Vésperas do casamento… Michael Willians: — A gente preparou tudo pra você essa noite, sabemos que você é pau mandado e vai obedecer a sua mulher até o fim… é por isso, que a gente preparou uma despedida de solteiro bem fodástica pra você hoje. — Israel falava em alto tom, na mesa onde estávamos reunidos com mais oito amigos nossos e Rick era um deles. — Eu tô fora! Não quero brigar com a minha mulher antes do casamento, ou melhor, não quero que ela desista por causa dessas invenções sem sentidos de despedidas. — Exclamei, deixando um monte deles desanimado e com a expressão de dó. — Além do mais, vocês não conhecem a Émie. Se ela e a Betsy sequer desconfiarem que a gente está tramando alguma coisa, elas vem no fato, bate em todos nós e ainda se divorcia de mim sem muita burocracia. — Fato! Émie e Besty juntas são Hiroshima e Nagasaki. — E quem disse que elas vão saber? Qual é? A gente vai fazer um negócio bem rápido e secreto, quem garante que elas não irão fazer o mesmo também?
Émie Carter: — Você viu o que ele fez comigo? Eu pensei que ele estava sendo sincero e verdadeiro comigo. — Estava no carro de Bernardo, ao lado de Beatriz que me olhava com parecer e sem saber o que dizer. Além de Betsy, Beatriz e Bernardo eram meus únicos amigos. — Sei lá, Émie. Eu não quero dizer isso, mas acredito que ele não tenha te traído. Tudo isso deve ser um mal entendido. É melhor vocês dois conversarem depois, ele deve ter alguma coisa pra te dizer. — Com certeza ele tem! Ele sempre soube como me enganar, como mentia para mim e depois se desculpava e dava uma explicação idiota que somente eu era capaz de acreditar, antes de dar o fora novamente. — Suspirei com o peito apertado e cheio de dor. — Era melhor ele ter ido embora ou dito não amanhã no altar, seria menos doloroso. Tudo em mim doía. Minha cabeça estava parecendo que iria explodir de tanta dor, meu peito sentia uma imensa agonia e fadiga, enquanto meus pensamentos estavam embaralhados e confusos. Bernardo poder
Michael Willians: Após perguntar a várias pessoas onde o Bernardo morava, finalmente encontrei ele na porta, quando passava por uma rua com pouco movimento. — Onde ela está? — Perguntei aflito, supondo que ela estaria lá dentro.— Ela não disse pra onde iria, só foi embora e pronto. Mas tem um lugar que ela pode ter ido… — E onde fica esse lugar? — Levei as mãos na cabeça, buscando uma forma de encontrá-la o mais rápido possível. — A casa dos pais dela. Ela não saiu daqui com uma cara nada boa, mas já tava com uns papo de que queria vender aquela casa. Sabe onde é? — Sei! — Voltei correndo para o carro e dirigi o mais rápido até a casa onde já foi sua um dia. Bati na porta e ninguém respondeu, estava trancada por dentro. Mesmo com a janela coberta de poeira, era possível ver a bagunça que estava ali dentro. Com ajuda de um pedaço de ferro que tinha nos entulhos do lixo, quebrei a janela e pude ver seu corpo mole, com a cabeça encostada na mesa e… aquilo era sangue… Não foi mui
Émie Carter: Betsy dava os últimos ajustes no seu vestido, enquanto Rick arrumava Mark e Zenith para entrarem juntos com ele e Betsy. A ansiedade tomava conta de meu corpo, me deixando mais nervosa do que eu jamais estive. Caminhava lentamente, descalça pela areia da praia, sentindo a vida parecer que era bela e perfeitamente naquele momento tão belo. Todos os meus amigos estavam ali, juntamente aos amigos de Michael que não era ninguém menos que professores, advogados e pessoas importantes. Parei ao lado de Michael e permaneci nervosa desde então. Não entrei acompanhada de ninguém, preferi ir sozinha até o altar e assim foi! — Você está linda! — Michael estava chorando, assim como Rick e Betsy. — Você está perfeito. — Sorri tímida e virando para frente, nos ajoelhando no momento seguinte diante o altar, para que começassem os votos. (...)Não era pra ser algo tão chamativo, mas Michael fez questão que tudo saísse conforme ele plenajeou com Betsy, enfim… estava sendo o dia mais f
Émie Carter:— Levanta logo sua vadia, ou vai perder a hora de ir para o seu inferno. — junto a suas palavras, por fim, uma risada horrível que embrulhava o estômago por completo. Meu pai não me deixava em paz, mas meu ódio por ele só crescia a cada segundo, principalmente quando ele trazia os amigos dele para dentro de casa. Deixando-me totalmente exposta, pois a casa era minúscula e infelizmente meu ganho mensal não era compatível com o valor de um aluguel. — Eu sinto muito por isso, Émie. Espero que algum dia você possa me perdoar. — era sempre as mesmas frases, embora soubesse que ela não mudaria mais, não para melhor, eu sempre a perdoei. Ela era minha inspiração há quatro anos atrás, quando ela ainda vivia intensamente seus sonhos, até decidir voltar para o meu pai novamente. — Até mais… — despedir sem olhar em seus olhos, que agora estavam tão vazios quanto uma floresta sem visitantes. Quando criança imaginava uma vida feliz ao lado dos meus pais, mas tudo mudou de repente
Michael Williams: Os problemas pareciam me perseguir, como se fosse uma forma de me fazer sofrer pelos meus atos do passado. Era uma noite de quinta-feira, havia acabado de sair de uma palestra extremamente entediante, quando decidi ir até um bar próximo. Antes que eu pedisse a princesa dose, Lilian estava me ligando e enviando fotos nuas, esperando que eu a respondesse e quem sabe fosse dela esta noite também. "Lilian…" — eu realmente estava cheio, tive um dia péssimo, e como se isso não bastasse, Lilian me ligava somente para querer sexo e luxúria. "Michael, você não me parece nervoso quando está dentro da minha boca." — sua voz se tornava cada vez mais irritante e todos os dias eu me perguntava o que eu fiz para merecer isso, ou porque eu não sei onfora enquanto podia. "Já conversamos sobre isso, Lilian. Não existe mais nós dois, existe apenas eu e você. Eu quero vê-la bem, mas não damos mais certo, afinal, nunca demos certo, apenas conviviamos juntos e…""Não preciso da sua aju
Émie Carter: A dor não me permitiu dormir. Esperei meus pais saírem e fui até o banheiro ver o tamanho do estrago que ficou meu corpo… Olhava fixamente para meu reflexo no espelho e estava horrível. O lado esquerdo do meu rosto estava roxo e levemente inchado, mas nada que uma bolsa de gelo não resolvesse. Minhas coxas também estavam feridas e meu corpo inteiro doía. Para minha sorte, estava chovendo e eu poderia me agasalhar bem, assim cobriria melhor meu corpo. Por um momento me peguei pensando no cara do carro, se bem que eu poderia ter aceitado a sua ajuda, pois estou me sentindo péssima. Após um banho rápido, fiz um sanduíche, enfiei dentro da minha bolsa. Soltei meus cabelos, peguei meu casaco e fui para o trabalho. — Bom dia, Srta. Carter. Bem… como já está aqui, pensamos se hoje não podes ficar após o fechamento para retirar a poeiras dos livros e das estantes. O pagamento será efetuado agora mesmo. — bem, ao menos eu iria ganhar um extra hoje. — Claro que eu quero, aliás,
Michael Williams: A sensação de proteção era algo que me dominava desde criança. Eu não conseguia ver uma pessoa sofrendo e ficar quinta, era como se eu estivesse virando as costas para mim no passado. Émie estava visivelmente necessitada de ajuda, em seus olhos já não havia mais brilho. Seu semblante era de profunda tristeza e solidão, e aquilo de certa forma, me incomodava. Mesmo ela me pedindo para deixá-la ir sozinha até sua casa, eu não consegui. Alguns minutos depois estava eu, parado de frente a sua casa, suspirei forte antes de bater em sua porta novamente… — Olá, querido. — sua mãe abriu com um largo sorriso no rosto. Suas pupilas dilatadas indicavam que ela estava altamente drogada e fora de si. — Boa noite! Eu preciso de mais um favor seu, pagaria bem se pudesse o fazer agora. — seu olhar foi direcionado ao meu bolso, como se a gente estivesse falando a mesma língua. — Se eu puder… — Quero que diga a Émie que estou aqui. Ela sabe quem eu sou! — e o sorriso que estava