Ponto de Vista de Matilde Eu podia ouvir vozes me chamando, do céu, das nuvens. Como deuses. Mas eu estava sozinha, abandonada em algum tipo de terra desolada.Nada além de areia e plantas secas, queimadas pelo calor do sol. O sol estava tão quente que estava queimando meu corpo, eu podia sentir meu sangue fervendo. Como se eu estivesse sentada em uma panela de água fervente, incapaz de sair.— Matilde, fique conosco… — A voz majestosa de Diogo cobre o céu, seu desespero claro. Eu estou aqui, por que ele não consegue me ver aqui?— Diogo... Diogo, estou aqui, estou aqui embaixo... — Eu grito para as nuvens, me virando para ter certeza de que eu estava definitivamente sozinha.— Shhh, descanse um pouco, querida. — Sua voz emana dos céus novamente, como uma presença calma, enquanto o sol começa a esfriar, começa a se pôr. Deixando-me na escuridão, exceto pelo brilho da lua.Eu ando por milhas, tentando encontrar qualquer coisa... qualquer coisa. O que aconteceu? Onde estão meus filho
Entro no banheiro da suíte no quarto do hospital, olhando para minha aparência no espelho. Eu estou horrível... como se tivesse voltado dos mortos.Minha pele estava pálida, com um tom acinzentado. Meu cabelo loiro quase branco, bagunçado e sem lavar, oleoso e grudado na testa. Minha pele brilhava de suor que não tinha sido lavado antes de eu começar a suar de novo. Meus olhos lutam para focar enquanto meus olhos verdes parecem fundos, não tão brilhantes, não tão vibrantes como de costume.É então que eu noto... algo no meu pescoço.Uma marca.Diogo me marcou? Meus olhos não acreditam no que estão vendo, minhas mãos não acreditam no que estão tocando. Ainda estava um pouco vermelho, mas eu conseguia distinguir o emblema real... uma coroa com um lobo uivando para a lua vermelha.Diogo me marcou, eu suspiro para mim mesma. Eu podia sentir a vibração de um vínculo através do meu peito, estava lá junto com o vínculo da Matilha... uma entidade separada, mas não de forma negativa. Eu senti i
Sua língua invade minha boca, que estava seca, mas ele não parecia se importar. Eu podia sentir o forte zumbido do desejo dele por mim através do nosso vínculo incompleto. Que os céus me ajudem quando o vínculo estiver completo.O beijo começa de forma apaixonada, sem vontade de me soltar, até que ele percebe que eu estou em uma cama de hospital e diminui o ritmo, tornando o beijo mais sensual.— Como você está se sentindo? — Ele finalmente se afasta dos meus lábios, mas mantém a boca tocando os meus. Não estava pronto para me deixar ir ainda.— Estou bem, um pouco dolorida, mas quero ver as crianças.— Elas estavam tão preocupadas, todos estávamos. Nunca mais faça isso com a gente, comigo. — Ele rosna suavemente, vindo de uma memória que parece ser difícil para ele suportar.Danilo entra novamente, seguido por Rafaela, que me puxa para seus braços. Enquanto Rafaela me atualiza sobre as crianças, Danilo e Diogo têm uma conversa sobre minha recuperação.Danilo preferiria me manter sob
Ponto de Vista de MatildeAlguns dias se passaram desde que fui liberada do hospital e aprovada para recuperação em casa. Danilo e eu temos falado bastante pela conexão mental, plenamente cientes de que Diogo não vai gostar da ideia de eu voltar para a Matilha Pedra Preta.Mas é minha casa, é minha Matilha e, como Alfa, tenho responsabilidades a cumprir... estando em recuperação ou não.Danilo e eu estávamos de volta ao antigo consultório dele, aquele que traz tantas lembranças estranhas de quatro anos atrás. Na verdade, parecia o mesmo de quando saímos, não sei se algum outro médico foi designado para essa sala desde então.— Estou feliz em assinar sua alta para voltar à Pedra Preta, mas eu gostaria de continuar monitorando você lá...— Estou bem, Danilo, me sinto bem. — Eu o interrompo, havia tanto a fazer e eu queria me envolver no que Diogo e Pedro estavam trabalhando. Seja o que for, eles estavam mantendo isso em segredo. Pedro tem sido incrível, as crianças o adoram, e ele se
— Então ordene. — Eu sorrio, rindo com ele.Acho que era exatamente o que eu precisava, voltar ao meu lugar de descanso, o lugar que eu mais amava. As crianças vão adorar apresentá-lo a Diogo e brincar no lago, enquanto eu curo minha loba.…….Não demorou muito para Diogo fazer as malas e para nós irmos até a Casa do Lago. Eu me senti melhor estando perto da minha Matilha, mas Diogo estava certo... acho que, a longo prazo, precisamos procurar um terreno entre as duas Matilhas. Nós dois éramos Alfas ativos, ambos precisávamos estar ou perto de nossas Matilhas... não havia outra maneira.Convidei Gabriel e Rafael para se juntarem a nós, mas eles estavam desesperados para voltar para Bruna, com toda a razão. Eles a deixaram de madrugada para vir em nosso auxílio.Eu estava sentada em uma das cadeiras olhando para o lago, com um cobertor enrolado nas pernas e uma xícara de chá nas mãos. O lago parecia pacífico, como sempre. As suaves ondulações formadas a cada vez que um pássaro mergulha
— Matilde... Eu... — Comecei, mas não conseguia me concentrar no que ele estava dizendo. Uma conexão da Matilha acabava de se formar, e eu precisava voltar para casa. Um bebê da Matilha tinha nascido.Ponto de Vista de DiogoLevei algumas horas para fazer as pazes com Matilde. Ela era teimosa como o inferno, assim como eu. Para mim, era uma espada, uma arma, mas para ela representava outra coisa. Então, engoli meu orgulho e garanti que meus homens estivessem desarmados quando estivessem perto dela, só para garantir. Eu não poderia permitir que ela surtasse com meus guerreiros e agitasse uma espada para eles. Ela não faria isso, mas ela era tudo, menos previsível.Eu entendi por que ela adorava a casa do lago. O lugar era pitoresco, perfeito para relaxar. Mas Matilde parecia ansiosa para voltar, e depois de uma conversa privada por meio da conexão mental entre ela e Danilo, algo que ela claramente estava muito irritada comigo para discutir abertamente, ele concordou. Felizmente, ela s
Oi a todos, só queria aparecer aqui e atualizar vocês sobre a história.Recebi tantas mensagens sobre Pedro e como vocês todos se apaixonaram por ele, então estou acrescentando mais da história dele no livro.Este livro vai continuar um pouco mais, mas vou tentar ao máximo manter os capítulos fluindo regularmente. O que eu não quero fazer é sacrificar qualidade por quantidade.Isso simplesmente não é o meu estilo, e não quero fazer um desserviço a vocês, leitores, ou aos meus personagens.Eu também me apaixonei por Ana e Rafael, então continuarei a história com eles depois que a história de Matilde e Diogo terminar.Se você leu minha série da Matilha Lycan dos Santos, está esperando pelo livro 3, que está em pausa no momento até que eu avance um pouco mais na história do legado.Muito obrigada pelo seu apoio. Eu entendo a espera pelos capítulos, então, se você gosta de maratonar leitura, confira minhas outras histórias.Lembre-se de me seguir nas redes sociais, onde você pode ficar mai
Ponto de Vista de Vitória— Vamos, anda logo! — Ele grita para mim, puxando meu braço enquanto meu corpo implora para parar por causa da dor lancinante na lateral.Por que diabos ele não trouxe um carro? E como ele consegue ser tão rápido?Ele era magrelo, sem músculos. Eu teria pensado que ele estaria mais ofegante do que eu.— Estou indo o mais rápido que posso. Posso só recuperar o fôlego? — Eu resmungo.— Não, não até chegarmos lá.— Onde?— Você vai ver!Eu não fui feita para esse tipo de correria. Inferno, eu nem saio do apartamento do meu pai há seis anos. Bem, se contar a academia no último andar e a piscina ao ar livre, então sim.O restaurante e o bar são os lugares onde eu costumo ficar quando meu pai está fora, o que tem acontecido muito desde que eu fiz dezesseis. Ele deve saber que eu faço isso, porque nunca tenho que pagar, o que significa que os funcionários são controlados pelo dinheiro dele... pelo meu dinheiro.— Continue andando. — Ele rosna para mim, me puxand