‘Ela ganhou o respeito de tantos ricaços apenas salvando uma pessoa.’‘O cara devia ser influente para caramba!’‘Mas se o cara já morreu, por que ainda cumprem favores para ele?’Depois que pessoas tão importantes interviram por Thea, ninguém mais ousaria incomodá-la. No entanto, nada poderia impedir que a situação intrigasse a todos e fomentassem suposições.‘Será que aqueles três realmente deviam um favor ao homem mascarado?’‘Agora que retribuíram o favor, vão parar de intervir nos problemas dela?’‘Tomara que não arrumem mais problemas por aqui.’Todos especulavam sobre o assunto, mas não arriscariam fazer qualquer comentário. Depois de um tempo, contudo, se sentiram desobrigados em relação à Thea e se espalharam em grupos diferentes pela festa.Num sofá de canto, Thea se encontrava completamente perdida em pensamentos. James se sentou ao lado da esposa e perguntou, de cara fechada: — Thea, seja honesta comigo: o que está acontecendo? — — Oi? — Thea despertou e se vi
Na mesa, todos teorizavam sobre os prováveis números das compras. Calculavam com base no tempo de construção do lugar e dos nomes dos investidores envolvidos. As cifras eram tão altas que Thea não conseguia nem imaginar quanto espaço aquele dinheiro poderia ocupar em cédulas. Não pôde deixar, também, de se sentir deslocada, percebendo que os presentes discutiam sobre aquilo com naturalidade. Por mais que os Callahan tivessem uma empresa com rendimento razoável, comparados àqueles valores, seus familiares pareciam apenas brincar de fazer negócio. As cifras astronômicas pareciam parte de obras da ficção.Boa parte dos valores, no entanto, era especulativo. Na prática, o lugar não custava tanto valor, nem custara tanto para ser construído. O fator que inflava os números se baseava no potencial de lucro que as empresas instaladas ali demonstrariam ao longo dos próximos anos. A pessoa que comprou precisou, na verdade, comprar todo o risco do investimento e uma margem de lucro esperada para
Para James, Peter Dawson já era um homem morto.— E Nine Fingers? — perguntou calmamente.— É da mesma época que Peter. Carreira criminosa parecida, mas é mais perigoso e imprevisível. O nome verdadeiro do cara é Greg Martin. Quando ainda era um ninguém, em seus primeiros anos, fez uma merda e lhe cortaram um dedo, daí que vem o apelido. Já ascendeu na criminalidade com a alcunha. O principal negócio dele é agiotagem. O cara é casca-grossa. —Henry continuou a responder todas as perguntas, até que concluiu:— ... e, assim, os Quatro Grandes se uniram e contataram Peter e Greg. — James estava de cara fechada. Disse, em voz baixa:— Será o décimo aniversário da morte de meu avô, meu pai e do resto dos Caden, em oito dias. Como ninguém atendeu ao meu pedido, apenas mate todos eles para prestar homenagem aos Caden falecidos. — A expressão de James beirava à cólera e todo o seu corpo exalava sede de sangue. Scarlett se sentia intimidada. Era como se uma grande pedra pressionasse se
Os novos chefes dos Quatro Grandes e muitas figuras do submundo estavam reunidos. Hector representava os Xavier, Melvin representava os Frasier, Kelvin representava os Wilson e Drake representava os Zimmerman. Os quatro tentavam recuperar a influência de suas famílias na cidade. Tirando aqueles figurões temporários, que esporadicamente vinham da capital, como Yuna e Alex, os Quatro Grandes, quando reunidos, eram os verdadeiros donos de Cansington. Contudo, naquela ocasião, os homens pareciam reunidos para um velório. Entre os demais figurões presentes, havia um gordinho na casa dos cinquenta, usando um colete branco e um colar de ouro. O homem, caricaturalmente, levava no ombro um papagaio que brincava com uma grande pérola branca.— O que devemos fazer agora, Dawson? — Hector falava com o homem, mas mantinha o olho na pérola. Peter Dawson, olhou para o irmão de Rowena e depois para o homem sinistro que estava próximo aos dois. Tratava-se de um parrudo de aparência feroz, com uma
Sem dúvidas, James se encontrava a ponto de explodir ainda mais.— Eles querem jogar, não é? Tudo bem, vou jogar. Vou garantir que se divirtam para caralho! Ligue para o Rei Alegre, peça para ele vir me ver aqui. — James ordenou, furiosamente.Henry olhou para James, tentado a lembrar o amigo que o Rei Alegre não era seu subordinado. No entanto, engoliu as palavras e simplesmente se afastou. Pegou o telefone, no canto, e ligou para o comandante em chefe.— Rei alegre?... Sim, é Henry... James pediu que você viesse à Clínica Common, para vê-lo... —O Rei Alegre acabara de chegar em seus aposentos, na região militar. Antes que pudesse se sentar, recebeu aquele telefonema de Henry. Ansioso, sentou-se e começou a balançar as pernas, contendo a vontade de quebrar tudo que visse pela frente.— Henry! Diga a James que não trabalho para ele, caralho! Ele não tem autoridade para me dar ordens! —Henry ouviu o Rei Alegre vociferar, e entendia a revolta do homem. No entanto, achou pertinent
O Rei Alegre já investigara a situação de James. Embora o homem fosse temperamental, nunca feriu os inocentes. Só matou quem merecia, em sua opinião, morrer. Por isso, ficou calmo. O comandante em chefe estava disposto a encobrir aquilo se as dezenas de pessoas que morreram mereciam.— Será a última vez. — Tentou se convencer.Em seguida, se levantou e saiu. Depois que o Rei Alegre saiu, James não continuou por perto. Tratou de passar algumas instruções para Henry, sobre alguns assuntos, e então depois deixou a Clínica Common e voltou para a casa de Thea. Já eram oito da noite quando ele chegou e Thea o aguardava. Gladys também o esperava, mas para fazer reclamações. — Onde você esteve o dia todo? Esperava que você cozinhasse hoje! —— Encontrei um camarada, antigo colega militar, e passei algum tempo conversando com ele. — James entrou na casa se explicando.— Mãe, James é meu marido! Não é seu empregado. Não é responsabilidade dele cozinhar todos os dias. — Thea rapidamente s
Thea se sentou em frente ao computador e começou a desenhar roupas. James não entendia sobre o processo de design e não queria incomodá-la, então apenas pegou seu colchonete e entendeu no chão. O homem olhou para a esposa, que estava desenhando seriamente, e um sorriso se formou em seu rosto.No dia seguinte, o carro que David bateu na traseira de Xander foi levado ao centro automotivo para ser consertado. Deveriam buscar o carro e concluir alguns procedimentos da compra, incluindo o registro de seguro. Gladys e toda a família esperavam para que fossem juntos. Antes de sair, a matriarca perguntou: — James, você pode me fazer um favor? — — Claro. — James assentiu.Gladys jogou para ele as chaves de um carro e o instruiu: — Xara voltará hoje. Use o Hyundai de David para buscá-la. — James coçou a cabeça. — Quem é Xara? — — Minha prima. Acabou de se formar na faculdade e está voltando para estabelecer sua carreira aqui. — explicou Thea.A moça enviou uma foto para o celular
O homem que dirigia o BMW se chamava Nelson Moore. Era subordinado de um figurão do mundo do crime, dono de um clube bem decadente. A função do criminoso era usar o BMW para encontrar vítimas nas estações de trem, nos pontos de ônibus e na entrada do aeroporto. Assim que encontrava uma mulher bonita de fora da cidade, se aproximava e tentava convencê-la a entrar.Essas moças eram dopadas, violentadas e chantageadas. As vítimas eram enviadas ao clube do tal figurão, para fazer dinheiro através de prostituição e pagar por sua liberdade, que nunca viria. Nelson olhou para Xara e reconheceu que era uma das mulheres mais bonitas que poderia encontrar. Certamente lhes renderia muito dinheiro no clube.‘O chefe certamente vai gostar dessa! Preciso enfiar essa puta no carro!’Assim, o homem saiu do veículo. Ele tinha uma aparência que enganaria a muitas pessoas, porque se vestia como um homem de negócios. Até mesmo tinha um Rolex. Obviamente, tanto o relógio quanto suas joias eram falsifi