28 - O caminho para a escuridão

As lascas de madeira explodiram por todos os lados quando o punho fechado atingiu o tronco com tamanha força que ele se inclinou para o lado expondo suas raízes. O mesmo havia acontecido com vários antes daquele, e em todos os golpes os alvos não eram as pobres árvores cujo único crime era o de ter crescido e estabelecido raízes no que várias décadas depois seria um campo de batalha – mas sim o agilíssimo homem que as usava como distração para evitar a morte certa caso um daqueles socos monstruosos o atingisse.

Aryah seguia tenaz, tentando acertar um único oponente em uma maré de homens. A cada movimento que errava alguma outra coisa se destroçava no lugar: uma árvore, uma rocha, um soldado inimigo. Seus homens a conheciam suficientemente bem para evitar suas imediações, de forma que lutavam em duplas ou trios do outro lado da clareira. Ela ainda tinha bastante força, e fôlego. Poderia continuar naquele ritmo pelo resto do dia e talvez até todo o dia seguinte.

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