Ponto de vista de VitóriaEstávamos sozinhos agora, exceto por alguns de seus guerreiros que estavam longe o suficiente para nos fazer sentir isolados. Ele me carrega devagar pela floresta, tomando seu tempo para ser cuidadoso comigo. Não há necessidade, eu me sinto segura em seus braços, mesmo que ele estivesse correndo a uma velocidade de cem milhas por hora.Minha cabeça está apoiada contra o peito dele, meus olhos se enchendo de lágrimas enquanto tento conter meus soluços silenciosos. Eu realmente não pertencia aqui, não importa o quão bem me sentisse em seus braços.— Só me deixa ir... — Eu soluço baixinho, enquanto lágrimas suaves escorrem pelo meu rosto. Eu realmente não pertencia a este novo mundo que havia descoberto. Isso me assustava.— Eu não posso, gatinha, não agora. Não agora que finalmente te encontrei. — Ele quase ronrona, como o gato que ele continua me chamando. Sua voz é como uma canção de ninar no meu ouvido e me chama para dormir, até que um de seus guerrei
Entramos na casa do Alfa. A cena me pegou de surpresa: Ana estava chorando, segurando o coelhinho contra o peito, parada no final da escada, enquanto Ricardo estava na metade. Assim que meu lobo entra, ele vai direto até Ana, lambendo o rosto dela, tentando confortá-la. Eu sabia que ele queria dizer a ela que estávamos ali agora, e que tudo ficaria bem.— Eww, papai... — Ela ri entre os soluços, usando o coelhinho para limpar a saliva do meu lobo no rosto.Ricardo desce correndo as escadas e, enquanto isso, eu me transformo rapidamente, pegando um short que, por sorte, estava pendurado no corrimão. Eu me aproximo.— O que aconteceu?— Mamãe ficou fora de si, o tio Danilo teve que derrubá-la no chão... — As palavras de Ricardo vão diminuindo até que Rafaela aparece correndo escada abaixo.— Alfa, ela está no cio... Danilo teve que colocá-la no chuveiro para esfriar a temperatura do corpo dela.Já estava subindo as escadas antes mesmo que ela terminasse. Meu coração disparava, o som
Ponto de Vista de MatildeEu não consigo lembrar de nada, minha mente ficou em branco, minha loba assumiu o controle de nós duas. A próxima coisa que eu soube foi que estava sendo segurada contra os azulejos do chuveiro por Danilo. Minha loba estava perdendo suas forças e, intermitentemente, eu conseguia retomar o controle e recuperar a visão, mas ela rapidamente me empurrava de volta. Até que ela sentiu a chegada de Diogo. Eu não queria que ela machucasse Danilo, mas agora ele estava no caminho do único que eu precisava marcar. Eu podia sentir isso nela, seu desespero. A mistura das auras de ser uma Alfa e também de ser a verdadeira Luna da Matilha Luar Vermelho. Um título que rejeitamos, mas que nunca nos tornamos verdadeiramente naquela época. Ela me empurra novamente, mas eu a empurro de volta antes que ela consiga me apagar completamente, ao ouvir um rugido poderoso e uma mão ao redor do meu pescoço. — Me devolva o controle! — Eu rugi para ela, mas ela apenas mostrou o
— Matilde... Estou perto...— Eu também. — Rosno enquanto começo a mover meus quadris contra ele, buscando minha segunda liberação. Ele se afasta de mim, o que me faz gemer, a súbita perda de seu toque me faz sentir vazia. Só para ele voltar a me penetrar com força, até o fundo do meu ser, me destruindo completamente. Meu orgasmo me invade, e eu não consigo evitar dizer as palavras. — Eu te amo. Ele não para, minhas palavras parecem lhe dar um novo nível de desejo enquanto ele continua a me f*der. Meu corpo clamando por todo o leite que ele puder me dar. Meu lobo retorna, ela se lança para a frente, um desejo animalesco toma conta de mim e eu cravo meus dentes no pescoço dele. Minhas presas alongadas atravessam a pele dele até tocarem o osso, marcando-o como meu. Somente meu! Minha mente se enche de suas memórias e emoções de uma vez só, enquanto minha mordida o leva ao orgasmo. Eu sinto meu próprio orgasmo se apertar, pulsando contra ele, tirando dele tudo o que ele tem
Ponto de Vista de PedroColoco Vivi na minha cama, ou na cama de hóspedes que tenho usado bastante recentemente. Apesar de não ter falado com Diogo por anos, a Matilha Luar Vermelho estava começando a se tornar um lar fora de casa. Eu precisava voltar para a Matilha Fúria Noturna, mas meus homens estavam se virando sem mim. No entanto, meu lobo estava lutando para se acostumar com uma companheira que ainda não foi marcada, e com uma matilha para liderar... mas estando no território de outro lobo. Muita coisa de uma vez só! Foi isso que aconteceu com Vivi, ela recebeu muitas informações para seu cérebro digerir. Meu pai sempre foi um grande defensor de “pedaços pequenos”. Um pouco de cada vez, caso contrário, você ficaria sobrecarregado e tomaria decisões ruins para proteger sua própria mente. Ela se acomoda na cama, os braços em volta das pernas, descansando a cabeça sobre os joelhos. Seu corpo a protegendo ao adotar uma posição encolhida. Eu entro no banheiro da suíte e ligo
— Se sentindo melhor? — Sim, embora minhas mãos ainda estejam ardendo. Se eu fosse uma lobisomem, isso não teria cicatrizado já? — Ela levanta as mãos para mim, as palmas cobertas de pequenos cortes feitos na floresta. — Conforme sua loba ganhar mais consciência, você vai cicatrizar mais rápido... — Digo, sentando ao lado dela na cama e segurando suas mãos. Ela não tira os olhos de mim enquanto passo minha língua por cada palma, usando minha saliva de Alfa para acelerar a cicatrização. — O que você está fazendo? — Ela ofega, tomando um fôlego profundo. — A saliva do Alfa tem propriedades curativas. Você é minha companheira, eu posso te ajudar. — Companheiros... O que exatamente são companheiros? — Ela pergunta enquanto continuo lambendo suas mãos. — Destinados pela Deusa da Lua a ficarem juntos. Você é minha companheira, Vitória, destinada para mim. Destinada a ser a Luna da minha Matilha. — Certo... — Ela franze a testa levemente enquanto solto suas mãos e ela as colo
Ponto de Vista de VitóriaEu puxo uma camiseta preta grande de uma das gavetas dele e uma cueca cinza para vestir. Se eu ia ficar aqui afinal, precisava ter algumas roupas minhas, mas usar o quê? Eu não tinha um centavo no bolso. Rapidamente, uso o roupão como cobertura para esconder minhas partes íntimas enquanto troco de roupa antes de voltar para a cama. Pedro estava certo, pequenos pedaços de cada vez. Estava achando as coisas mais fáceis de processar conforme discutíamos lentamente, com ele ao meu lado para conversar sobre isso. Nesse momento, eu não me sentia sozinha.Abro um arquivo e vejo o certificado de óbito da minha mãe no topo. Para algo que eu nunca tinha pensado na existência antes, era realmente difícil de encarar. Acho que gostaria de voltar trinta segundos antes e não ter aberto o arquivo.— Você lembra da sua mãe doente? — Pedro pergunta calmamente, seu braço envolvendo minhas costas. Eu não podia sentir os arrepios, já que minhas costas estavam cobertas pela cam
Mas ele para no último momento, sorri e deposita um beijo no canto da minha boca. Uma raiva que eu não consigo identificar no início explode dentro de mim, e um rosnado sai das profundezas do meu peito. Fico tão chocada com o som que acabo de fazer que cubro minha boca com a mão.— Viu? Aí está ela. — Ele ri, antes de me puxar para ele e deitar de novo. Nem sei que horas são, mas assim que minha cabeça encosta no peito dele, Pedro apaga a luz e eu caio no sono....Meus olhos se abrem e percebo que o quarto ainda está escuro, exceto por algumas tentativas da aurora de aparecer. Na verdade, dormi melhor do que nos últimos anos estando ao lado de Pedro. Mesmo agora, enquanto me mexo, ele me procura no sono, e coloco o travesseiro que usei ao lado dele. Por que eu acordei tão cedo? Levo um minuto para perceber, o ruidoso ronco do meu estômago sendo a principal pista. Eu não jantei ontem à noite, estava funcionando no vazio. Preciso comer, mas não tenho coragem de acordá-lo, ele parece t