais! O que queriam fazer? Um assassinato? — Lex acusou.— Claro que não! — Thea gritou, em resposta.Lex deu uma pancada na mesa e se levantou abruptamente. — Já descobrimos tudo, minha neta! Você ainda se recusa a admitir seus erros? Com
— Mãe, isso é um absurdo! Acha que eu faria algo assim? — Thea chorou, sentindo-se injustiçada.‘Tudo bem se o vovô não acreditar em mim, mas até meus próprios pais?’— Mãe, acredito que Thea não faria essas coisas. É parte do esquema da família de Howard, com certeza! — David defendeu a irmã.— Concordo. Nossa família tem cinquenta por cento das ações da empresa e Thea recuperou o cargo de presidenta executiva. Howard sempre esteve no controle dos negócios da família, então como ele poderia estar disposto a desistir? — Alyssa acompanhou o marido.Gladys suspirou. Há poucos dias, a matriarca pensava que estariam prestes a ter uma vida boa. Nunca imaginaria que tantas coisas entrariam no caminho.— Eu realmente não estou destinada a ser uma pessoa de boa vida? — — Que tal começarmos nossa própria empresa? Com as capacidades de Thea, certamente podemos fazer um nome para nós mesmos, ainda mais na capital da medicina. — Sugeriu James, outra vez.— Fácil para você dizer. Você sabe
James ficou sem escolha. A família não estava disposta a melhorar de vida sem depender de Lex, então só queriam, na verdade, esperar pelo sucesso obtido na sorte. Reuniam-se na sala, quando alguém bateu à porta— David, vá atender. — Disse Gladys, como de costume.— Querida, você pode ir? — David não estava com disposição, então pediu a Alyssa, ao seu lado.— Vai você, James. — Alyssa era pura preguiça de se levantar, então pediu ao cunhado.James se sentia deprimido só de ver o comportamento deles, uma família inteira tão preguiçosa e acomodada. No entanto, não disse nada e foi abrir a porta. Deu de cara com um senhorzinho bem velho, que se vestia com muita simplicidade e trazia consigo duas garrafas de um bom vinho.— Olá. O que deseja? — James olhou para o homem parado do lado de fora da porta, com muita curiosidade estampada na cara.— Você deve ser James. Eu sou o tio-avô de Thea. —— Ah, entre! — James convidou Trevor Callahan para a casa.Os rostos de toda a família fi
Gladys também ficou tentada por suas palavras. David, em contrapartida, jogou água no assunto:— James, você sabe quanto a Pacific é inferior à Eternality? Mesmo sendo uma grande fábrica de manufatura, o tio-avô já disse que está prestes a fechar. Ele não só não pode receber novos pedidos, como a empresa também ainda está com dívidas de todos os tipos! Não seria nada tão fácil assumir, entende? Além disso, mesmo na merda, a Pacific é o trabalho de uma vida, para Trevor. Duvido que a venda, mesmo que você lhe ofereça uma quantia enorme. —— Isso mesmo. Além disso, de onde arranjaria dinheiro? — Benjamim soltou.— Dinheiro não será problema. Vou encontrar uma maneira de obtê-lo. — Disse James, sucinto.Gladys observava tudo, sentada no sofá. Definitivamente seriam capazes de ganhar dinheiro se conseguissem levantar fundos suficientes para assumir o controle do Grupo Pacific. O lugar realmente dispunha de recursos humanos e equipamentos completos para continuar funcionando. Além disso
— Tio-avô, vamos agilizar tudo, então? — Thea olhou para Trevor.— Mas Thea, você tem o dinheiro? — A empolgação de Trevor gradualmente se acalmou e ele perguntou, incerto. — Você não está brincando comigo, certo? — — Dê-me o cartão. — Thea olhou para James.James imediatamente sacou seu Black Dragon Card.— Quanto dinheiro tem aqui? — A moça perguntou.Ela acreditava que James tivesse passado pelo tribunal militar e que o expulsaram do exército porque mexeu ilegalmente com muito dinheiro. A jovem não fazia ideia de quanto, realmente, o marido tinha acumulado, porque nunca perguntou.— Não é muito, mas deve bastar. — James bancou o humilde.Thea lhe deu um voto de confiança, acreditando que teria o suficiente para resolver aquela questão e os demais problemas atuais de sua família. Com alguma pesquisa, a jovem ficou ciente de quanto dinheiro a guerra movimentava, no sul do país. As quantias eram realmente alarmantes, mesmo para soldados comuns, como James. O que ela não sabia a
Calvin Oswald era um morador de Cansington e estava, naturalmente, ciente de quem Thea Callahan, CEO da Eternality. ‘Lex já não rompeu relações com Trevor? Então, por que Thea está aqui?’, Calvin se perguntou, confuso. O homem vinha empreendendo um grande esforço para adquirir a Pacific, inclusive fazendo empréstimos claramente perigosos, visando minar os recursos da empresa e comprá-la depois de seu total esgotamento. O Grupo Pacific era quase dele, mas Thea apareceu de repente, algo que o deixou preocupado.— Você deve ser Thea, da Eternality? — Perguntou. — Olá, senhora Callahan. Eu sou Calvin, dos Oswald. — O rapaz se levantou e estendeu a mão para cumprimentar a recém-chegada, com um sorriso.— Quem? — Thea olhou para o rapaz, demonstrando, em seu lindo rosto nada além de indiferença. Calvin retraiu a mão, em constrangimento, e disse com um sorriso estranho: — Senhora Callahan, você não estaria aqui para emprestar dinheiro ao Grupo Pacific, certo? —— Emprestar? Não. Estamo