Acha que essa história foi um mal entendido também?
- Hm. – Viviana pareceu ponderar com um sacudir de cabeça. – Eu tenho certeza sobre vocês se gostarem como adultos. – ela mordeu a boca com a segunda pergunta. Será que os dois mais interessados tinham conversado sobre aquilo? – Marcelo veio aqui?- Sim? – as expressões da mais nova se transformaram em pura culpa, orgulho e arrependimento. – Ele veio para tentar conversar, eu falei sobre a promessa ridícula que o Enrico deixou escapar. Daí ele tentou me explicar que nada foi proposital, que ele não quis me ofender e só fez isso para tentar confortar a situação do beijo no apartamento, mas deixou claro que a tal promessa só tinha ido até: “Só vou me envolver com ela se for 100% real”. Depois despejou em minha cara mais uma sessão inteirinha de declara&Uma vergonha por outraEnrico não acreditava no que estava vendo assim que recebeu a mensagem da irmã.Angel era uma verdadeira peste quando estava brava com alguém. A conversa daquela manhã tinha se iniciado e resumido emEnrico querendo saber o que faria para conseguir o perdão sincero dela, por mais que a relação entre irmãos tivesse mais calma depois de toda a confusão.- Peste! – ele xingou a irmã enquanto a esposa desligava o motor do carro. Os dois tinham visitado o advogado aquela manhã para saber a melhor forma de iniciar a adoção, já que a cidade pequena não tinha um orfanato, provavelmente precisariam ir até Toronto conhecer as crianças.- O que foi? –Viviana fez uma careta ao pegar a bolsa de mão no colo do marido. Os dois estavam em frente a L’art Musical, tinham acab
- Caralho! Desculpa! – o músico deixou a careta horrenda de dor se exteriorizar ainda mais e soltou um resmungo. – De verdade, eu...Ok, tinha sido um pouco errado se precipitar tanto, mas o pedagogo bem que tinha merecido o soco. SóGabriel sabia o quantoAngel tinha chorado depois de todas as brigas e jurou que na primeira oportunidade, vingaria as lágrimas da amiga.- Tudo bem, eu mereci por ter entrado na onda doEnrico. –Marcelo cobriu o rosto com uma das mãos e assim como o homem a sua frente, fez uma careta de dor. Aquilo acabou resultando nos dois rindo como dois idiotas.Na verdade, era a oportunidade perfeita de tentar falar com aAngel, ele estava machucado e os instintos de enfermeira presentes nela não iam falhar. Onde tinha alguém ferido, uma enfermeira estava a postos para entrar em ação e fazer o seu trabalho!- Cara, na verdade... eu acho que esse
Não há nada como o colo de uma mãeA tarde daquela segunda estava ensolarada, fresca e uma das mais perfeitas desde o início do verão. E com uma praia no quintal de casa, a melhor pedida era uma caminhada, um mergulho, ou até mesmo ficar sentado na areia morna para pensar um pouco na vida. Justamente por isso, Lauren achou que encontraria a filha mais nova por lá. Dito e feito, os cachos dourados deAngel reluziam ao sol, parecendo ainda mais lindos.- Hey, fofinha. – Lauren apertou a ponta do nariz arrebitado da filha mais nova e as duas riram levemente. – Procurei você por toda parte! – a mulher sorriu ternamente ao sentar junto dela na areia clara da praia.- Desculpa ter sumido. –Angel fechou os olhos para sentir melhor a brisa cheirosa que vinha do mar. – Eu precisava de um pouco de concentração e vim para cá. –
-GABRIEL!- Ok! – a careta desgostosa surgiu. – Eu recebi uma proposta de trabalho durante todo o fim de semana,Angel e foi uma proposta muito boa para tocar nas três noites temáticas do restaurante. Claro, eu não aceitei ainda e nem vou sem falar com você antes.Angel suspirou, aliviada, beijou a bochecha do melhor amigo e abriu um sorriso imensamente feliz por ele, afinal sabia que ganhar a vida com música não era tão fácil quanto parecia, principalmente em uma cidade pequena como aquela. Ela já tinha batido milhões de vezes na mesma tecla sobre ele mudar para Toronto e tentar trabalhar em uma rádio ou gravadora, masGabriel ainda parecia resistente com a ideia, sem falar que ele estava adorando trabalhar com crianças durante aquela semana substituindoMarcelo.- Óbvio que você vai aceitar a proposta,Gabriel. Tá doido que n&at
Dando um empurrãozinho no grande sinal2019E vamos de mais um clichêDepois de toda a gritaria indignada,Angel já tinha se acalmado e parecia meio amuada no banco do carona, atraindo a atenção deMarcelo frequentemente. Ele olhava levemente para ela, voltando a olhar para estrada em seguida. Será que ela estava brava com ele também ou era a vergonha de estar bêbada no seu banco do passageiro?- Vai me levar onde? - a voz dela rompeu o silêncio incômodo eMarcelo deu graças aos céus por aquilo.- Para casa, ué! - o homem fez graça e se sentiu vitorioso ao ouvir uma risadinha que ela havia tentado esconder.- Que casa? - a enfermeira virou para ele. - A minha ou a sua?- A minha. - deu de ombros como se aquela fosse a informação mais si
- Meu Deus, a parte pior vem agora, né? - a esposa deEnrico fez uma careta ao colocar o ovo batido na frigideira quente e viu o sorriso trincado da cunhada. -Angel. - ela reclamou, fazendo manha. - Fala!- Ficamos bem alterados, ao menos eu achei que oHerculano estava alterado, mas aquele vagabundo me enganou fingindo estar bêbado. - Espera, o quê?- Calma, você nem ouviu o resto. - ela amassou de leve os dedos. - Concordamos em ligar para alguém ir nos buscar, porque ninguém estava apto para pegar num volante e bom, cogitei a ideia de ligar pro seu marido... -Angel fez uma pausa dramática e viu a careta deViviana se exteriorizar meio desesperada. - Mas errei o dedo e liguei pro seu irmão. - a enfermeira mordeu a boca.- O QUÊ? -Viviana soltou uma risada imensa, depois virou a omelete na caçarola. - Claro, os nomes deles são tão parecidos,Angel. Começam até com a mesma letra. - ela sacudiu a cabeça. - Com essa para cima de m
É assim que se quebram as maldições dos contos de fadas:um beijo de amor verdadeiro.Marcelo viu a caixa já toda pronta em cima da mesa da cozinha e ao olhar pro relógio na parede se deu conta que não podia deixarAngel sozinha na virada do próprio aniversário.- Ok, hora de mudar essa merda de maldição. - ele levantou da cadeira de uma vez e jogou o pano de prato na bancada. Pela hora não dava para demorar muito ou perderia a meia-noite, então era melhor só trocar de roupa e seguir logo para casa dos Lepine.Angel merecia um aniversário com a melhor surpresa do mundo e a julgar pelo último tempo que os dois tinham passado juntos, o sinal tinha sido dado com sucesso!O homem arrumou a gola da camisa de algodão, puxou um pouco a barra e arrastou a chave da moto que estava na mesinha de cabeceira. Iria ve
O abraço parecia mais apertado, e a vontade de colar ainda mais o corpo também, assim como a de unir os dois em um só àquela noite. A mulher se apoiou nos ombros dele e sentiu as mãos deMarcelo descerem por suas costas, passar pela bunda e suspendê-la no colo, fazendoAngel enlaçar as pernas em volta da sua cintura. Alguns beijinhos desceram pelo pescoço e quando o homem conseguiu sentar na cama de casal, com ela em seu colo, Delilah latiu muito inconformada com aquela cena terrível.- Merda. –Angel abafou uma risada no pescoço dele, sentindo seu corpo ser ainda mais aconchegado no abraço, quandoMarcelo escondia uma risada no ombro dela. – Você é um péssimo pai!- Hey! Eu não sou péssimo p... que bosta, eu sou né? – ele riu baixinho e continuou a espalhar beijinhos pelo ombro nu da moça.- Só um pou