Ponto de vista de Pedro— Diogo, você não pode fazer isso... não são terras da Matilha Pedra Preta ou da Matilha Luar Vermelho. Você não pode simplesmente invadir...O que foi que eu encontrei quando cheguei? Recebi uma ligação de Guilherme, sem me dizer muito, apenas pedindo para eu vir para a Matilha Luar Vermelho o mais rápido possível.No início, pensei que seria algum tipo de festa surpresa por todo o mistério em torno da minha chegada, mas quando cheguei, ficou claro que não havia festa nenhuma.Eu nunca tinha visto Diogo assim, ele não tinha dormido e se recusava a comer.Quando cheguei, parecia que ambas as alianças tinham sido alertadas para algum tipo de ameaça em potencial. Eu nunca imaginei que fosse tão grave.Quando entrei no escritório de Diogo, encontrei-o exausto. Sua cabeça estava entre as mãos enquanto analisava mapas e fotos. Só me dei conta do que tinha acontecido quando vi as fotos da família Bright nas paredes, e comecei a ter uma ideia do que havia se passado.
— Traga-o!— Mas Alfa... —Eu não vou deixar nada acontecer a ele, dou minha palavra. — Diogo promete, um homem diferente de algumas semanas atrás. Alguém que finalmente aceitou a verdade de que merece ser feliz, merece ser amado. Ainda não consigo acreditar na sorte desse desgraçado de poder chamar Matilde de sua.…..Ponto de vista de DiogoMuito tempo já havia se passado. Eu vi o sangue na janela quebrada do carro, o ferimento na cabeça nas imagens da câmera de segurança. Agora era uma corrida contra o tempo.Os carros que os pegaram desapareceram logo depois de sair do alcance das câmeras de segurança. Isso era o que nos atormentava, não conseguíamos encontrá-los de jeito nenhum.Mas agora eles tinham sido avistados na câmera de uma campainha de uma casa de humanos. Meus homens realmente eram os melhores. Jamais teria me ocorrido hackear essas câmeras. Eles devem ter olhado através de milhares em poucas horas.A notícia se espalhou depois que Gabriel informou a Aliança Pedra
Ponto de vista de Matilde— Que mudança de plano? — Ela rosna para Fábio, virando-se para encará-lo.— Decidi fazer de Matilde minha. — Ele diz num tom de fato, como se Rebeca já devesse saber disso.Só o pensamento disso me deixa enojada até o fundo da alma. Não consigo me imaginar sendo de mais ninguém além de Diogo. Não... não, eu sou de Diogo. Somente de Diogo. Tivemos um começo difícil, mas viemos tão longe.— Você não pode fazer isso... temos um acordo... — Rebeca rosna para ele com rancor, a megera revelando-se novamente.— Bem... estou mudando isso. — Fábio murmura como se fosse apenas um negócio e só precisasse de uma mudança contratual.— Você não pode! O plano era que você retomaria a Matilha Luar Vermelho e me faria sua Luna.— Não é nada pessoal, Rebeca... vou garantir que você seja bem cuidada. Matilde é a Alfa da Matilha Pedra Preta. Ela já controla uma grande Aliança, com ela como minha Luna, eu posso combinar as duas. Mais matilhas do que jamais sonhei. Além disso,
Ponto de vista de MatildeEstava tão bem encaixado que você seria perdoado por não notar. Eu observo intrigada enquanto ele coloca a chapa de metal de lado e puxa uma alavanca para revelar uma passagem secreta.Então, eles estão usando túneis subterrâneos para se manterem indetectáveis. Ele vai embora sem nem se preocupar em fechar a escotilha atrás de si, enquanto eu começo a puxar as correntes de novo.Rebeca solta um grunhido frustrado, mas espera até Fábio ter ido embora para fazer isso. Quando tem certeza de que ele desapareceu, ela se vira para o cúmplice renegado com um sorriso sinistro.— É, eu não vou fazer isso! — Ele rosna com os dentes cerrados. — Ele quebrou o acordo. Faça o que você quiser. Acabou. Eu te disse que ele não era confiável.Rebeca grunhe em concordância antes de caminhar em direção aos meus filhos sentados no chão.Ela pega Ana de forma muito brusca para o meu gosto e a coloca de pé.Eu puxo as correntes com toda a minha força, sem me importar se elas cort
Ponto de Vista de MatildeEu me preparo para a morte, mas ela não vem tão rápido quanto pensei... nem tão dolorosa.Mas dói.Minha perna... por que consigo sentir dor na perna? Em comparação com o ferimento na cabeça, que ainda lateja, não é nada.Até... até que sinto algo começando a queimar ao redor da ferida.Acônito.A desgraçada trocou as balas por aquelas com acônito.Ricardo, que a deusa abençoe meu garoto inteligente, sabia que minha cura de alfa funcionaria rápido em uma ferida de bala na perna, mas ele não sabe sobre o veneno. Que está rapidamente viajando pelas minhas veias até o coração.— Boa tentativa, filhote! — Rebeca rosna enquanto arranca a arma das mãos trêmulas de Ricardo.— Eu atirei nela, como você disse. Você só não especificou onde... — Ele responde confiante, uma aura o cercando. Era fraca, mas perceptível, até por ela.— Depois que matar todos vocês, vou caçar a garotinha. Fábio pensa que pode me trair. — Rebeca rosna, seus olhos se fixam em mim enquanto ten
— Nate... prepare os médicos. — Ordeno através da conexão mental, mas não espero ele responder. Ainda não estou pronto para admitir o que já sei.Com um rosnado venenoso, lanço o ataque, meus homens seguindo meu comando. Entramos no contêiner de carga e encontramos o rogue desconhecido entrando em uma passagem oculta no chão. Então, é assim que eles fazem.— Peguem ele! — Grito, apontando para o desgraçado que tenta fugir. Sem chance.Meus olhos percorrem o ambiente e eu vejo Ricardo agachado sobre Matilde, acariciando seu rosto. Danilo e Rafaela estão acorrentados em cadeiras, exatamente como Matilde deve ter estado.Meus passos são pesados e meu peito se aperta com a cena à minha frente. Eu falhei com ela. Falhei em mantê-los seguros.Eu me agacho e seguro o rosto do meu filho, que está vermelho e manchado... cheio de lágrimas. Gentilmente, eu o movo para o lado, para que eu possa atender Matilde.Seus olhos lutam para se manter abertos, mas ela me vê. Ela sorri, sabendo que agora
Ponto de Vista de Diogo— Diogo? — Pedro entra correndo no contêiner de carga, seus olhos me lembrando da gravidade da cena à nossa frente.Seus olhos se fixam na minha companheira deitada no chão, coberta pelas marcas das minhas mordidas. Ele parece horrorizado com o que vê. Meu lobo o saúda em vez da minha forma humana.— Me traga roupas agora! — Ele ordena para alguns dos homens atrás dele antes de correr para o meu lado.Eu podia senti-la, podia sentir o pulso dela pulsando através das minhas veias, nossa conexão quase completa.A cada lambida, a cada mordida de amor que eu dava, o corpo dela ficava mais forte. Minha saliva emprestava suas qualidades curativas a ela, complementando as dela também.— Ela precisa de um hospital… — Danilo comanda, mas meu lobo rosna, não havia como ela ir para a Pedra Preta esta noite. Minha matilha estava mais perto, ela iria para casa comigo.— Diogo, volte à forma humana! — Pedro late para mim, jogando roupas ao meu lado. Ele podia perceber q
Eu quero matá-lo. Quero matá-lo com minhas próprias mãos. Meu próprio pai me trairia, trairia a Deusa da Lua de forma tão maldosa?Eu me levanto, minha nova missão estava clara. Eu precisava encontrá-lo e acabar com sua vida.Ninguém ousa ameaçar minha companheira, sugerir algo tão antinatural. Tão sinistro.Antes que eu perceba, já cheguei à entrada da passagem secreta. Meu desejo de eliminar essa ameaça, não importa quem seja, da vida dela.Nem me dou conta de onde estou até que Pedro coloca a mão no meu ombro, meu corpo tenso, meus músculos flexionados sob seu toque.— Não, Diogo, meu amigo. Sua família precisa de você. Eu vou ajudar, ver o que posso descobrir. Você se concentre em fazer com que ela melhore.Meu lobo luta comigo, não tenho certeza de qual lado quer mais vingança. Pedro anda na minha frente, sabendo que minha raiva não deveria ser vista por Ricardo neste momento.— Não faça isso. Não seja como ele! — Pedro encosta sua testa na minha, seus olhos queimando os meus…