A família se determinara a expulsar James e Xara, então Gladys até os empurrou para a porta com uma vassoura. Lá fora, Xara chorou ao ver sua bagagem jogada no chão. A moça olhou para James, se desculpando. — James, me desculpe. É tudo culpa minha! — James a tranquilizou, porque lhe parecia uma questão muito trivial. Não levava nada daquele espetáculo familiar a sério.— Está tudo bem agora, pare de se culpar. Não é inteiramente sua culpa, não. Esses daí já arrumam problema comigo há tempo demais, então já vinham buscando um motivo para que Thea pedisse o divórcio. Só agarraram a oportunidade, mas, se não fosse essa, empurrariam outra. —Embora não fosse um problema muito sério, certamente complicava as coisas.— James, eu peço desculpas por tudo, mas não menti sobre aquilo. — Xara o lembrou do que disse antes de os expulsarem.James a encarou, com seriedade.— Lamento, mas só tenho Thea em meu coração. —James estava certo de que a garota só dizia aquelas coisas porque ela e
Eram por volta das nove horas.O Centro Trade City mal começara a rodada de investimentos empresariais. Como Scarlett era uma amadora na área, fez uma onda de contratações. No momento, realizavam uma conferência na sede da empresa, para discutir o acompanhamento dos projetos de investimento. A mulher pausou a reunião ao receber a ligação de James.— Ainda estou na empresa. O que foi, James? —— Tenho uma amiga que está desempregada, no momento. Você pode arranjar uma posição para ela? —— Quer resolver isso agora? Onde você está? Mando te buscarem. Estou no meio de uma reunião, então não posso sair. — — Relaxa, arranjo um táxi. —Desligaram. Xara olhava ansiosamente para James, então ela não pôde deixar de perguntar: — Para quem você ligou? — James lhe deu um sorriso misterioso. — Vamos ao centro comercial, mas não conte a ninguém sobre isso. Deixa baixo, principalmente para os Callahan, incluindo Thea. —— Certo! — Xara assentiu, com entusiasmo.James chamou um táxi e s
Xara se encontrava completamente atordoada. James achou a apresentação espalhafatosa e de péssimo gosto, então franziu a testa e olhou para Scarlett. Seu olhar ainda lhe causava arrepios na espinha, então a mulher arregalou os dois olhos para o homem, sem saber o que fazer. Os funcionários perceberam a situação esquisita, mas não sabiam dizer o que acontecia, apenas observaram que a senhorita Brooks parecia excessivamente nervosa, o que não era de seu feitio.— Para que tanto drama? Está chamando mais atenção ainda. — James se aproximou dela para dizer isso.— Tem razão, James. Desculpa. — Pigarreou e passou a falar em voz alta. — Então, senhor presidente, essa é a nossa equipe de gerenciamento do projeto! —— Por que eles estão aqui? Manda todo mundo ir cuidar de suas vidas. —Desorientada, a mulher apenas fez o que ele ordenou:— Vocês ouviram, pessoal! Estão dispensados! Até depois! — Sem entender direito o que acontecia, a equipe apenas se retirou do lugar. Assim, apenas Jam
Aquela era, afinal, uma pessoa próxima a James, então não lhe parecia adequado. Para ela, Xara estaria ali apenas para ganhar experiência, então, mais cedo ou mais tarde, estaria no alto escalão da empresa.— Oi? Eu estou no comando de todo um setor? — A jovem ficou atordoada.Aquela era uma tarefa que, definitivamente, apenas um funcionário com muita experiência receberia. Com base em seus planos originais, se contentaria perfeitamente com qualquer cargo, por mais medíocre que fosse. Não tinha esperança de fazer uma grande carreira, de qualquer modo. De repente, estaria no comando de uma região inteira. Imaginou que, para uma região como aquela, os valores com os quais lidaria seriam excepcionalmente altos, então ficou receosa.Apenas empresas de bastante renome poderiam se estabelecer por ali, estabelecendo contratos milionários apenas para ter direito à reserva. Por fora, ainda havia a questão do pagamento de aluguéis. O receio de Xara se transformava em medo, porque não se senti
Henry dormia em um quarto na Common Clinic. Ouvindo um barulho, imediatamente se levantou, acendeu as luzes e deu de cara com o general.— James, o que te traz aqui? — James olhou para Henry, desanimado. — Briguei com Thea. — — É? O que aconteceu? — Henry achou estranho.James suspirou profundamente, então Henry lhe ofereceu um cigarro. James aceitou, sem hesitar, e esperou que seu colega pegasse o isqueiro. Com o cigarro queimando, James respirou fundo. — Praticamente nada. Apenas um pequeno mal-entendido. —Contou ao homem, em detalhes, o que aconteceu. Henry riu, sem se conter.— Desculpa, mas isso é hilário! O General das Planícies do Sul expulso da residência de Callahan por que o pegaram pulando a cerca? —Percebendo que James fechou a cara, Henry segurou a língua. Rapidamente, endireitou-se e disse, com seriedade: — Veja bem, James, eu posso te ajudar se você precisar que eu mate alguém. Mas algo assim? Não sei o que poderia fazer por você. —James acenou levemen
No entanto, milagrosamente, Henry teve uma ideia. Depois de explicá-la a James, seria necessário ligar para o Rei Alegre, que seria peça fundamental do desenrolar da trama. Além disso, era a única pessoa com quem o Dragão Negro interagia fora de seu círculo cotidiano. Assim, explicando toda a história ao comandante em chefe, o que ouviu foi:— Dragão Negro, isso é uma piada, caralho? Sou um homem ocupado, ao contrário de você! —James limpou a garganta e arriscou fazer uma ameaça indireta.— Henry, mande vir um destacamento das Planícies do Sul. Vamos ver o que poderemos fazer com o cartório. — Ao ouvir aquilo, o Rei Alegre ficou tão furioso que quis quebrar mais um telefone. No entanto, esforçou-se para suprimir sua raiva.— Você venceu, James. Mas você pode parar de me ligar para resolver porcarias tão triviais? Podia ligar para Daniel! Deixe que ele vai lidar com isso. —— Você está dizendo, então, que eu posso te ligar se não for trivial? — O Rei Alegre ficou mais irritado
— O que está acontecendo? Não estava tudo funcionando até agora? —— Eu precisava tirar uma certidão hoje! O que aconteceu? — Muitas pessoas reclamavam enquanto eram forçadas a sair do Departamento de Assuntos Civis. Enquanto isso, James estava satisfeito, como se saísse vencedor de uma dolorosa batalha. Caminhou de volta para a avenida e entrou no carro de Henry. — Vamos embora! — — Para onde, James? Casa Realeza ou a clínica? —— Para a clínica. Ainda estou cheio de sono. — James bocejou.Na verdade, mal se aguentava em pé, porque bebeu todas, na noite passada.— Certo. — Henry dirigiu, então, de volta até a Clínica Common.Incapaz de se divorciar, Thea foi para o trabalho, motivada a continuar lidando com o assunto do centro comercial. James dormiu até o meio-dia. Quando acordou, saiu da clínica e caminhou pela Rua Nine Dragons, procurando uma barraquinha de comida. Encostou-se num banco e mordiscou uma asinha de frango que acabara de comprar.— Henry, simplesmente a
— Lex está? — — Sim, é claro. No entanto, não lembro de você ter essa proximidade com ele. O que você teria de importante para tratar aqui, hein? —— Quem é, Megan? — Tommy se aproximou e viu que a irmã conversava com James, na porta.— Ei, James! Que surpresa! — O rapaz zombou.— Estou aqui para ver seu avô. Temos um assunto importante para tratar. —— Você não ouviu Megan? Eu também não lembro de você ser tão amigo da família assim. O que quer? — Tommy replicou o que a irmã disse.Tommy esperava para dar as boas-vindas a sua irmã mais nova, que se mudou para North Cansington depois de se casar. O rapaz pretendia recebê-la pessoalmente, porque Wendy Callahan era a caçula de Howard. Seis meses atrás, a jovem se uniu ao vice capitão da unidade policial especializada, alguém que possuía considerável autoridade, além de ser herdeiro de uma família que tinha muitas propriedades. A jovem Wendy traria seu marido para a festa de aniversário de Lex.Tommy não esperava que o visitante