Ponto de Vista de VitóriaPassei a primeira noite em um hotel barato, mas quando pediram o pagamento, eu sabia que não poderia ficar outra noite. Eu não teria dinheiro suficiente para durar a semana. Bom, aqui estou uma semana depois, com quase nenhum dinheiro sobrando e sem quarto de hotel.Pelo menos tive a chance de pintar meu cabelo no quarto do hotel. Eu estava ficando paranoica desde que ouvi que telefones celulares podem rastrear pessoas… e as câmeras de segurança que estão em todas as ruas? Elas observavam as pessoas quando eu era pequena, então o que será que fazem agora?Fui com castanho... por que não? Sempre quis ser morena. Minha mãe era morena, peguei a cor loira do meu pai.É só uma cor temporária, a vendedora da loja disse que deve durar cerca de um mês. Parece perfeito, espero estar em outro país até lá.Depois de sair do hotel, peguei um ônibus que me levou para algum tipo de zona industrial, havia galpões por toda parte.Consegui encontrar um mapa no ônibus e est
Eu preciso de altura... eu preciso subir em uma árvore. Continuo correndo, entrando na escuridão assustadora da floresta, na esperança de encontrar uma árvore escalável. Meus olhos ainda ardem, tendo momentos de visão embaçada por causa dessa febre que não consigo tirar.Eles param, e só quando começam a uivar para a lua é que percebo que esses enormes cães mutantes são... lobos. Cristo! Não sei por quanto tempo corri, mas parece que fiz algum tipo de círculo, pois encontro os galpões de frente para mim. O alívio me preenche; se eu conseguir entrar, posso segurá-los barricando as portas.— Com o quê? — Aquela voz entra na minha cabeça de novo, mas o que me preocupa ainda mais é que eu simplesmente respondo a ela naturalmente.— Eu vou encontrar algo.Estou quase nos prédios quando meu alívio é interrompido e não consigo acreditar no que estou vendo. Lobos agora correm em minha direção pela frente. Desde quando esse país tem um problema com lobos selvagens?Paro, tentando pensar e re
Ponto de Vista de Matilde— Eu nem sei por que ele ainda está aqui. — Diogo resmunga.— Ele está tentando ajudar, não seja ingrato. — Dou um suspiro, afastando o cabelo dele. Tinha crescido mais nas últimas semanas.— Eu não estou sendo ingrato, querida... ele tem sua própria Matilha para liderar.— E tenho certeza de que a Matilha dele está se virando bem. Pedro não os deixaria por tanto tempo se achasse que eles estivessem em risco. Ele está sendo um bom amigo... está sendo solidário — Argumento suavemente, lembrando Diogo da verdade, goste ele ou não.— Hhmm!— O que significa esse "Hhmm"?— Significa que minha sexy companheira viciada em sexo...— Hum, eu não sou viciada...— Ah é? Então como é que, desde que te marquei, você tem me seguido por aí? Está aninhando, é?— Você faz parecer que não quer que eu te siga por aí...— Não vamos esquecer de quem é a Matilha em que estamos... — Ele deposita um beijo no meu ombro nu.— Só porque... você... insistiu em sair... que minha tecnolo
Ele era ardiloso, me fazendo completamente esquecer do que eu estava falando. Seus lábios viajando até meus seios antes de começar a sugar um dos meus mamilos. Ele coloca suas mãos firmemente ao redor da minha cintura enquanto nos senta, suas costas descansando contra sua cabeceira de couro preto. Muito de solteiro para o meu gosto. Isso me faz pensar...— Uou, calma aí, querida... — Ele segura meu rosto, seus olhos próximos aos meus, tentando me acalmar.Minha loba Alfa ficou com ciúmes de repente, pensando nela... aqui. Um rosnado gutural alto escapou de mim, eu também era uma loba Alfa. Agora marcada, minha possessividade só aumentava a cada dia.— Talvez por eu ter te marcado, você esteja entrando no cio.Reviro os olhos para ele. O que Danilo andou dizendo? Eles estavam se dando melhor ultimamente. Eu frequentemente os encontrava tendo uma conversa tranquila, parando no momento em que eu entrava.— Você está soando como o Danilo!— Então você está...— Não... Eu não sei. Nós
M*rda, agora faz sentido eu estar me sentindo tão tenso a semana toda. Tive um invasor metamorfos nas minhas terras. Tudo faz sentido agora. Minha distância da Matilha era muito grande para perceber, como se eu estivesse de volta em casa.— Verifiquem todos os prédios, todos os supermercados! Estou a caminho! — Ordeno antes de encerrar a ligação.— Tenho uma pista, preciso ir! — Praticamente pulo no ar, já saindo pela porta.— Vou avisar o Diogo. — Os olhos de Guilherme ficam distantes, enquanto ele entra em uma conexão mental. Ele precisa saber que não estou esperando.— Podemos ir? — Os guerreiros da Lua Prateada me olham, com fogo nos olhos.— Tudo bem, vamos.…Assim que entramos nas minhas terras, nos dividimos e começamos a busca. Tínhamos uma mistura de guerreiros, os meus, os de Diogo e os de Matilde.Meu homem ia ter problemas quando voltasse. Ele deixou Matilde dormindo. Diogo vai precisar de uma casinha de cachorro lá fora para o lobo dele. Pelo menos ele teve o bom senso
Ponto de Vista de MatildeEu não estava impressionada. Acordar sozinha na cama pensando que Diogo estava preparando o jantar, apenas para descer e descobrir que ele não só tinha saído, como também Pedro, Guilherme e os guerreiros. Pior ainda, alguns dos meus guerreiros.— Eu estou indo. — Danilo diz enquanto eu o repreendia através da conexão mental por não ter me acordado também. Eu já estava no meu carro e meu temperamento estava elevado.— Não, eu vou ficar bem. Sei exatamente onde ela está. — Digo enquanto ligo o motor.— Mantenha as crianças seguras, estarei de volta antes que elas acordem.Tudo o que consegui de Danilo foi Fúria Noturna e armazéns. Era tudo o que eu precisava. Tinha uma boa noção de onde essa garota estava se escondendo.Quando chego à cena, não é exatamente o espetáculo de união entre as Matilhas que eu esperava. Os lobos de Diogo e Pedro estavam travados em uma luta pelo poder, com Diogo ganhando, mas não por muito tempo. Ele esqueceu que esta era a terra
Ponto de Vista de VitóriaEu estava começando a perceber, enquanto me sentava no banco de trás de um grande SUV preto, que estava equipado com todos os gadgets e materiais finos, que isso talvez não fosse um sonho.Ao me beliscar, realmente doía.Fiquei triste quando o homem deliciosamente carrancudo colocou roupas, eu estava gostando da vista... exatamente o que os sonhos devem ser feitos. Eu me divertiria muito seduzindo-o quando chegasse o momento de escapar...Quando essa tal de Matilde me colocou no banco de trás do carro dela e trancou as portas, comecei a entrar um pouco em pânico.Eu podia vê-los pelas janelas traseiras escurecidas, um pequeno grupo estava conversando sobre mim. Pedro, era isso? O que eu queria lamber de cima a baixo.Seus olhos não saíram de mim nem uma vez, e quando Matilde me colocou no carro, pensei que ele ia arrancar o braço dela de mim.O outro sujeito, o que se parecia com meu pai, era perigoso. Eu não gostaria de cruzar o caminho dele, mas é exatam
— Paciência, meu amor, eu valho a pena esperar! — Ele riu antes de nossos olhos se encontrarem no retrovisor.Pedro entrou no banco do passageiro da frente e eu senti a energia no carro mudar. Era como quando você pensa que está sozinho em um quarto, mas vê algum tipo de sombra no canto do olho... medo, antecipação... os pelos da minha nuca se arrepiaram.— Pedro, você precisa controlar sua aura. Você não deve nos temer, Vitoria. — Disse Matilde, segurando minha mão. Foi só então que percebi que eu estava lutando para respirar, agarrando meus pulmões.…..O Doutor Danilo me examinou, tirou uma amostra de sangue e enviou para análise. Ele parecia obcecado em verificar meus olhos regularmente, talvez achasse que eu tivesse batido a cabeça.Ele disse que não tinha insulina à disposição, que eles não precisavam dela... mas que verificaria meus resultados de sangue para ver por que eu a estava tomando.— Pode nos dizer por que estava se escondendo em um galpão? — Perguntou Matilde ge