Ponto de Vista de MatildeAlguns dias se passaram desde que fui liberada do hospital e aprovada para recuperação em casa. Danilo e eu temos falado bastante pela conexão mental, plenamente cientes de que Diogo não vai gostar da ideia de eu voltar para a Matilha Pedra Preta.Mas é minha casa, é minha Matilha e, como Alfa, tenho responsabilidades a cumprir... estando em recuperação ou não.Danilo e eu estávamos de volta ao antigo consultório dele, aquele que traz tantas lembranças estranhas de quatro anos atrás. Na verdade, parecia o mesmo de quando saímos, não sei se algum outro médico foi designado para essa sala desde então.— Estou feliz em assinar sua alta para voltar à Pedra Preta, mas eu gostaria de continuar monitorando você lá...— Estou bem, Danilo, me sinto bem. — Eu o interrompo, havia tanto a fazer e eu queria me envolver no que Diogo e Pedro estavam trabalhando. Seja o que for, eles estavam mantendo isso em segredo. Pedro tem sido incrível, as crianças o adoram, e ele se
— Então ordene. — Eu sorrio, rindo com ele.Acho que era exatamente o que eu precisava, voltar ao meu lugar de descanso, o lugar que eu mais amava. As crianças vão adorar apresentá-lo a Diogo e brincar no lago, enquanto eu curo minha loba.…….Não demorou muito para Diogo fazer as malas e para nós irmos até a Casa do Lago. Eu me senti melhor estando perto da minha Matilha, mas Diogo estava certo... acho que, a longo prazo, precisamos procurar um terreno entre as duas Matilhas. Nós dois éramos Alfas ativos, ambos precisávamos estar ou perto de nossas Matilhas... não havia outra maneira.Convidei Gabriel e Rafael para se juntarem a nós, mas eles estavam desesperados para voltar para Bruna, com toda a razão. Eles a deixaram de madrugada para vir em nosso auxílio.Eu estava sentada em uma das cadeiras olhando para o lago, com um cobertor enrolado nas pernas e uma xícara de chá nas mãos. O lago parecia pacífico, como sempre. As suaves ondulações formadas a cada vez que um pássaro mergulha
— Matilde... Eu... — Comecei, mas não conseguia me concentrar no que ele estava dizendo. Uma conexão da Matilha acabava de se formar, e eu precisava voltar para casa. Um bebê da Matilha tinha nascido.Ponto de Vista de DiogoLevei algumas horas para fazer as pazes com Matilde. Ela era teimosa como o inferno, assim como eu. Para mim, era uma espada, uma arma, mas para ela representava outra coisa. Então, engoli meu orgulho e garanti que meus homens estivessem desarmados quando estivessem perto dela, só para garantir. Eu não poderia permitir que ela surtasse com meus guerreiros e agitasse uma espada para eles. Ela não faria isso, mas ela era tudo, menos previsível.Eu entendi por que ela adorava a casa do lago. O lugar era pitoresco, perfeito para relaxar. Mas Matilde parecia ansiosa para voltar, e depois de uma conversa privada por meio da conexão mental entre ela e Danilo, algo que ela claramente estava muito irritada comigo para discutir abertamente, ele concordou. Felizmente, ela s
Oi a todos, só queria aparecer aqui e atualizar vocês sobre a história.Recebi tantas mensagens sobre Pedro e como vocês todos se apaixonaram por ele, então estou acrescentando mais da história dele no livro.Este livro vai continuar um pouco mais, mas vou tentar ao máximo manter os capítulos fluindo regularmente. O que eu não quero fazer é sacrificar qualidade por quantidade.Isso simplesmente não é o meu estilo, e não quero fazer um desserviço a vocês, leitores, ou aos meus personagens.Eu também me apaixonei por Ana e Rafael, então continuarei a história com eles depois que a história de Matilde e Diogo terminar.Se você leu minha série da Matilha Lycan dos Santos, está esperando pelo livro 3, que está em pausa no momento até que eu avance um pouco mais na história do legado.Muito obrigada pelo seu apoio. Eu entendo a espera pelos capítulos, então, se você gosta de maratonar leitura, confira minhas outras histórias.Lembre-se de me seguir nas redes sociais, onde você pode ficar mai
Ponto de Vista de Vitória— Vamos, anda logo! — Ele grita para mim, puxando meu braço enquanto meu corpo implora para parar por causa da dor lancinante na lateral.Por que diabos ele não trouxe um carro? E como ele consegue ser tão rápido?Ele era magrelo, sem músculos. Eu teria pensado que ele estaria mais ofegante do que eu.— Estou indo o mais rápido que posso. Posso só recuperar o fôlego? — Eu resmungo.— Não, não até chegarmos lá.— Onde?— Você vai ver!Eu não fui feita para esse tipo de correria. Inferno, eu nem saio do apartamento do meu pai há seis anos. Bem, se contar a academia no último andar e a piscina ao ar livre, então sim.O restaurante e o bar são os lugares onde eu costumo ficar quando meu pai está fora, o que tem acontecido muito desde que eu fiz dezesseis. Ele deve saber que eu faço isso, porque nunca tenho que pagar, o que significa que os funcionários são controlados pelo dinheiro dele... pelo meu dinheiro.— Continue andando. — Ele rosna para mim, me puxand
Eu preciso sair daqui. Se ele continuar bebendo, logo vai estar dormindo.Com isso em mente, pulo do balcão e abro a geladeira. Pego duas garrafas de cerveja e vou até ele, oferecendo uma para ele abrir para mim.Ele me olha primeiro, com um olhar mais intenso do que eu gostaria, antes de finalmente abrir a garrafa de cerveja e me entregar de volta.— Você tem idade para beber? — Uma voz feminina me faz pular. Olho para o guarda com desconfiança enquanto ele se vira, mas não parece surpreso com a nova presença. Ele estava esperando por ela. Quem diabos era ela?— Eu tenho dezoito…— Ah, você parece mais jovem. Você, vá ajudar meu pai! — Ela ordena ao guarda, que, com um gemido, desliga a televisão e coloca a cerveja na mesa. Ele passa por mim, lançando um olhar irritado para a nova mulher.— Eu sou Camila... — A mulher, bem vestida, se apresenta. Ela se veste como meu pai, impecável e elegante... bem, ela está usando um vestido, meu pai não usa vestidos... que eu saiba.— Re
Ponto de vista de VitóriaEle é igualzinho ao meu pai. Faz promessas e, quando eu alcanço aquela promessa, ele muda as regras do jogo. Toda vez. Ainda não conheci ninguém que não tenha mentido para mim.Estou nesse apartamento há uma semana... uma semana.Eu preferia estar em casa, pelo menos eu poderia nadar e beber coquetéis sofisticados. Aqui eu tenho comido, comida de entrega ao domicílio todas as noites. Eu consigo até sentir meus seios ficando maiores pela falta de exercício e os alimentos cheios de açúcar.A primeira coisa que eu faria com meu dinheiro seria fazer uma cirurgia nos seios, uma redução, claro. Deus me deu seios grandes para o meu tipo de corpo, e eu já estava farta das dores nas costas.O guarda patético estava bêbado e dormindo no sofá. Ele estava entediado, bem, eu também estava. Rebeca deve estar dormindo com ele porque ele fala dela enquanto dorme e nem me olha daquele jeito.Meu plano de sedução não funcionaria, o que significava que minha única chance de e
Eu sigo o casal enquanto eles descem do ônibus e entram na estação de trem. Tenho que me espremer entre os passageiros para conseguir acompanhá-los. As pessoas estão ocupadas e com pressa para pegar o trem para casa.Eles entram por uma barreira onde o trem já está esperando por eles. Ótimo, não vou precisar ficar esperando e correr o risco de ser vista.Seguindo o casal, eu vou até a barreira e tento passar, mas ela não se move.— Bilhete? — Uma pessoa uniformizada levanta uma sobrancelha para mim.— Não? Eu achei que poderia comprar um no trem?— Está esgotado e só com reserva antecipada! — Ele estala a língua para mim, como se eu estivesse tentando pegar uma carona de graça. Eu estava. Mas eu poderia pagar, só que não agora.Que descarado.Bem, lá se vai esse plano… droga.De repente, com sede de água gelada, entro em uma pequena cafeteria que me lembra as que mamãe costumava me levar.Pego uma água e uma sanduíche da geladeira e coloco no balcão, liberando minhas mãos para pegar