— Então, o resultado do exame saiu, eu estou grávida! — anunciei. Dylan e Kai ainda não chegaram, mas eu estava tão ansiosa que não me aguentei e contei para minha sogra, Alex e Morg. Minha cunhada arregalou os olhos e logo depois começou a rir.— Parabéns, outro sobrinho, que maravilha — ela me abraçou. — Estou tão feliz que a família está crescendo. — minha sogra me abraçou emocionada. — Parabéns! — Alex nos cumprimentou. Isso é incrível, a coisa mais linda das nossas vidas, Joshua continuou segurando em minhas costas, ele é perfeito, um marido maravilhoso e um pai excepcional. Agradeci todo mundo e olhei para cima, encontrando os olhos brilhantes dele, sorrindo para mim com animação e carinho. — Precisamos comemorar, ligue para seus irmãos e diga para voltarem agora. — minha sogra ordenou. — Vou preparar uma comida especial para Olívia. Ela levantou do sofá e correu para a cozinha. Sorrimos, ela sempre foi boa em cuidar de mim e eu a considero como uma segunda mãe. Enquanto
A rotina é a melhor coisa que me aconteceu, saber que todos os dias eu vou trabalhar, cuidar dos meus filhos, fazer amor com meu marido e ainda continuar segura e em paz é incrível. Finalmente, algo que merecemos. — Vou mandar o motorista buscar você, para vir almoçar comigo. — Joshua falou no telefone. — Está bem, amor. Ele desligou e eu organizei minha bolsa, ouvi os resmungos de dor na coluna que Morgana tanto reclamava, levantei a cabeça e lá estava ela, caminhando na minha direção com algo nas mãos. — Você já almoçou? — perguntei. — Não. Estou faminta. — ela reclamou. — Está indo almoçar com Joshua? — Sim, mas... — apontei para um pote médio do que parecia ser alguma coisa doce em suas mãos. — O que é isso? — Bom, fiquei com desejo de tomar sorvete, desci até o restaurante lá embaixo e eles fizeram um sundae para mim. — explicou dando de ombros. — Amiga, você não vai almoçar? — ri. — Vou sim, mas o que é apenas um sorvetinho antes, não é? Só adiantei a s
Eu vinha adiando a minha própria decisão de procurar meus pais por muito tempo, os dias foram passando e se transformando em semanas, então acabei esquecendo por um tempo. O que foi até bom, porque o momento em que estamos vivendo é muito especial para caber qualquer tipo de decepção ou tristeza. — Então, vocês querem saber o sexo? — a médica que estava fazendo minha ultrassom perguntou. Joshua olhava para a tela totalmente sério, ele suspirou, me encarou e disse: — Vamos ter uma menina. — Ué, como você sabe? Você consegue entender a imagem? — perguntei curiosa e confusa. — Não, eu só... sinto. — ele passou a mão na nuca, em sinal de nervosismo. — E então? — a médica sorriu. — Queremos saber. — afirmei ansiosa. — É isso mesmo, papais, vocês vão ter uma menina. — ela afirmou. Olhei para Joshua sem saber o que dizer, eu sorri completamente animada em meio as lágrimas, sorri de felicidade e chorei de emoção, eu teria uma menina, nós teríamos uma menininha para acompanhar
Ainda não estou acreditando que vou ter uma menininha. Claro que estamos muito felizes, Olívia nem mesmo consegue se conter, mas eu estou... preocupado, essa seria a palavra correta, eu sempre imaginei como eu seria com uma garotinha e agora eu vou tirar a prova. — Papa — Kaili reclamou porque eu prendi seu carrinho na estrada e ele não conseguia passar. — Ok, ok, desculpa o papai. — sorri. Estávamos brincando, só nós três, enquanto minha esposa terminava de se vestir para um passeio que nós dois vamos fazer. Ela acha que vai ser rápido, mas vamos passar a noite inteira lá. — Uau, você é muito bom nisso, filho. — admirei. Keanu estava ao meu lado esquerdo, mas preferia brincar de construir uma torre, para sua idade, ele tem uma ótima coordenação, pois a torre estava em perfeito estado. — Parabéns, filho, bom trabalho. — passei a mão na cabeça dele. Enquanto eles brincavam concentrados, fiquei observando os dois, tão pequenos e tão inocentes ainda, gostaria de guardar essa inocê
— Eu acho que não entendi. — falei confusa. — Olívia, você é filha da sua mãe, mas o seu pai biológico é outro. — ele afirmou. — Você entende? Não. Isso não faz o menor sentido para mim. Eu me lembro da minha infância, lembro da parte boa, até o momento que eu fui levada, eu lembro que eles cuidavam de mim, tudo mudou depois que eu voltei, essa informação parece um pouco... errada. — Isso deve estar errado, eu sou filha deles sim... — Alexander enviou os exames e você não é filha dele. Querida, por enquanto nós só temos essa informação, mas Alex está investigando mais a fundo. — Meu Deus, Joshua... — uma lágrima começou a cair pelo canto do meu olho. É uma sensação estranha, não digo que seja alívio, mas isso explica tanto, na verdade é uma mistura de sentimentos, tristeza, engano, abandono, mas também me sinto clara, longe daquela escuridão sem saber dos motivos que me fizeram crescer em um lar de pessoas que pareciam mais me odiar. — Vou continuar atrás das respost
Há um silêncio tenso desde que Alexander passou pela porta e sentou na cadeira, no escritório do meu marido. Joshua pigarreou e quebrou o clima tenso. — Então, Alexander... — Bom, eu tenho algo em mãos, minha equipe cavou mais a fundo nessa história, mas primeiro eu devo perguntar, você quer saber da verdade? — ele me encarou. — Sim, quero. — respondi convicta. Mesmo que eu saia destruída, preciso saber sobre a minha vida, preciso entender quem eu sou e o que eu perdi em todo esse tempo. Alexander afirmou com a cabeça e jogou a pasta em cima da mesa, eu peguei com rapidez e abri, logo na primeira página havia uma ficha, uma foto de um senhor estava lá, eu franzi a testa e encarei Alex. — Eu não sei os motivos, mas bem, esse aí é o seu pai biológico. — afirmou. Desci o olhar novamente para a foto, tentei encontrar semelhança ou algo assim, mas meu coração batia tão rápido que eu não conseguia focar em um único pensamento coerente. — Ele... o que você sabe sobre ele?
— Você lembra. — a mulher afirmou. Havia uma certa nostalgia em seu olhar, como se ela estivesse feliz por eu ter me lembrado. — Desculpe vir assim, mas eu fiquei sabendo por um site de fofoca sobre você e... — Espera, o que está fazendo aqui? É... Amélia? — indaguei. — Sim, eu mesma. — riu parecendo alegre. — Eu preciso conversar com você sobre o seu pai. — afirmou um pouco cautelosa. — Ivan Hawkins? — Sim, você... você sabe sobre ele? — ela perguntou de olhos arregalados. — Descobri há pouco tempo. — respondi. — Você é algo dele? — Irmã. — ela prontamente respondeu. Apenas acenei, Joshua tocou em minhas costas e me fez sentar em uma cadeira de frente para ela, ele logo sentou ao meu lado e segurou em minha mão. — A última vez que eu falei com ele, ele mencionou seu nome, disse que se arrependia e que estava disposto a te procurar, para recuperar o tempo perdido, mas então ele sumiu e eu não estou conseguindo contato, eu queria saber se você por acaso não o viu.
Como eu havia planejado, não demorou muito, meus pais interfonaram logo depois do jantar, achei até que havia demorado demais. Joshua autorizou a subida deles e nós aguardamos a chegada dos dois. — Deixem os dois no quarto, por favor, não saiam até que eu peça. — avisei as babás que logo saíram com meus filhos. Joshua estava sentado comigo, sua mão apertou minha coxa e ele sorriu, tentando me deixar mais calma. Ele era assim, um marido atencioso e cuidadoso quando eu mais precisava dele, eu amava esse homem com toda a minha vida. Primeiro eu vi minha mãe... depois o homem que me criou. Pareciam tristes e irritados ao mesmo tempo, um semblante desesperado no rosto. — Joshua, não fomos autorizados a trabalhar e recebemos o aviso de demissão, o que está acontecendo? — meu pai perguntou primeiro. Joshua me encarou e me encorajou a falar. Encarei os dois e perguntei com a voz firme: — Vocês tem algo haver com o sumiço do meu pai? Os dois franziram a testa, como se estiv