Capítulo 16

**Maria Silva**

O médico me levou até um jardim do hospital. Andamos em silêncio, eu o acompanhava sem dizer uma palavra sequer, o coração apertado, cada passo parecendo mais pesado que o outro. Aquele lugar era bonito, calmo demais para o turbilhão que se passava dentro de mim. Era difícil acreditar que estávamos dentro de um hospital. As árvores balançavam levemente com a brisa, as flores ao redor exalavam um perfume suave, mas nada disso conseguia acalmar meu peito, que estava prestes a explodir.

“Sente-se, Maria. Quero conversar com você”, ele disse, apontando para um banco de cimento à sombra de uma árvore.

Me sentei com um nó na garganta. O banco frio parecia refletir o que eu sentia por dentro. “É sobre a cirurgia de transplante, não é?”, perguntei, tentando manter a calma, mesmo que estivesse à beira de um colapso.

“Sim, Maria, tenho algumas coisas importantes para te dizer.”

“Diz logo, doutor, por favor”, implorei, sentindo o desespero subir. “Eu vou acabar enlouquecendo.”

“I
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