O Homem da Minha Vida Mel olhou para Rodolpho e disse tristonha: — Eu tinha tanto para te falar!Rodolfo franziu a testa lamentando, quando a viu se afastar e sentiu o último toque dos seus dedos, enquanto ela andava olhando para trás. Ele pronunciou uma frase sem emitir som, mas ela conseguiu ler os seus lábios. Dizia assim:" Eu te amo!Mel sorriu e respondeu usando a mesma estratégia:" Eu também! "Rodolpho sorriu, mesmo agoniado. Passando as mãos pelos cabelos, foi encontrar o seu segurança que o esperava de braços cruzados, encostado ao carro. — Tudo bem, senhor? — ele quis saber, depois de lançar um olhar desafiador para os irmãos de Mel que o encarava, segurando o braço da moça. Rodolpho sorriu olhando para Mel que não tirava os olhos dele enquanto, era conduzida pelos irmãos. — Algum problema com aqueles rapazes, senhor?— Jonas insistiu. Rodolpho respondeu meneando a cabeça, enquanto entrava no carro: — Eu não me importo com eles! Ela sim, é o meu grande amor!R
O Homem da Minha Vida Rodolpho chegou em casa e encontrou a noiva lhe esperando. Raquel lhe olhava com desconfiança. Antônio também lhe olhava diferente.Arminda veio abraçar o filho com carinho e ele logo percebeu que a mãe tentava lhe dar um sinal de que algo não ia bem.Rodolfo beijou a noiva levemente nos lábios e subiu para o seu quarto. — Eu volto logo!— ele disse.Raquel esperou ele subir as escadas e começou a desabafar: — Eu não tenho sangue de barata, meu sogro! A vontade que eu tenho é de gritar para o seu filho que eu não sou trouxa!Arminda deu uma olhada para o alto da escada e ficou apreensiva. — Você precisa ser estratégica Raquel! — Antônio falou irritado, puxando a nora pelo braço, enquanto entrava no escritório. Arminda aproveitou e subiu para o quarto do filho. — Que sorriso é esse?— ela indagou logo que Rodolpho abriu a porta.Ele suspirou feliz e respondeu: — Ela ainda me ama, mãe! A Mel, o meu amor do passado!Arminda ficou boquiaberta por um instan
O Homem da Minha Vida Para surpresa de todos, Antônio não se alterou, pelo contrário, suplicou olhando para o Rodolpho: — Me perdoe, meu filho, foi o desespero de um pai protetor que me levou a cometer esse desatino!Mas Arminda não conseguiu se controlar e nem queria, por isso, pôs-se a falar: — Desespero Antônio! Você não passa de um pai egoísta, isso sim, não pensa na felicidade do seu filho! Já imaginou alguém carregar o peso de um casamento errado para o resto da vida?Até os filhos mais novos, que costumam provocar o pai, ficaram apreensivos e tentaram conter a mãe segurando-a, impedindo-a de andar na direção de Antônio. Mas Arminda não conseguia parar de falar: — Claro que você sabe, não é? Pois se arrastou o nosso casamento até aqui! Eu estou sendo hipócrita, devia deixá-lo livre para viver o seu amor com Manuela, quem sabe assim se colocaria no lugar de seu filho!Antônio olhou para a mulher incrédulo e respondeu: — Não está pensando em me deixar, estar?Arminda virou o
O Homem da Minha Vida Enquanto isso, um tempo antes de todo aquele barulho, Mel passeava à beira mar com Iara e Nice. — Meu marido fica louco comigo porque eu me junto com vocês e saiu pelo mundo, como se fosse solteira. Iara riu e comentou: — Como se fossemos adolescentes, você quer dizer!Mel achou graça e também concluiu: — Quando estamos as três, parece que volto no tempo, de fato!De repente, um carro freia próximo a elas e desce um príncipe. — Rodolpho! — Mel exclamou. Ele veio correndo, a abraçou e beijou intensamente. Quem estava por ali ficou surpreso.Nice e Iara cobriam a boca e sorriam. Rodolpho abriu a porta do carro e conduziu Mel para dentro dele e saiu em disparada até a sua casa à beira mar. — Vem meu amor! Finalmente ficaremos juntos! — ele disse puxando a moça para fora do carro.Mel olhou para o jardim da casa, a piscina enorme e sorriu. — Como é linda a sua casa!Rodolpho saiu na direção da porta principal e eles entraram.Mel ficou boquiaberta ol
O Homem da Minha Vida Mel pulou de sobressalto, cobrindo os seios com uma toalha branca. — Meu Deus, são meus irmãos! ––ela exclamou desesperada. Rodolpho se levantou rapidamente e a abraçou dizendo: — Querida! Calma, vou com você e resolveremos tudo isso!Mel se afastou ofegante. — Não! Meu pai me mata, Rodolpho! Eu tenho que ir!— ela falava andando de um lado para o outro procurando as suas roupas, enquanto os gritos dos irmãos insistiam em chamá-la.Rodolpho sorriu carinhoso e a apertou nos seus braços falando sem parar: — Meu amor, calma! Agora você é uma mulher, já tem quase vinte e oito anos! Que mal eles podem te fazer? Esse tempo de repressão já passou! Mel se afastou para olhar Rodolpho, havia, uma angústia no olhar, um medo, uma prisão psicológica imposta pelo pai de que ela lhe devia obediência e isso significava sacrificar a sua própria vida, naquele momento, mas ela não tinha consciência disso.Rodolpho ficou impaciente, tinha a sensação de que via a mesma M
O Homem da Minha Vida Enquanto isso, Mel chegava ao seu cativeiro. Estava exausta, de tanto chorar.Os homens desceram do caminhão e a conduziram a um casebre perdido no meio do mato. — Que lugar é esse? Para onde estão me levando?— Mel falava enquanto era arrastada. Seus pés já perderam as sandálias e feriam ao contato com o chão áspero. Algumas pedrinhas machucavam os seus dedos delicados…A porta de madeira velha cedeu ao pontapé de um dos homens e Mel foi empurrada para dentro e obrigada a sentar numa cadeira, onde foi amarrada com cordas.Mel estava apavorada, pois aqueles homens tinham a expressão fria e não a olhava nos olhos.Ela acompanhou o movimento deles apertando o nó das cordas e suplicava: — Por que estão fazendo isso comigo? Deixem-me ir, por favor!Um deles respondeu, enquanto se certificava de que ela não conseguiria se soltar das amarras: — Só estou fazendo o meu trabalho! Não gosto de muita conversa não moça!O outro foi saindo falando: — Vamos embora logo
O Homem da Minha Vida Mel ficou pensando naquela revelação, tentando justificar o ato da sua mãe de apoiar o seu pai lhe afastando de Rodolpho, mesmo sabendo que ela sempre o amou.Mel suspirou, gostaria de aceitar aquilo como desculpa, mas sentia muita mágoa da mãe. A mulher se deitou e logo adormeceu. Mel ficou revirando-se na cama e pensou que talvez fosse a sua chance de fugir, mas quando tentou se levantar, sentiu que as cordas que amarravam as suas pernas pareciam lhe cortar e voltou a deitar-se. A mulher se mexeu e Mel ficou quietinha esperando ela voltar a roncar. Depois de um tempo, conseguiu sentar na cama e com ajuda das mãos, mesmo amarradas, ela começou a tentar desamarrar as cordas das pernas. Ela se animou ao perceber que as cordas começaram a ceder.De repente, Mel sentiu ser puxada para trás e seu corpo caiu sobre a cama, em seguida, viu a luz que seria de uma vela, vindo pela porta do quarto. — O que houve mulher? A moça tentou fugir?— era a voz do sequestrad
O Homem da Minha VidaMais tarde, Rodolpho foi atrás de notícias de Mel. — Ela foi embora daqui novamente!— Tito disse encarando Rodolpho. — Não pode ser! Eu não acredito nisso!— Rodolpho retrucou.Dino vinha de dentro da casa e sorriu ao ver Rodolpho. — Por favor, preciso ver a sua irmã!— Rodolpho disse desesperado. Dino olhou para o irmão mais velho e respondeu sem graça: — Ela foi embora!Rodolpho colocou as mãos na cintura e olhou para os lados sem acreditar.Iara e Nice chegavam nesse momento. Rodolpho sorriu aliviado. — Meninas! Preciso ver a Mel!— ele disse.Tito ficou apreensivo e disse com olhar intimidador para as moças: — Mel viajou! — Duvido!— Nice rebateu passando a mão na barriga.Iara cruzou os braços em sinal de que concordava com a amiga. — Ela nunca viajaria sem nos avisar!— ela disse irritada.Rodolpho saiu puxando as moças na direção do seu carro. — Me ajudem a encontrá-la, por favor!— ele implorou se encostando no carro. Iara deu uma olhada p